quarta-feira, 5 de junho de 2024

Hoje pinto quadros surrealistas nesta tela da vida, desusada no rosto da culpa sem mãos na procura da agulha neste palheiro em chamas …Tenho as cores distorcidas burlando o olhar, a definição das imagens perdem-se na miopia das palavras sem som como linguagem gestual que nem um surdo mudo consegue explicar… Mas! Movo-me de forma invisível, de tão minúsculo que sou ,mas hábil nas renuncias que a gravidade dos sonhos nos obrigam a construir neste baloiçar da razão no mundo de um Deus só! É difícil encontrar a estrada certa, neste salpicar de sonhos e estrelas que nos focam na estrela polar que nos pode orientar… Ou asseguro, ou rejeito ou até mesmo, afronto todas as regras e privações que hostilizam a liberdade de um ser! Todos temos habitos diferentes, uns olham para as janelas ao seu redor, outros para as janelas do fundo, uns removem as cortinas da janelas outros fecham-nas por isso são obrigados acender as luzes muito mais cedo , esquencendo-se do sol, e do ar que vem de fora...Uns tem habito de acordar de manha em sobressalto porque já passa da hora, estão atrasados até para tomar um café, não leem os jornais porque não podem perder tempo...Ou comem uma sandes porque não tiveram tempo de almoçar...saem a correr o trabalho para tentarem deitar cedo porque já perderam o dia sem o ter vivido! Outros, abrem o jornal e leem sobre a guerra, aceitando-a , ignorando as perdas humanas, aceitando os numeros sem acreditar numa paz vindora! As pessoas acostuma-se para não se "ralarem" preservam a "pele", evitam feridas, para poupar o peito e a vida que aos outros se gasta de tanto nos acostumar-mos até a ela se perder a si mesma...Como nos perdemos, na nossa essência, no nosso querer, no nosso saber, por isso, hoje apenas escrevo como quem leva os dedos em chama evitando a pele, para não abrir mais fissuras nos cálices de mar salgado na alvorada dos desejos que voam sem asas! Sou a sintese de todos os meus ecos, muitas vezes silencio um a um para que outros irompam os seus, faço-me intimo da raíz do tempo onde cada palavra repouso docemente na fantasia do horizonte distante, onde as luzes se escondem lentamente na espera ao por-de-sol.

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