sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Hoje se estiver perdido no meio de uma multidão, nem sei o que faça! Sinto que fiquei sozinho, mantendo o meu amor, sorrido da dor… Chego À conclusão que o meu coração nunca aprendeu, embora o use para encontrar as palavras, fiquei sozinho à procura das palavras certas e das respostas que outros outrora me omitiram… Hoje sei que mereço pelo menos toda a verdade, mas todos me mentem, meu Deus…Porque fico tão surpreso de me mentirem tanto e por mais que eu tente, o meu coração nunca aprendeu, eu apenas o uso para encontrar as palavras, que ficam na beira de um sonho e quem sabe se é nele que o mundo acabe e se torne numa coisa melhor ...Há pessoas que esquecem um grande proverbio árabe " A árvore quando está sendo cortada , observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira" Todos devíamos pensar que somos todos árvores... 

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Hoje irei propagar a minha nudez e espelha-la na Lua sobre um manto de águas frescas e puras expondo os meus cabelos ao vento... Suplicarei apenas uma brisa morna que me envolva suavemente,... Pousarei minhas mãos no meu semblante mágico que me envolve e ofusca perante o cosmos, desenharei as horas Que durmo na saudade e deixar-me-ei cair assim....assim... Serei feito de plumas de luas e mar vestido de asas brilhantes do olhar, Serei mentor de palavras de amor para dar!!! Serei ternura sem bravura perdido na rua onde espalhei a minha alma derramada nos olhos atentos das estrelas que os fantasmas perderam nas paisagens ressentidas não mais reconhecidas…Os meus sonhos que aqui escrevo são apenas rascunhos, os originais são os silêncios de Deus...

sábado, 23 de dezembro de 2017

Muitas vezes me questiono de ser ou não ser? Silencioso ou abstrato? Silencioso ou barulhento? O som da vida e o silêncio dos sentimentos se mesclam para enfeitar as histórias que todos os dias vos vou escrevendo. Há em mim histórias de vidas que se fazem perfeitas com o silêncio e não precisam de som. É só prestar atenção ao movimento calado da lagoa e ás belezas naturais da serra da Arrábida que nos protege do vazio desse mar ao ocidente... Tudo  nele é silencioso. É  nele que escondo os sons do mundo e dos sentimentos que me atormentam. É magico, nele refugio as indecisões que se instalam, as vontades de escutar os gritos doídos das decepções, das tristezas e das dores que se fazem dentro de mim… Sabem hoje tenho a sede de dar a uma só pessoa a soma de tudo…O que ás vezes procuramos em muitos!!!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Hoje as frases que se elevam nas minhas linhas, são tormentos que perfuram o olhar quinado de ideias que agridem o meu hospedeiro, o meu amor!  Deixo cair de mim , poemas que se lançam como setas certeiras, como rios a desaguar, como luas cheias …Escrevo-te rodeado de um charco açucarado, vazio colado na carne das minhas fraquezas !Não pensem que não sei que amar é escutar silêncios, mudar trajectórias, ser assaltado em silêncio, engasgar o corpo à velocidade da luz, entrar com toda a luz presa na mente nas portas do céu e recriar o sonho...Eu sei disso tudo, talvez até melhor que a esmagadora maioria das pessoas... Mas!!!  Não sei elaborar treinos para a gestão de tanta diversidade de emoções, como quem finta farsas, como quem contesta o destino, posso até ser um enigma mas nunca um estigma, jamais farei troça da fraqueza dos outros que em mim se esgotam...

