Hoje
reflito e sinto que a esmagadora MAIORIA de nós, afoga ilusões e esperanças, e
todos os dias renascemos no mesmo sonho que já deu à luz muito do que já
vivemos… Todos os dias o sol até pode nascer mesmo quando o não vemos, nublado
pelas cortinas de chuva ou do próprio olhar! Do fundo de nós arrancamos sempre
a força para acreditar, mesmo que meio cegos de tantos rostos ver se julga
haver alegria e abundância, quando tantas vezes impera um quase
existencialismo, uma necessidade urgente de si e do outro, uma solidão ainda
que menor, uma lágrima não percebida da sua própria condição…. Falamos de
amor constantemente como uma das
palavras mais utilizadas no quotidiano , mas cujo mais profundo sentido corre
paralelamente às nossas vidas… O amor deve florescer sem qualquer contrapartida,
sem contratos , sem cláusulas tal como o sol e a chuva se cruzam insistentes
além do olhar, também nós geramos arco íris como bolhas de vida no cinzento dos
dias sem amor... E se de repente tudo se harmonizasse, talvez então não fosse
fatídico e necessário que houvesse sempre dor além de uma intrínseca alegria
sempre auto limitada nas curvas do viver. Hoje todos nós percebemos
que somos feitos da mesma massa, e que na diversidade individual que
caracteriza o único, fermenta em todos nós …Mas!! Apenas alguns o tentam ser…Deixemos
o céu e prossigamos a nossa estrada, quem sabe um dia se possa descobrir num
olhar, num abraço e na entrega mais
do que uma mera projecção! Vamos viver a eternidade e é isso que nos faz únicos,
restritos, espontâneos , eternos no silencioso amor
terça-feira, 31 de outubro de 2017
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Sabem!!! Hoje sinto que o dia foi até bom,
por isso estou a saboreá-lo de olhos abertos na escuridão que
me rodeia, apenas com a janela entreaberta sentindo a intensidade do resto desse dia
com o pouco de brisa que entra noite dentro pelas frestas, arejando os
meus pensamentos…Vou deixar-me ficar aqui sem pensar no
futuro ou sequer nas horas seguintes , expulsando os bocejos em busca de outra
luz para voar em torno desta lâmpada que me ofusca e me atrai de forma magica,
ardente e brilhante… Nesta noite brilhante em que os meus sonhos um dia se
encobriram…Muitas vezes me digo, que é uma infelicidade eu ter esta capacidade de
conseguir escrever, horas a fio, sem ler ou reler as letras das palavras que me
fogem! Vejo-me simplesmente nesta noite,
iluminado por pensamentos , escritos, únicos, onde desenhei imagens , corrigi itinerários,
alimentei vontades… Como vos digo, fogem-me as palavras! Mas! Hoje, até escrevi demais, tentando expressar
o que vai no íntimo de uma alma, que não será lida, nem sequer tocada...
terça-feira, 24 de outubro de 2017
Hoje o tempo
seca o amor nas palavras, deixando tudo solto, leve, desunido
para sempre como
as areias nas águas turvas do Sado...O tempo seca na saudade,
as lembranças e as lágrimas, pintadas no retrato, seco e vazio que as conchas deixam na orla das praias...Em mim
o tempo já secou o Desejo, deixando em seu lugar o musgo das densas
conquistas áridas que travei no amor perfeito da minha Alma! Os meu olhos
ainda me amparam a fé nas estrelas, os meu olhos ainda me guiam em alguns
desafios onde peço perdão por não deixar as lágrimas caírem nesta escuridão...Anda assim vou caminhando sem dobrar os joelhos nas cavernas do coração! Hoje os meus olhos resvalaram
na penumbra do limite do abismo nas palavras que já não teço, elas, arremessaram-se
contra as paredes do meu coração, sem razão, apenas buscando os poros da
insensatez das manhas frias ...Eu sei que doí reverter o medo de chorar para os pedaços de quem sobreviveu, deixando o seu corpo à beira do paraíso
fazendo de escravo nas conquistas inúteis e irreais de meros
ideais...Mas!!! Hoje vou usar este lápis de cor , rasurar de vez a
dor deixada em mim, pintar a harmonia dos sonhos , esquecendo
a bagagem que deixei para trás do coração no limite da inocência do amor
que já entoou em mim!
