quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

 Hoje peço-vos que me emprestem as vossas memórias! Esqueci das minhas, no virar da vida, entre o tempo do nada e num (quase) silêncio de quem outrora já fui. Digam-me , contem-me, acenda-me os olhos com a luz dos vossos e façam-me ter a consciência que arrisco escrever sobre a vossa presença... Poderia deixar aqui folhas reservadas para um nome em branco, mas acredito que a memória deve ser gravada com letras e olhares, digo-o porque a personagem criada por nossa imaginação, deve ser a atmosfera de um sonho descrito. Todos aqueles que pisam no chão, mas que voam até a altura das estrelas, tem lugar nos meus sonhos. É como se tivessem poderes de um anjo, e pudessem desaparecer assistindo a aurora próximos à janela das portas do céu... Descrever mais é exigir demais de minha capacidade de transformar meus gestos em palavras. Peço-vos que não desvalorizem as palavras, estas, não cabem na vastidão do mundo interior, perdem-se na agonia de não ser e acabam rompendo caminho pelos dedos simplesmente , por não sabem mais para onde ir...

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Hoje sinto-me cúmplice  das fronteiras que em mim delineei, vivo rodeado deste mar deste  deserto onde a essência das primeiras flores não brota, o perfume do caminho que despido percorro nas areias que vou deixando tombar das minhas mão vazias… Vou tentando contrariar a erosão ao escrever palavras que emergem na noite como se flores se abrissem no romper do dia. Vou edificando o oásis imperfeito como um verbo que é proferido no desassossego da noite, recuso-me a ser pouco, a criar menos que a velocidade da luz, a silenciar as minhas duvidas, a desamparar a minha sensibilidade, a viajar numa corrente magnética sem conexão ao oásis que sonhei …Recuso-me, a não me desvendar e mesmo que a paixão seja uma palavra antiga, eu recuso-me a deixar de pensar nela , RECUSO-ME , a ignorar as cicatrizes que o tempo desenhou em mim, recuso-me a deixar o coração adormecido, a ser uma casa saqueada, a não aparecer no mapa a ser uma fronteira invadida por gente , lugares mal situados…

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Hoje assisto a palavras! Estas correm como as águas dum Rio, sem espera... Neste pensamento sem congestionamento de sentidos, há sempre um cuidado a evitar o seu uso impróprio. Sempre que escrevo não tenho intencionalidades malévolas, escrevo sempre com a vontade  de dar um retoque perfeccionista, na sensibilidade da minha arte de entender as palavras, sempre contextualizando-as na sua origem, para que genuinamente sigam a sua missão… Eu sei que elas não falam apenas seguem um caminho, mas sendo palavras, ficam sempre distantes do ato, elas apenas levam a mensagem nas asas,  sentimentos  nus, romantismo, fantasias descritas sem rosto, sem corpo, mas que usam a liberdade para aumentar o caudal no rio dos mistérios! Para quem não me conhece, fiquem sabendo que caminho entre o sonho e a realidade, numa insubordinação do imaginário, transgredindo  o eu, no sentir de cada palavra que deixo na efervescência da sede de uma mera emoção…

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

 Hoje percorri a margem do rio que corre junto à minha casa, ele chorava para o mundo sobre pedras escuras que resguardam as suas margens, escuto ecos de crianças em suas águas, onde hoje apenas há um poço vazio, extinto sem vida…Tem momentos que sinto isso,  uma faca que me corta por dentro, deslizando-se até ao encontro da minha incompreensão mesmo aos meus pés! Eu apenas acredito em seres puros que emanam sorrisos como crianças,  que abraçam de olhos fechados  esquecendo o peso do seu corpo! Há Anjos que habitam em mim, há anjos que dançam nos meus sonhos, trocando melodias de silêncios pelo anoitecer desenhado em folhas de papel vazias, nuas,  esperando serem tingidas  pela força elástica da selva humana …Hoje até posso desenhar a racionalidade da vida, do meu passado, do meu castelo e segurar nas mãos o vento da minha espera cruzada pela sensibilidade de quem não chora…