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Aqui neste mundo de letras vou rabiscando a minha vida.. rabisco os minutos e as horas como um aprendiz que se confessa em folhas brancas , à espera de uma palavra que me restaure ...Vivo neste jogo que me pacifica mas escraviza rodeado de paginas em branco, estéreis , inférteis que suplicam um toque meu para as colorir e as converter em folhas amarelas já escritas por mim!!!È nelas que exclamo, pontuo, reclamo, as horas adormecidas da vida que não explodem ...Preciso tanto de escrever momentos plenos, felizes...intensos !! Escrever a vida que sempre sonhei e ainda não vivi , preciso tanto da chuva límpida que cai do céu molhando a terra seca e ferida !!! Preciso tanto de um agasalho convertido num gesto de nobreza !!Preciso tanto da luz de um farol imponente que generosamente que indique o caminho a seguir!! Preciso tanto de um lugar de refugio das tempestades!!! Preciso tanto do calor de alguém , assim como precisamos do calor de uma lareira crepitante que nos aquece em dia frio!!! Preciso de deixar estas gotas de água em mim que aqui hoje fazem chuva, preciso libertar os meus grãos de areia que me geram desertos , preciso de sentir sem amarras...

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Eu sei, que hoje, ainda há pessoas que estão convencidas que apenas há cumplicidade no corpo e na alma se, as mãos mendigas se enlaçarem nos afectos que os poemas vacilam nos jardins destroçados das pétalas caídas!  Não é verdade… O sol já almoçou ao luar, enquanto a lua se fechava…O versos já se masturbaram pela presença do desejo dilatado…O sol e a lua já vos fizeram afrontar o olhar num eclipse total e nunca nenhum de vós perdeu a sua rota! Os poemas só valem ilusão para quem jure que o sorriso vale mais que a pobreza, e, para quem jure que a saudade vale mais que a tristeza…A ingenuidade de amar só tem valor se não se julgar o falso pela realidade! Eu sou assim,  tento banir o que me assola nos silêncios que quero decifrar…

domingo, 17 de dezembro de 2017

Hoje acordei a meio da noite com o som da abertura das portas onde passa a alma !!! Senti o universo, o tempo onde fluem os sentidos com que  invoco aos céus ...Desistam eu não sou profeta, nem Deus, apenas a energia que emana de mim flui nos vossos sonhos... Recrio-me numa imagem pálida de luz que habita em muitas dimensões . As minhas letras são vozes que se propagam no vazio inconsciente dos meus dias e a minha voz é uma melodia que se inventa em cada nota tocada...Escutem!!! Mas, não ousem em extrair a essência ao que amam, sobe pena de obterem algo insípido, desprovido de sentidos que pode ser tudo, ou será já nada... Parem ! Deixem-me ficar, guardado para sempre nessa caixa secreta, onde guardei os meus escritos mais sagrados, deixem-me ser o perfume que emana da pele quando já nada mais reste de nós a não ser o brilho da aura invisível. Só assim não deixarei de estar presente quando me queiram. O corpo é vago, vive por toda a eternidade está naquilo que guardamos e não naquilo que tocamos.Hoje foi assim a minha noite, cruzei a ilha, parei numa jura no local onde apareceu um corpo ... lutei com todos os fantasmas, sem poder fazer mais nada...Tenho no peito o tamanho de uma prisão, e foi um poema que me apeteceu escrever apenas porque sonhei com um Anjo e...CRUZAMOS OLHARES

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Hoje levantei sem força o meu corpo do meu leito ... Abri a janela e senti o macio suavemente do sabor do vento que serpenteia em mim como neve que me rodeia, e me enfeita o olhar... Mas!! Absorvam-me! Quando eu cair em vossa rua façam da vossa terra o meu céu e do vosso céu os meus sonhos , façam-me caminhar de forma libidinosa nos vossos desejos! Colem-me o corpo selando os meus lábios aos beijos de almas e gemidos entoados no horizonte …Deixem-me soar como um alvo de suspiros que deslizam num amor que por mim foi consentido , temido, proibido, desejado. Mas!!Guardem-me num canto do vosso corpo como uma mera tatuagem indelével do ser que sou neste mundo tão meu e tão nosso, onde sabemos que os sonhos nos salvam, mas cansei-me deles, cansei-me de quase tudo , das meias perguntas, das quase que, algumas respostas…

