Hoje Lembro-me como se
faz amor na pele da amizade. Lembro-me dos dias a passar e o tempo que temos.
Lembro-me do copo cheio e do copo vazio depois do silêncio que se estende como um
manto... Mas!!! Lembro-vos que o labirinto da noite pode ser de luta de descoberta de
toques do acorde preciso em cada verso novo ou repetido! Sei que há
caminhos que nos fazem escavar a ternura
como se fosse terra, sei que há estradas nas falésias e curvas, paragens
precipícios que levantam a pedra e o pó do caminho. Há quedas na vertigem, há rugas
nas nossas memórias, sossego, que geram inquietações nas letras que tem cheiro como
flores na embriaguez das vozes deixando fotografias em livros… Só eu sei hoje
como passa a família ao perder as vozes do desejo calado. Hoje há veias de sangue no rio de outras fundações, mistérios do mar
dentro do peito como uma autentica arca de segredos no adro da Igreja sem cruz …
Nasce a Lua põe-se Sol desenhado no corpo
do pintor que se pinta como poeta de textos tão seus como projectos no muro na
liberdade. É essa liberdade que me faz colorir esta pagina, deixo a minha
pincelada com o coração, que não esquece porque esquecer é perder e perder é
não ser, é deixar de estar diante dos silêncios onde surgem as palavras, que se
eternizam na parede como tijolos de cimento num edifício que fica lado a lado com
a escuridão dum mundo de gente a passar… Hoje o céu cobre-nos no germinar de
sensações, onde ninguém dança , ninguém canta , ninguém pinta , ninguém escreve
deixando os gritos dos aflitos perderem-se no terrível choro da solidão onde o
silêncio se desenha palavra por palavra…
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

-
Hoje reflito com o pensamento de como juntar, aproximar quem se afasta, sinceramente não sei. Apenas sei que é o amor aproxima, que as div...
-
Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
-
Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...
Mais um texto intrigante inconfundível a forma de escrever esta tua , rapaz é uma pegada tua que aqui deixas .
ResponderEliminarO medo de perder, faz muitos de nós querer uma amizade ao invés de querer o mundo. Palavra por Palavra , só sabemos o impacto das palavras quando declinamos escreve-las . Grande texto Paulo tanta coisa a refletir nele abraço
Cada (re)encontro pode ser mágico e especial... desde que nos leve a (re)descobrir um sentimento guardado num cantinho do nosso coração... Desilusão? Surpresa? Bem Estar? Depende... Um amor verdadeiro jamais é esquecido!!!
ResponderEliminarOlá Paulo bom dia , escreves como ninguém , não encontro ninguém a escrever desta forma, intensa, que nos faz sonhar, pensar que a vida passa num instante, e um instante é muito pouco para sonhar...É preciso ser-se um pouco mais que a generalidade das pessoas! Talvez seja preciso Endurecer a forma de escrever, pensar assim como fazem tão bem sem perder a ternura, Amei mais uma vez as tuas palavras, és como a arca de Noé da escrita, tens tudo dentro dela.
ResponderEliminarAdoro ler o que escreve❤
ResponderEliminarCaro Paulo fico sem palavras ao ler tanta leveza nesse seu toque único, que o escraviza a partilhar talvez dor, Desilusão, mas tão doce de se ler que se fecharmos os olhos imaginamos o mundo a correr, debitando-se para essa falésia , precipício , tão difícil de contornar...Não tenho qualquer duvida que a generalidade dos seus leitores se identificam muito consigo, nesse seu retrato ameno, tolerante , expectante , ávido, de tanto conter, apenas em palavras se libertar ... Um bem Haja Paulo Quem escreve assim é um Poeta.
ResponderEliminar