domingo, 22 de outubro de 2017
Hoje
sonhei com a imagem inventada de Deus... Esta oferta à beira céu
deixou soluços e lágrimas do desejo trajado por letras de amor tão
adornadas como o guardanapo por mim abandonado... Eu sei que o mundo definha
nas miseráveis obscuridades pendentes, evocando aos deuses de joelhos
e olhos rasgados pela putrefacção dos sonhos nas nuvens sombrias onde
o tempo se escoa pelas fendas das ramagens dos ninhos...Mas!!! Não me
canso desta minha pátria, recapitulo os fogos ancestrais do ventre das
imaculadas dores, diluo-me no orvalho do princípio de todas as
coisas, ainda sonho com noites com pontos de luz nas brisas
onde o coração sobrevoa o remorso perpétuo de olhos vagos pesadamente
inclinados sobre a carne embriagada. Hoje aqui não há poetas excêntricos
de imaginações compostas apenas pensamentos soberbos nas suas espirais
místicas que elevam estandartes do meu silencioso pântano...
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Hoje
, meus amigos eu sei que a vida é como
um castelo de cartas que cai a qualquer passo em falso e reconstrói-se com muita paciência e cuidado, com vontade e paixão…
Eu já ousei construir o maior dos castelos que este mundo já viu, num estranho
jogo de equilíbrio onde sempre predominou o caos … Eu até posso ter colocado as cartas certas nos locais corretos,
ou apenas a estrutura daquele frágil castelo estivesse errada ,nem sei... Mas!!! Contra
o vento e os encontrões, a verdade é que o construí. Construí-o sozinho, sem a
ajuda, sem companheirismo ou o apoio de quem quer que seja… cada vez que o vento
soprava , ele oscilava e algumas peças desmoronavam, e eu lá voltava a suster peça a peça , naquela
constante construção frágil de inexplicável imponência eu confiei que era o
melhor e maior castelo do mundo...talvez porque era o castelo que eu amava mais, supostamente não
cairia e dar-me-ia tudo o que os anteriores castelos me tinham feito perder. Mas!!! Meus amigos ,
bastou o vento que soprou em tons de brisa
para o derrubar…Vê-lo cair abriu-me os olhos e fechou-me o coração. Percebi que
querer um eterno castelo, é como esperar que a vida seja construída apenas de
sorrisos. Nunca mais me sentei naquela mesa, criando castelos…Passei apenas
a amontoar aqui as minhas cartas, como se fossem velhas amigas, pousando-as com
todo o carinho. Passo por elas todos os dias e todos os dias amo os meus
castelos… Os meus pensamentos que jamais esquecerei…Deixo-vos aqui, cartas sem um novo
sentido, servem apenas para que eu me lembre, que o vento pode brincar e derrubar as minhas cartas, mas já não brinca mais com o meu coração…
terça-feira, 17 de outubro de 2017
Hoje são apenas estes pequenos pedaços verdejantes que os meus dedos soltam em meras palavras, que revelam o pedaço de personalidade que representamos...De facto existem pedaços de dor, ausência, paixão e de carinho neste meu mundo!!! Este mundo onde estou tem pedaços de saudade , felicidade, carência , pedaços de sonhos que muitas vezes remeto para o meu silêncio. Todos juntos se encaixam , e nesta onda também se perdem...existe o quente e o frio, que se separam em pedaços de serenidade, verdade, realidade e ai a tristeza também tem um lugar. Existe a simplicidade e a complicação...existe o silêncio e o perdão, existe o desejo e o desapego !!!Sempre existiu em todos nós, seres mortais, a loucura como passividade e o perfume como duvida...Mas é nos sentimentos que os pedaços são maiores, já que todos juntos formam o amor e este só se torna pleno quando todos os pedaços de nós se unem e funde num só!!! Quando a alma não se alinha, as palavras ficam retidas e formam uma cascata, ficam aprisionadas ...Umas choram silêncio outras ficam aprisionadas vertendo sofrivelmente lágrimas sobre cada suspiro que nos compõe !!! E já agora sabem porquê? Porque metade de mim é silêncio e a outra metade um remoinho de sentimentos que me silencia o coração!!!