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Hoje estou naqueles dias em que as frases ficam a meio e só a comida me reconforta  ou a bebida! Quando as frases ficam a meio e a vida não nos acompanha sentimos derrota, numa batota explicita e humilhante. Quando tropeçamos na dimensão do nosso coração, dele ter tanto para dar, subimos ao céu. Agarramos no que é nosso e fugimos…Até uma casa que seja  acolhedora com a possibilidade de ser sempre transparente e passar despercebida…É nesses instantes que o coração parece querer apagar-se, ao mesmo tempo que vai desenhando as letras impacientes do silencio da exclusão transfigurada em realidade, da mentira em verdade! Nem sempre as palavras vivem como anjos nos lábios abandonados pelo silêncio …É um combate desigual, mas mesmo assim, qualquer que seja o desfecho, eu irei quebrar uma por uma as barreiras que me algemam ...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Hoje muitos de vocês,  me procuram dilacerando e dissecando a pobre matéria de que sou feito, outros fogem, fogem sem saber de quê e porquê!! Mas eu sou espírito e olhos nos instrumentos imateriais que os sonhos  instrumentalizam na orla da vida! Eu já fui o sorriso de uma criança e a carícia paterna do olhar, eu já fui o gemido daquele que corre implorando salvação, eu já fui o calor do primeiro raio de sol da manha, que traz a vida, eu já fui um o vendaval que traz as tempestades “Ana”… Mas!! Hoje sou a beleza efémera dos momentos que vos fogem, onde fui rei nesse mundo físico sem ciência da moralidade que não se vê... Serei sempre a eterna harmonia do universo na dialéctica do Amor, da força,  do  Espírito que em tudo está presente. Hoje sou a lei que governa o universo e sou equilíbrio, sou a força irresistível que impulsiona todos os seres para ao grito intenso que entoa no horizonte, a compreensão, até do mal, porquanto o envolvo e o limito na minha forma de estar... Hoje as minhas mãos escrevem, na eternidade e no infinito, a história de mundos e vidas, traçando o caminho de seres que para mim se voltam, seres que atraio com o meu olhar e que  na minha luz se erguem, deixando-me  a mim..Por terra!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017



Hoje sinto o cheiro a Natal, ah!!! Ele é como o interior de um livro, de capa robusta e dura para proteger muito bem o seu interior, tão precioso! Ele é tão precioso, que durante anos trabalhei,  duro para fazer dessa capa uma imagem, bonita. Tão bonita que uma cor só não chegava, havia necessidade de mostrar na capa, o mundo colorido e feliz que borbulhava  lá dentro... Tão feliz que não havia como esperar por ler e perceber essa mensagem… O Natal é como o interior de um livro. A capa este ano é simples sem adornos. Nua e crua mas!!! Verdadeira, autêntica, gasta e sem brilho!  Acho que nunca vivi o Natal assim, sem dar importância às capas... Este ano o Natal é o interior do meu livro. Já não há capas que me enganem...
  
FELIZ NATAL A TODOS


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Hoje podia dizer que a inquietude será talvez a palavra que nos define mais como seres humanos... Ela aguça a ansiosa vontade de sentir, penetra no desassossego,  humano tornando-o um mistério de uma forma tão dramática e intensa da busca de vida!  Afinal a vida foi, é...e será sempre um desafio na sequência sólida de percorrer caminhos que se ajustem à nossa vontade equilibrada e tolerante, onde os projetos nunca acabem, e se definam cada vez mais naquilo que queremos ser, e não no que os outros querem que nós sejamos… Jamais bastará perceber que  refletir e concluir são atos que não podem estar confinados apenas ao reflexo do que experimentamos sozinhos, ou obcecadamente vemos nos outros, caindo assim na tentação de criar verdades absolutas agarradas a pressupostos com falta de equilíbrio identificativo da nossa própria vontade...Não é no pensamento que geramos a realidade, é no nosso sentimento... Não podemos nem devemos querer para os outros aquilo que foram momentos nossos, que unicamente foram  ajustados apenas e só para nós próprios...  Sinto sinceramente que os "meus" me olham com alguma admiração… Olham para alguém que foi livre de escolher o seu próprio caminho,  dispensando cópias comportamentais, de outros, mas entendendo que a partir de uma "base experimentada" também podemos ramificar genuinamente o nosso próprio "ser"... Só se vive uma vez, e se alguém me tentar roubar a  originalidade,  limitar as emoções, reservadas para cada momento do resto da minha vida então, direi que não me façam emergir, não me tragam à tona, nem despertem, prefiro ficar de novo sem respirar, inerte, sem o oxigénio esperando as respostas vindas dos céus, aos meus desejos que somente vivo em silêncio