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Hoje fui ver o mar precisava olha-lo mas este , descansava  no  cinza do dia, onde as gotas de chuva que caiam enchiam a sua  essência e ausência. Pouco a pouco , ondas cresciam,  num impulso de desfazer a monotonia acinzentada, que mergulhava nos meus olhos, ao mesmo tempo que tentava desvendar os seus mistérios…Existe um ponto nele, que o liga ao infinito, essa distância que o separa da areia movediça, das inquietações e dúvidas palpitantes que os corações dos navegantes encerram nas suas vagas…Lá longe onde o horizonte se encerra , existe uma ilha de pensamentos, que se passeia, silenciosa,  na essência  marítima que navega em mim , surfando nos destroços as desilusões escurecidas que esbarraram no pontão da vida! Não há palavras que possam descodificar a leveza da vida,  nem tão pouco na liberdade que o mar encerra a praia da minha vida…

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Hoje escuto vozes amigas nos muros que transpõem as minhas muralhas, cito as indiferenças amontoadas na rota humana que as palavras desenham nos passos mudos,  onde o tempo é deixado para trás num só sonho…Há corpos espalhados pelas encostas, cercados de matérias vazias, anónimos, virtuais despidos  sem sentimentos , chamo-lhes nadas como sementes lançadas ao asfalto das estradas, não germinam , não fazem pontes , perderam  a genuinidade humana,  são apenas solidão cortante! Sinto que há em nós sempre dois mundos, o nosso e o dos outros, mas !!! qualquer um deles pode desmoronar-se , qualquer um deles pode ser o ponto do medo entre a calçada no vazio das madrugadas ou a incerteza do respirar de uma pátria frágil sem sonhos de pedras caídas …Faça-se então silêncio nas jornadas da alma,  onde as palavras se calam, para o deserto se instalar , na esfera do tempo que a navalha corta a meio de palavras…

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Hoje foi na esquina do meu pensamento que presenciei as ruas acorrentadas, mudas,  mesmo no ventre da noite onde a encruzilhada se desdobrava pela fresta da janela do meu carro que me abrigava, do frio inflamado que os faróis rasgavam em silêncio dos desejos reflectidos no "traço continuo" dos sonhos ! Não me deixo confundir pelo nevoeiro que se adensa, tenho as palavras ramificadas  no pensamento , em cada olhar um sorriso, e em cada rosto uma cortina que se vai desfazendo … Sei reconhecer a nobreza dos outros mas gosto que a minha seja tida em consideração também , se muitas vezes calo e apenas escuto em silêncio, é porque as palavras não pintam telas na minha alma…Calo-me porque poucos entendem ou desejam entender; calo-me porque  quando há amor, há silêncios e gritos inocentes que jamais serão ouvidos ; calo-me porque o egoísmo do mundo é uma fortaleza que jamais vai ruir perante os gestos de carinho; calo-me para  as palavras escutarem a voz do mundo e deixarem o silêncio dizer o resto…. 

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Hoje vieram-me falar de saudade à noitinha... Vaguearam  nos meus sonhos! Entraram sem pedir, nem precisam...!
De mansinho cobrir-me de carinho desenhar no meu corpo sonhos de desejo! Com pétalas de flores tão puras como o amor, pintaram na minha alma cores, cores do arco íris. Dancei num céu de estrelas cintilantes, feito só para mim ! Amaram-me como sempre mas sem amor. Chamaram-me noite, reclamaram os meus sonhos sobre corpos pedintes e gementes, perfumados com as essências mais delicadas da saudades e das rosas em flor. Não pensem que preciso apenas de uma abraço ou de um beijo demorado, sussurrado, nu de palavras, que só permita silêncios! Preciso do porto para ancorar as amarras arrastadas pelos mares  navegados, já faz tempo que os mares  ficariam cegos num silêncio, ninguém escreveu sobre a sua verdade, as ondas jorraram lágrimas , e eu calei com medo, medo de acordar, medo de assistir ao desmoronar do castelo que milagrosamente me embriagava em suas muralhas… Hoje acordei e vi que esse castelo, continuava ali no mesmo local , onde um poema foi gravado, meio escrito, meio apagado  onde apenas eu e ele ali continuávamos…

