Hoje Tenho saudades da urgência de querer escrever...Sabem aquela sensação que nos faz dobrar os papeis pelos dedos cansados, urgindo guarida apenas na almofada…As ideias ficam mal paradas pela boca a salivar nas palavras que morfaram na mesa vazia, mas sem sentidos não há palavras que cheguem, pois estas sobrevivem apenas no eco inseguro que se fecha em rochas que nem o mar desfaz…Vale apena estar a dizer o óbvio? Vale apena deduzir as palavras do passado como se fosse uma pintura? Penso que não…Eu já inclinei o peito perante os olhos a brilhar , mesmo quando um rio de sal se istinguia deles! Eu sei bem que há pessoas que conseguem moldar emoções como se estas fossem noites de puro encanto, eu sinceramente não sou de todo capaz! Aprendi a lição da vida que me fez mergulhar num puro e duro silêncio, hoje recuso-me a escrever sobre verdades juradas, mesmo que elas se espalhem pelo chão como folhas secas de outono. Será que neste vento cabem todos os gritos? Muitas vezes me pergunto se existimos mesmo, pois há sempre um passo que fica por dar, onde um templo é presença e ausência é paz…Parece um paradoxo eu sei, e por muito que façamos voos vigilantes a poesia quebra sempre quem se aninha e embriaga na fonte do outro lado da ponte …Hoje estou assim , não sei definir se sinto o reflexo do espelho ou se a luz dele me encandeia , por isso, percorro palavras pelos lugares onde a minha voz não ecoa , escrevo como se as palavras fossem a minha fonte de água fresca porque só assim sei ser ! Diante dos silêncios eterniza-se a parede de cimento, onde mais uma vez as palavras esbarram nesse escuro onde tanta gente passa…Floresta de sonhos plantados por baixo dum céu que escurecido faz germinar sensações onde ninguém dança ou canta…Nada se mexe, perde-se o ímpeto a velocidade, até a solidão se perde diante dos silêncios nessa noite como se ela fosse um pedaço de chão que nos recebe…Vou varrer estas folhas do chão? Procurar debaixo delas uma passagem ? Ou vou sentar-me e esperar, pode ser que um dia as folhas do Outono se revoltem com o vento…
sábado, 5 de novembro de 2022
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