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Hoje é apenas mais um
dia de reflexão e sei bem que há dias sem decisões, também sei que há dias de
dizer que chega e gritar que basta ... Durante um largo período de tempo
percebi que tinha perdido a minha casa, pois na sua morada não existia as responsabilidades que são obviamente
divididas e não são imploradas... Estes últimos dias foram dias de imposição, os
sonhos abarcaram os meus vazios, deixando asas que não podiam voar. Os remédios da vida chegam com a forma de sons
e cores ou então de sabores e gestos , quando o meu remédio vem de uma forma
única de amar! Hoje quero ver a Vida, quero ver a poesia a transformar-se,
ganhar contornos na sabedoria, na
sabedoria emocional e nunca na de ego ou
material…Vivo com a verdade de que trago dor e mágoa a várias vidas mas
que nunca , nunca …Pela forma de atropelar gente, ou usar os sentimentos
alheios para percorrer as horas do um relógio! É que os relógios param os
corações explodem, é na lucidez do amor que
podemos encontrar todos os paradoxos, se somos semelhantes podemos ser opostos…Hoje
sou uma liberdade romântica, sem nunca o ter sido, danço uma valsa platónica na insignificância da
escassez que o amor pode ser no infinito da saudade!
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
Hoje acaricio o tempo com os olhos vasculhando o céu e o
coração preso na terra… Eu nunca vos disse mas !! Quando o amor toca o coração
todas as flores moribundas em nós soltam-se na palidez dos labirintos
imprecisos da memoria .Vou deixando centenas de pegadas , para trás, no estilo das
palavras, que o areal e as vagas definem
na profanação dos sentimentos …Não procuro tesouros nem uma jóia para ser
pilhada, procuro uma boca orvalhada pelo desejo, um sorriso defraudado na
ternura de duas mãos dadas, enquanto vou relendo as fronteiras das margens que
calei, na fronteira dos silêncios …Eu já expulsei dias de mim por se terem
corrompido na distancia de uma noite escura envidraçada no olhar, mas!! Hoje apenas vou colando peça a peça do vitral do meu olhar ocupado pelo tracejados de
um sonho por viver…
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Hoje escrevo na
infinidade do tempo que separa os rios os mares, de pessoas onde as histórias, ajoelham-se perante
o infinito dos meus olhos
redimindo-se... Eu já senti a água salgada dos mares distantes inundarem o meu olhar fazendo -me cegar, eu já suplique
ao clima para não doar este calor constante no pedaço de cada palavra que
escrevo. Mas ao desenhar nas ninhas memórias dos projectos sonhados, vou perdendo
os átomos nos laços que me unem ás
moléculas da vida! Olho o horizonte e vislumbro um veleiro nas asas do sonho,
envergando pela fúria do mar revolto, onde a fantasia de navegar sem destino abriga
o coração! Hoje ajustarei as velas, espero que o vento sopre deste norte ciumento
que me arrasta e me quer beijar na proa das minhas lágrimas …Vou replicar os sorrisos
da maresia e não pedirei que façam parte deste pequeno tornado que se forma em
mim, apenas vos peço que combatam o destino deste mundo onde navego invisível …
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
Hoje
acordei com vontade de dizer que sonhei , adorei
sonhar mas bom seria olhar , escutar, bom seria ler,
desvendar a alma de outro alguém, deixar-lha como um livro aberto onde
cada pagina estaria datada alfabeticamente do tempo certo...Bom , bem seria
tocar deslizar num corpo...Como uma gota desse mar azul que me
banha...Bom !!! seria num arrepio de frio ao queimar por
dentro, beijando uns lábios, suavemente degustando os seus sabores num
tímido provar vestido de vontade de acolher o seu corpo junto ao meu
