Sei que já houve um tempo, em que as minhas asas foram vento, em que os meus silêncios foram canto de embalar e que vos elevaram a alma e vos fizeram sonhar. Nesse momento, a minha essência libertou-se, abandonou o corpo à sua sorte e ergueu-se no infinito céu onde busco uma estrela nesta noite profunda sem fim. Lembrem-se dos mundos distantes que percorremos nessas viagens deambulantes onde misturamos as cores do arco-íris para pintar as histórias acabadas de sonhar, em tintas frescas que repousavam sobre as telas deste mundo de encantar que tanto sonhamos... Esses eram tempos em que a vida tinha as suas ambiguidades, em que entre muitos de nós não haviam saudades porque sempre nos fundíamos num só corpo, numa só brisa, nesse instante dilacerante que o mundo nos fez passar de noite a dia. É deste alimento que vivo, neste vácuo constante onde me fecho, onde oro, e choro o sal das minhas lágrimas em poemas dessincronizados, desprovidos de fragrâncias. Um dia hei-de voar de novo, por entre os destroços do meu corpo, feito sopro de vida que se ergue do abismo sobre uma praia sem espírito. Estou farto de ser ilusão, esperança e mensagem , deixei de sentir o meu coração, quero alimentar alma com a vontade de seguir a diante, de ser gente e viver o que vida me deixou para os últimos dias ...Não podia por aqui passar sem rasto deixar... olhem parta trás e vejam o que eu deixei !!!
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Mágico, Paulo, muito lindo
ResponderEliminarOlá Paulo, os teus textos são uma obra de arte, um momento completamente inspirador. Adorei
ResponderEliminarCaro Paulo, saudo-o por mais este belo texto que ela a intensidade tão característica das suas palavras, um bem haja
ResponderEliminarQue maravilha, meu querido ti deixas uma auto-estrada e não um rasto, as tuas palavras São únicas, não conheço ninguém a escrever assim, muitos parabéns, que o menino Jesus te dê muita luz para continuares a partilhar está tua essência, beijinhos
ResponderEliminarÀs vezes precisamos viajar. Não digo conhecer outros lugares, isso também é bom, refiro-me ao nosso território interno. É preciso mergulhar, descobrir cada lugar, o recôndito mais profundo. É que não devemos nos perder de vista, nossos olhos têm sempre que nos acompanhar, ver onde estamos e o que fazemos, chamo a isso viagem ao nosso interior, sinto que precisas meditar... Parabéns pelo seu rico texto, acho divinal!
ResponderEliminarAssim como o sal e o doce dão sabor aos alimentos, as pequenas coisas dão sabor à vida. Os sonhos são o alimento da felicidade das nossas vidas, não devemos deixar de sonhar, só assim poderemos fazer arte das nossas vidas ela é um complemento da vida. Indispensável, a exemplo da natureza da qual colhemos tudo de belo que preenche os nossos corações. Mais um belo pensamento Boas festas!
ResponderEliminarMais uma vez lindo
ResponderEliminarNão é mais uma vez lindo, é sempre tocante, sincero e único, ele escreve com a al.a de um guerreiro, abraço amigo
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