domingo, 21 de janeiro de 2018

Hoje recuso-me a ser metade de confuso quando a outra metade é de certeza … Metade de mim é amor e outra metade é desilusão, metade de mim permanece a outra metade cresce…Metade de mim caminha e outra metade fica…Metade de mim é o que quis e a outra metade é do que fugi…Metade de mim é ouro e outra metade é lata , metade de mim foi o que percorri a outra metade apenas é um horizonte …Hoje sei que metade de mim é o que escrevo, e a outra metade é o que apago…Metade de mim ficou, a outra metade partiu…Metade de mim eu entendo mas a outra choro!!! Metade do que passei foi felicidade, mas a outra metade foi maldade…Metade do que quis foi o que tive ma a outra metade ainda estou reconstruindo…Metade do que escrevo é sonhos mas a outra metade são delírios!! Metades do meu todo eu já tive a outra metade deixei voar, metade do que tenho , eu quis ter mas a outra metade foi obrigação…Metade daquilo que pisei deixei marcas a outra metade apagaram-me o rasto…Metade dos meus olhares foram de amor, a outra metade foram de dor…Metade de mim quero esquecer e outra metade escrever…

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

 Hoje olho o céu nele vejo que as estrelas estão todas apagadas, não há foco nesta noite, os holofotes estão todos desligados...Escuto o som que no céu se propaga mas, nem o luar chega  a traçar um futuro! Olho em meu redor sobre as árvores nuas que ofereceram o seu corpo ás ventanias, caem gotas dos seus galhos penetrando na terra germinado os feitiços nas sementes magicas que geram as luas de prata que em noites sonhadas abrem janelas para as estrelas...Eu já tentei construir pontes, onde se destruam os lamentos,  mágoas , já desenhei palavras vulgares  perante os rostos fechados que acolhem o nascer do dia, mas hoje prefiro legendar  a limpidez da água que escorre dos céus para os oceanos na noite que me cai da algibeira...Olho as estrelas e elas não deixam de costurar memorias que vou colorindo na franja prateada da lua que em mim se estende...

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Hoje acrescento-me à paisagem, neste madrugar de espadas, espero a manha que acena, no rumor do silêncio que ainda me vai fazendo voar... Rasgo a sombra povoada dos céus escuros, assim como as aves o fazem contra os muros com o pesadelo nas penas dos corações frios que planam na luz interdita do amanhecer! Hoje não chove, o frio comove, silêncios de vozes quebradas na arrogância infeliz, grotesca, da covardia neste teatro de enganos e desenganos sem direitos humanos...Fujo sem deixar pegadas na fronteira que não consegui desobstruir na minha ultima travessia! hoje não chove, mas sinto a vida embaciar-se por dentro, nesta espera interminável ...Escrevo no horizonte extenso que se alarga em mim como um vazio que se faz fantasma onde dançam olhares de velhos e crianças...Eis que o sol faz-se ao dia e recordo-me que me chegaram a perguntar o que desejava no Natal, eu respondi apenas tempo, tempo acompanhado... 

domingo, 14 de janeiro de 2018

Hoje sentei-me na rocha que se erguia ao longo do céu, do tamanho de um monstro. Tentei-me equilibrar delicadamente, mas, senti o fio de vida que se apresentava entre a rocha e o nada… Eu já senti adrenalina que ultrapassava o gosto de ter um coração nas mãos, eu já quis ser a salvação possível para o presumível pé em falso…Já mandei calar a água, em silêncio, já supliquei que os mares não se revoltassem e não fossem banda sonora de nenhum desastre, já pedi para esta rocha me suster, mas hoje apenas ergue-se o céu em forma de um labirinto que se espelha na orla quase óbvia deste mar que envolve a minha rocha…. Descubro-me no virar das esquinas, das escarpas que se cumprimentam, quebro a tensão que imaginei previamente... Os caminhos cruzam-se ainda que em sentidos opostos, na adversidade das marés adivinhadas, de quem já percorreu o mesmo mapa inúmeras vezes. Vou saltar desta rocha e embrulhar-me nesse mar que me banha, este eterno medo, onde mais um naufrágio seria apenas mais uma lenda… Afinal nada vejo, nesta noite não há horizonte…

