Hoje declino sobre as palavras a verdade, elas são fruto de momentos que sentimos e projectamos no passo seguinte,  é ai que todas as dúvidas nos dominam a mente. Há momentos, em que experimento um não me entender, um rasgar íntimo de todas as minhas convicções, como se minhas raízes, estivessem sendo arrancadas uma a uma e no lugar delas, outras raízes plantadas e alimentadas, com uma força ainda desconhecida de mim!!! Contudo pergunto qual é a absolvição dos nossos actos, é difícil não ser  aterrorizado, ao ponto de querer olhar o abismo, de querer provar, o mistério, de sentir-me até ao  extremo, de forma fatal e absoluta sem me sentir exposto e nu. Tenho  momentos, em que não exteriorizo o que sinto, tenho momentos em que não me entendo nem, fora de mim, nem dentro de mim!!! Choca-me o retirar e plantar nas raízes, a visão do abismo, o gosto misterioso da absolvição, e, a fatal e inevitável submissão… Sabem !!A solidão pode ser galopante em vários anos, ela, pode nascer das nossas asas abertas ou das asas que nos pedem para erguermos!! Pode parecer-vos estranho, mas muitas vezes para vivermos,   precisamos da sensação de estarmos sempre sós para o resto do mundo… ficamos no nosso canto eternamente com o mesmo orgulho, firme e frio. Guardamos as lágrimas de pedra , procuramos os braços do universo e no seu conforto abraçamos esse vácuo que decora o nosso rosto de traços imperfeitos como a mácula que a vida desenha no nosso caminho…