sábado, 28 de julho de 2018

Hoje bem meus amigos, hoje olhei-me no espelho e senti-me envelhecendo...mas! Alegrem-se apenas sou a versão mais recente de mim mesmo! Obrigado  a todos os que me leram e de certa forma  se vestiram de mim...

terça-feira, 24 de julho de 2018

Hoje é daqueles dias em que ergo os braços ao céu e agito no ar os dedos, como se quisesse moldar o vento, criar do nada um pensamento um caminho uma verdade... Imagino na tridimensionalidade do vazio que o vendaval arrasta a forma que gostaria de lhe dar, o espaço que queria desenhar ou até a personagem que queria encarnar e viver planando nesta represa de palavras que em mim jorra de forma ininterrupta... Mas a vida não é feita de vazios moldáveis pelo simples facto de pensar, a realidade gera-se de formas, de matérias e de sonhos que nos atrevemos a sonhar, porque a mão que nos guia nos impele, nos auxilia e nos compreende, e, num rasgo de vontade, nos faz criar até de sentimentos estéreis uma vida!!! Continua a existir esperança para os que acreditam que não há limites para os horizontes, só assim a entrega incondicional dos que amam gera criação. Respeito o meu Criador, mas desafio-o constantemente, como se fosse sempre possível dar mais um passo, mesmo percebendo que o abismo está à frente. Se quiserem olhar o céu eu tenho uma escada …Fechem os olhos e subam!!!

quarta-feira, 18 de julho de 2018


Hoje sinto simplesmente falta…Falta  dos sonhos que me embalaram a alma, dos sorrisos tontos que nascem nos lábios, simplesmente porque a memoria tem dias, que trás de volta instantes que nos enchem de magia…Sinto falta da doçura de um beijo trocado em segredo, do toque suave de uma alma na minha, com a força com que me faça sentir de novo vivo… Sinto falta das horas em que o mundo parece não mais existir…porque nada mais interessa no  mundo…Hoje sinto falta das palavras, por isso escrevo-as, nos silêncios do meu coração, que a ausência imposta me rouba da razão…Sinto falta daquela ilusão, que nos faz voar por caminhos desconhecidos, por retalhos de uma vida que poderia ter sido! Sinto falta das fantasias, das historias de encantar , onde eu podia ser quem quisesse…Até aquilo que nunca fui…Dono do meu coração! Sinto falta daquelas horas em que, era capaz de irradiar, palavras de alma aberta  onde me iluminava para que nada fosse escondido, nesta perfeita imperfeição que é ser eu mesmo , no sonho da entrega inconsequente …Sinto falta de tantas coisas que chego á conclusão que nunca foram minhas…

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Hoje percorri as linhas imperfeitas do meu ser, inventando sorrisos nas pontas dos dedos…Encontrei o que não queria mostrar…O que não queria ver… Descobri numa alma quebrada as cicatrizes sulcadas pelos medos…Muitas!! Todos temos historias,  que desenhamos, pintando com palavras coloridas, nas telas, as emoções que outrora sentimos,  sonhamos, com  cores do arco-íris que disfarçaram e esconderam as feridas…Mas dos sonhos também se acorda, e com toda a clareza pudemos enfim ver…as historias nascidas em nós,  são desejos tatuados na imperfeição do noso ser…Hoje gostava levantar as barreiras da razão, definir as palavras proibidas, no conforto das estrelas aquecidas, onde o mar repousa em cachos de espuma desconhecidos que se cruzam na margem paralela do caminho de dias por acontecer… Quantas vezes parei e escutei o silêncio que se faz de uma voz calada… Quantas vezes deixei nas palavras sem nexo, estremecer o meu grito abafado,  que,  suplicava  que a noite viesse silenciar no seu vestido de escuridão, para que nem o olhar, se atrevesse  a  despir a sua emoção escondida dos caminhos que tracei pelo meu corpo ausente… Já escrevi rimas e loucuras , que incendeiam a pele, mas hoje apenas saciarei a sede dos meus lábios sem a suavidade do sabor da nostalgia do Outono, ou do Calor de um dia de verão,  e sem o pequeno arrepio que percorre a alma como nos dias frios de inverno…

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Hoje sei que há  ausências que  invadem a minha alma…Sei o seu nome ! Dentro dela, o silêncio que cala as vozes enche o vazio com palavras esquecidas… Chego a pregar aos Deuses para que estes não me deixem só... Deixo-me ir para onde me levarem, soltando as amarras do desejo e, como uma Nau que  ousa seguir o seu curso esventrado o mar,  o meu sangue vai fervendo numa explosão de sentidos, que me faz naufragar pelas margens do meu corpo... Mas !! Acreditem,  eu não me deixo de inventar, na minha timidez, vou  desvendando os segredos que a minha alma jamais encerrou...Dispo-me de todas a certezas, em gestos inquietos , guiando-me por entre as labaredas do fogo que me consome por dentro! Quantas vezes pintei eu nesta tela, onde todos os sentidos se conjugavam num só…Já perdi a conta  das, tantas vezes que fugi  para não sentir a dor da perda... Sei que o nascer do dia, trás consigo,  o sol que inevitavelmente virá buscar  a minha ilusão, de uma  noite perfeita… Bom dia!