sábado, 13 de janeiro de 2018

Hoje sinto que escrever um texto , torna-se no sumo da palavra , na sua superioridade ingénua e madura,  onde podemos colocar a raiva, a ternura, que são a nossa condensação prematura ou tardia dum acto, pensamento através do sentimento. Hoje escrevo palavras que na sua pureza, são o contraste da verdade , da mentira, da serenidade, da luta ou combate, da sinceridade ou falsidade, do belo ou horrendo. Nelas, podemos colocar a expressão do olhar e dos enganos, quando escrevemos, criamos um espaço de vida em que um "eu "confunde ou esclarece um tu num caminho de obscuridade que pode trazer ou não a luz. Hoje escrevo na noite escura isenta de gritos , que banha a alma dos meus medos entre a sede e o desejo das minhas mãos...Ergo os braços aos céus, guardo sonhos, deito ao mar versos em branco , fico de mãos vazias lendo o destino,  tudo me afasta da radiosa aurora das coisas. de lugares sagrados onde todos os meus sentidos , e as palavras crescem soltas na senda de um mundo vivo ... Com as palavras, acrescento-me à paisagem, sou parte de uma viagem que me leva nem sei para onde...

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Hoje, sinto que, como se tivessem boca , há palavras que nos beijam numa perfeita nudez da pele em chamas…Como eu coloria um grafite meu desenhado num mero corpo!! Traçava-lhe a matriz , lia-lhe um poema , invocava-lhe os direitos, na prece de umas mãos abandonadas como destas palavras se tratasse!!! Palavras abandonadas à mercê dum carinho, são palavras entregues à mercê da nostalgia ou à doçura dos beijos.Imaginem um corpo que nada já sente e que tudo diz…Imaginem o silêncio em que ficamos inventando palavras novas…Imaginem as preces e melodias inventadas nas novas palavras que se conjecturaram, mas que nunca ninguém as lerá …É neste silêncio tão meu que repousará a nostalgia da criação e certamente sobre ela sorrirei...Ainda agora acabamos de abraçar o inverno  e as mortalhas do silêncio esgotam-se como os instantes da lembrança que vou sustendo nas mãos até se transformarem em cinzas …Ficam as pontes , fica o sonho vencido!!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Hoje pensei-te e o silêncio apoderou-se de mim , sentei-me no rebordo da tua cama, e finalmente senti que  finalmente estão sozinhos, sem receios, os olhares...Trago em mim pensamentos que permeiam esse ambiente , esse sentimento pela paixão, pelo desconhecido outrora sonhado, pelos beijos de lábios colados murmurando  frases românticas, sentidas, de ternura ... Sinto, meu Deus se sinto... Sinto almas nuas, sem jogos , apenas sentimentos, não vale  a pena dizer, pensar , já que nascem sensações, energia, vácuo , no vazio que se pode preencher do céu ao inferno, dos sussurros ao silêncio, da saudade à solidão acompanhada! Hoje sinto todos aqueles que ficaram para trás, com o gosto de morte na boca dos que continuam…Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade... Aquela que nunca amou, hoje sinto por aqueles que ficaram para trás, por não sentirem saudades, por terem passado pela vida e não terem vivido! Sinto que o maior dos sofrimentos na suas  vidas é nunca terem sofrido!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Hoje tenho vontade de dizer  para me visitarem  enquanto eu não envelheço, tenho vontade de me embriagar com palavras cheias de medo e surpreender-me…Eu já vi rostos que desenhei em pensamento , tenho uma varanda ampla cheia de sonhos a entoar , tenho noites povoadas de abraços, e olhares que as brumas contaminam ! É na escuridão das pedras do meu vulcão, que debito para fora  o desejo desperto de viver um sonho que a paixão na  minha noite fria congelou…Perco-me com este sabor a doçura que a noite congelou no meu coração, quero tanto tocar-lhe…Muitas vezes sinto-me poeta, outras faço-me poeta, as palavras que escrevo fazem-me bater o coração, elas revelam a alma , expressam os sentimentos que ainda há em mim, nesta casa gasta onde as heras, há muito se apoderaram das paredes…

