domingo, 3 de dezembro de 2017

Antes que me apedrejem e joguem meu nome na lama, vou esclarecer que não faço apologia aos textos que escrevo, apenas empresto as minhas dores ao mundo…partilho tristezas para devolvê-las nítidas e intensas às palavras. Vendo socorros onde não há salvação...Por vezes doí, mas se doí que doa para levar aos outros olhos o desmedido alívio. Antevejo amores e suspiros que precedem encontros que descrevo em tragédias e dúvidas que antecedem o existir. Como um mero escritor, adoço o real ainda que testemunhe amargos. Coleciono horizontes para enfeitar as ruas sem saídas onde moro. Visto apenas o meu tamanho não uso as dimensões das grandezas. Sou sincero às mentiras que me contam e me encantam, mas sou amparo sobre os sonhos duma semente, pecados angelicais de flores naufragas de céu azul. Ainda, assim sou porta-voz das sublimes verdades que nunca alcancei, faço dos seus silêncios a autêntica afirmação da vida. Escrevo no concreto, o abstrato. Vou esculpindo no coração alheio e no meu próprio peito as letras tatuadas de desculpas que ignoro de muitos e escrevo para milhares!!! A tristeza traz suas lágrimas, a saudade seus suspiros, a felicidade sua plenitude...já o amor não precisa nem de palavra, vive de qualquer silêncio até qualquer infinito. Ninguém fala sobre o amor nem escreve apenas o vive , quem escreve como eu não o vive…

2 comentários:

  1. Olá Paulo, tanta verdade que mais uma vez doas a quem te lê, muito bom mesmo...Um beijinho

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  2. Olá Paulo, creio vives um Amor "perfeito" em teus sonhos que depois ao tentares "encaixá-lo" na tua realidade começas a deixar de vivê-lo....talvez porque por defesa, praticas o desapego e não deixas que te amem nem permites que tu próprio sintas de novo o amor, como já sentiste um dia... Talvez a solução passe primeiro pelo perdão, querido.... viver com uma mágoa para sempre, destrói-nos por dentro e nunca teremos PAZ, acredita! Um beijinho

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