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Hoje vou falar-vos, dos  desejos calados, que , apenas os olhares trocados confessam, na causalidade dos dias que os compromissos engessam na nossa vontade. Quero falar sem protocolos, percebem! Falar da forma mais inesperada que há,  dos desejos das paixões que ainda não vivi, daquilo que nunca fui e da razão em mim que os sonhos não deixam medir! Amanha quem sabe se ousarei…Se ousarei,  falar em seios quentes e hirtos de desejo por mim, hoje apenas quero falar da viagem do olhar pelo corpo que se contrai em suspiros para esquecer o desejo que nos rasga a pele numa dança de sentidos que não penetra na intensidade dos sonhos…O olhar para mim é a porta da alma, onde não me deixo confundir pelo espaço ou pelo tempo! É um lugar onde o sexo não entra , deixou de fazer sentido, apenas os "sentidos" desdobram-se em palavras,  em telas, fazendo o olhar mover-se como o movimento dos cabelos ao vento! Como por magia, o instante torna-se  pleno,  os sonhos envolvem-se num serpentear sem malícia apenas com ternura de um ato de amor…Sonho com a simplicidade mais profunda da fantasia sem rosto,  os pensamentos são assim mesmo…parecem um muro feito de pedras encaixadas umas nas outras… Algumas, alisadas pelas memorias esquecidas num tempo tão antigo que quase já não lembramos… Outras, com tamanhos variados, cada qual com seu peso em nossa vida… Empilhadas no acaso das lembranças, com lágrimas e  sorrisos… Pedras que o tempo vai enfeitando de nostalgia ao longo dos anos…Hoje estou assim!

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Hoje partilho com vocês que a vida tem me ensinado que,  não perdemos aqueles que amamos de um momento para o outro, apenas se a vida nos atraiçoar... Na realidade  perdemos aqueles que amamos a cada ausência de gestos,  a cada silêncio das  palavras nos momentos que mais precisamos,  a cada tristeza que nos dão...Vamos perdendo aqueles que amamos, quando percebemos que não nos amam, ou que nunca nos amaram, da mesma maneira, ou, de qualquer outra... Vamos perdendo todos que amamos quando nos fazem sentir apenas por momentos na sua vida… Vamos perdendo quem amamos cada vez que nos sentimos desconsiderados, vulgarizados e  sentimos que não somos nada para quem é ou podia ser tudo para nós...Na verdade nada podemos fazer para inverter isso, resta-nos viver ilegalmente na nossa idade e caminhar onde o medo nos permite …Peço desculpa se muitos não se revém nestas palavras mas eu não possuo a solidez das rochas, eu ostento no meu corpo a carne e a água , estou longe de agarrar o mundo , o meu corpo é pequeno mas permite-me nascer uma e outra vez, as vezes que forem precisas, para enfrentar a escuridão de peito aberto, seguindo os passos dos sonhos que contam as estrelas dos céus ! Sou assim , todas as noites percorro as minhas rugas, migro entre estações, sufoco a tristeza sem vergonha apenas pelo gosto de viver … Hoje sou um “pretender”  tatuando as minhas cicatrizes com as marcas da aprendizagens da alma…

segunda-feira, 2 de julho de 2018


Hoje agasalhei-me do frio e perdi-me quando desnudava o sol no atalho das estrelas que me embalam num sono profundo. Sinto apenas mais uma caricia de um sonho que carrego nos meus olhos alongados, e, se formos a ver é essa a frescura da memoria que dá cor aos meus sentidos desmaiados!!!!Sei como poucos ler os meus e os vossos silêncios!!! mesmo num vazio embalado pelos sentidos , sinto um grito que me, e que vos aprisiona os passos....Os dias agora mais pequenos mostram as sombras de um momento que não aconteceu... Fico vazio perdido neste labirinto de ilusões ... Ainda assim!! A minha alma carrega no sonho um suspiro uma brisa que se veste de poemas que nunca li e um abraço que nunca senti...Enquanto tal não acontecer vou espalhando timbres de sonhos nos corações amargos que desejam sentir a vida.

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...