...Hoje acordei assim vestido deste desejo ofegante de sentidos, sensações de
um mundo que em mim parou ...Hoje sinto uma insaciável e
incansável vontade de quer que traduzam em quantos milhões de
números me desejam , nada quero fraccionado, apenas quero escutar o
profundo calor que derreta o gelo do sentimento em mim, que me faça fazer
vitrais com as minhas cores …Tenho um lado quente em mim , apenas num breve tocar consigo povoar o pensamento, mas tenho um lado frio que me
protege da dor que já provocaram em mim…
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
Todos nós nesta nossa pequena passagem passamos um portão para o lado de lá , mas!!! Outras vezes ficamos no portão do lado de cá a espreitar o lado de lá do portão. É uma dor pois sentimos saudades no lado de cá do portão, sentimos medo do lado de lá do portão, choramos no lado de cá do portão, sonhamos com o lado de lá do portão... Esperamos no lado de cá do portão!!! Andamos de cá para lá, do portão. Parados na imensidão dos caminhos...E hoje pergunto-me quantos passos são precisos para fazer uma caminhada? Quantos gritos se ouvem quando a alma vai calada? Quanta força me resta à espera à beira da estrada? Quantos ventos sopram por dentro de uma madrugada? Quantas lágrimas correm na face beijada? Quantos calos tem uma mão calejada? Quantos rios correm na direcção errada? Quantas palavras se rompem sem sorriso ou morada? Quanto de mim me resta, se navego apenas numa jangada elaborada por mim? Quantas interrogações mais me vão chegar entre a saída e a entrada deste portão de vida...
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Hoje
há abutres que julgam as minhas palavras e transfiguram a sua voz num insípido despido, dote de valores da bestialidade das suas acções…Escrevem,
prostituindo as suas palavras profanas nas minhas, chegam a enojar-me esta
armadura, que visto para não
trespassarem a jovialidade das minhas
sinceras palavras ! Em
todos nós há a coragem e a covardia, e entre elas fica a exactidão que é a realidade de cada um perante as
situações! Cada um de nós reage consoante a sua consciência e realidade , é essa realidade que nos vai dando sentido e força a ficarmos de pé perante as
adversidades… Afinal a consciência de cada um não se julga, já que é nos
limites da razão que as filosofias desmoronam-se ruidosamente
no tempo e no espaço , sendo este a legitima propriedade da consciência aqui
ficam as minhas palavras , soltas , livres,
todas elas tem vazios, espaços entre si, se as quiserem alinhar, alinhem
segundo o significado que lhes dou, não construam poemas mudos em mim…
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Hoje
acordei com o sabor a sal de todos os mares que me banham, autografei os
cometas da aurora desta cândida paisagem de infância que o frio da noite tatuou
no planalto no
degelo de mais um sonho que perfurou o silêncio cicatrizado da minha alma, exposta
no alpendre das horas perdidas…Quantas vezes senti os meu dedos derramarem a
implacável dor acorrentada nos porões dos veleiros adormecidos, quantas
vezes no óbito dos sonhos, deixei de trespassar muros de prisões, no crematório de poemas sem regras na orgia de palavras ? Assim
fui obrigado, as palavras tem um obscuro movimento próprio na audácia da sua compreensão,
tem vida, movimentam-se por sim mesmas sem casualidade seguindo unicamente o seu
movimento próprio. Ainda não sei porque razão em mim, o silêncio ocupa o lugar
de palavras no vazio das frases, se não consinto que me devorem, que me invadam
, me usem , na decadência da subserviência do oportunismo…
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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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