domingo, 3 de dezembro de 2017

Antes que me apedrejem e joguem meu nome na lama, vou esclarecer que não faço apologia aos textos que escrevo, apenas empresto as minhas dores ao mundo…partilho tristezas para devolvê-las nítidas e intensas às palavras. Vendo socorros onde não há salvação...Por vezes doí, mas se doí que doa para levar aos outros olhos o desmedido alívio. Antevejo amores e suspiros que precedem encontros que descrevo em tragédias e dúvidas que antecedem o existir. Como um mero escritor, adoço o real ainda que testemunhe amargos. Coleciono horizontes para enfeitar as ruas sem saídas onde moro. Visto apenas o meu tamanho não uso as dimensões das grandezas. Sou sincero às mentiras que me contam e me encantam, mas sou amparo sobre os sonhos duma semente, pecados angelicais de flores naufragas de céu azul. Ainda, assim sou porta-voz das sublimes verdades que nunca alcancei, faço dos seus silêncios a autêntica afirmação da vida. Escrevo no concreto, o abstrato. Vou esculpindo no coração alheio e no meu próprio peito as letras tatuadas de desculpas que ignoro de muitos e escrevo para milhares!!! A tristeza traz suas lágrimas, a saudade seus suspiros, a felicidade sua plenitude...já o amor não precisa nem de palavra, vive de qualquer silêncio até qualquer infinito. Ninguém fala sobre o amor nem escreve apenas o vive , quem escreve como eu não o vive…

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

 Hoje sei que seria tão bom conseguir arrancar algumas coisas da cabeça e ter descanso…Bastava não pensar, e eu nesse campo sou tão complicado, penso tanto, bastava que as lágrimas parassem e que as pessoas  que andam em passos rápidos na rua se silenciassem !O barulho sufoca-me… Tenho receio,  que esse fardo pare e abra a porta da minha casa, eu blindo-a,  por isso também não ouso abri-la. Tenho receio que os meus passos acelerem tanto,  que o meu coração acabe por explodir com esse ritmo. A culpa não é vossa... Mas imaginem, só por um bocadinho, que, acordam, vestem-se, essa manhã parece estar um belo dia, então conseguem abrir a porta. Depois existe um “mundo” de  vozes, de pessoas, de carros numa outra velocidade …Depois, vem o tempo,  contratempos, encostam-se, choram. Estão sozinhos,  e as pernas tremem. Vem o medo, a incerteza que nos agride… Corremos para casa mas as pernas não andam. Telefonam a alguém mas têm medo de voltar a ligar para a vida. Desistem. Esperam. Ficam ali, retidos, sozinhos. Agarrados a nadas. Depois vão devagar, a cambalear. Voltam para casa. A porta fecha-se nas vossas costas com tanta força que vos empurra para a cama. Suspiram. É seguro…Se todas as ironias fossem passageiras e se todos os destinos nos fossem possíveis. As palavras seriam apenas como penas de pássaros… Liberdades. Leveza, que qualquer brisa as faria propagar no resto do espaço. O espaço que ocupa o resto do Mundo. Subitamente, nasce uma necessidade de seres “físico”,  de seres um cheiro, várias cores. Subitamente, toda uma necessidade de que as Pessoas fossem só Pessoas na hora de se aproximarem. Sem pressupostos ou supostos concretizáveis. Que todos os medos do que nos distingue, fossem apenas musicas…Mas as musicas são apenas notas que ninguém lê e o instrumento somos nós…Hoje estou assim!

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...