quarta-feira, 22 de março de 2017

Hoje apenas sou a essência de algo e não uma descoberta envolta em aparências… Identifico-me com a presença sentida na própria ausência... Sempre fui um corpo presente, de um ser fragilizado que se sente! Sempre fui parte do pensamento, sempre fui escravo dos meus próprios sentimentos...Recuso-me a ser menos ou um pedaço de algo, serei sempre tudo aquilo que me transcende, embora  indefeso que se prende! Hoje sou esta luz do dia, que nas ruas realça a escuridão da noite que nada alcança... Jamais me sentirei insignificante, sou apenas  um ser  à deriva numa busca incessante! Eu já me fiz prisioneiro de um ser, já me fiz  dependente do querer...Sou assim vicio-me  em tudo que me envolve, fico perdido por isso resta-me ficar parado a ver o que há minha volta se move! Fico assim neste claustro fechado das minhas mãos vazias,  a ver o inicio da primavera a brotar, as andorinhas a desenhar os seus bordados nos lençóis de lama na muralha nupcial  da minha vida com vista para este olival de árvores erguidas como se fossem vultos, retorcidos e confusos, desenhados nas minhas pupilas rasgadas pelo fundo do mar …Hoje dispensaria  tudo apenas por um brilho do teu olhar …

1 comentário:

  1. Como pode alguém ficar indiferente ao que escreves...É-nos impossível não nos rever nas tuas lindas palavras, parece fácil propagar os sentimentos assim. Toda a esperança do ser humano soa ao mais sórdido dos sentimentos. Todos nós somos seres estranhos ímpares. Concluímos-nos fazendo o par com outro alguém... Estranho não é?
    Maravilho ler-te e imaginar-te ...

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