domingo, 7 de janeiro de 2018

Há seres que trazem o mar nos olhos, não pela cor, mas pela vastidão da sua alma…Trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos, ficam em nós para além do tempo, como se a maré nunca as levasse da praia onde nos fizeram felizes…Há pessoas que trazem o mar nos olhos não pela sua beleza mas pelo infinito modo como abarcam as nossas vidas ...O amor não é cego , mas tem falta de vista!!! Ele sacia a sua cede no avesso fazendo a terra estremecer, levando as árvores a sacudirem os ninhos de penas que envolvem o seu telhado…Há seres que trazem o mar nos olhos mas eu apenas estou a encontrar-me à medida que me perco e já houve um tempo que este me parecia infinito, agora há tempo em mim que parece finito e volúvel…esta relatividade aparenta-se a uma besta voraz onde as próprias circunstâncias perdem a convicção por isso não ouso escrever sobre a extensão do tempo! Há seres que trazem o mar nos olhos mas eu conheço os sentimentos de esferovite…Eles reflectem-se nos olhos de quem finge passear nos nossos sonhos. Basta-me essa dor para também eu sepultar as palavras nos vossos sonhos!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Hoje Escrevo nas paredes do céu,  sabendo a forma atenta como vão deslizar o olhar rapidamente nas minhas palavras embrulhadas nas estrelas, à procura de rastos de ti no que tenho para gritar ao mundo, nesse gesto genuíno mas, talvez  desajeitado que durante tanto tempo usei para desenhar os sonhos. Sabem !! Eu adivinho cada vez que as pessoas abrem os olhos e ficam com eles, do tamanho da lua,  sei que é por quererem  muito algo e não o saberem dizer em palavras. Acreditem, que é assim…Há pessoas que ficam com o olhar suspenso no vazio à procura de abraços que eventualmente jamais chegarão… Quantas vezes em mim procurei,  encontrar os motivos para a entrega invisível , mas não!!! Não consegui , limito-me  a escrever nas paredes das noites de insónias, enquanto outros em breves e fugazes, aparições  se escondem,  cada vez que é preciso terem mais do que um olhar perfeitamente desenhado nas paredes dos meus céus! Por isso, vou rabiscando quando outros desviam o olhar  trapaceiro por  ser difícil enfrentar mundos que não são palpáveis, que quase nunca chegaram a ser reais. Questiono-me, mas !!!. Escrevi  porque vos  sei,  porque só escrevo sobre o que sei e hoje sei mais além de mim,  sei-vos… Descobri-vos no azul do início do meu céu, mas hoje não o vejo!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Hoje eu começo o ano correndo atrás da memória, que vai tão longe do que hoje sou, que, nem sei se quem recorda, foi aquele que as passou, ou se apenas as sonhou e agora, subitamente , acorda...Hoje de certeza que há um tempo novo, ou não fosse o tempo sempre novo. É novo porque acontece agora, nestes instantes, nestes dias próximos. Só isso! O que sucede é simples de explicar! Pensamos em férias ou na miragem delas. Criamos um modo de estar em que quase é necessário parar, para poder fazer outras coisas, quebrar as rotinas...Uns Viajam para se fazer dos dias um modo de ser e estar diferente. Em todo o lado, ou  todas as ruas, estão cheias de novas gentes, ou quase vazias. Uns chegaram e outros partiram... Quem vai perceber isto! E porque o tempo e o modo  são outros, há em mim uma necessidade de realizar e sonhar novos dias, mas a quebra dos comportamentos de todos os que me cercam, inviabilizam a necessidade do rigor absoluto, no praticar do exercício mental. Brevemente, espero regressar de novo à vida para fazer o que tanto me preenche... Entretanto, faço muitas outras coisas que também são necessárias e me envolvem e me deixam com uma enorme saudade de voltar a sonhar ... Hoje pensei que sonhava com um novo mundo, mas era o novo mundo que me sonha a mim...Feliz 2018

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...