quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Hoje não me contento em ser apenas metade, amar além da esperança e do medo, além de todas as esperas e das tardias lembranças...É olhar o amor em todas as esferas
das frágeis pontes entre o ser e não ser, é vê-lo além de todas as certezas, da simplicidade de ser feliz, quando se faz outro ser feliz ao nosso lado... Hoje além de todos os desafios das surpresas que a vida nos traz, levo os caminhos que me motivam a cada manhã, pela alegria do abraço da chegada e da sinceridade do abraço da despedida, assim fica mais um pouco sempre em nós...Em todas as nossas vidas fica a nossa linguagem ou gestos porque infelizmente tudo se resume num instante... Na vida somos avaliados a cada palavra, a cada momento como se o mundo fosse um mundo perfeito, mas não é! De repente parece natural e inevitável o desamor, resulta sempre em mais desamor, já o amor apenas mais um espaço no coração! O sonho é a base da poesia, sem ele não há inspiração, porque quem escreve, sempre tem por primazia transmitir do seu sonho, a emoção e a magia que a sua mão desenha a cada fluir de versos...Em todas as almas há coisas secretas cujo segredo é guardado nos seus silêncios. São guardadas, mesmo nos momentos mais sinceros, quando nos abismos nos expomos, todos doloridos, num lance de angústia, em face dos amigos mais queridos... Porque as palavras que as poderiam traduzir seriam ridículas, mesquinhas, incompreensíveis ao mais perspicaz dos seres! Estas coisas são materialmente impossíveis de serem ditas... A própria Natureza as encerrou, não permitindo que a garganta humana pudesse arranjar sons para as exprimir, apenas sons para as caricaturar. E como essas ideias, entranhas são as coisas que mais estimamos, falta-nos sempre a coragem de as caricaturar. Talvez seja essa razão para nos sentirmos isolados em muitos momentos das nossas vidas, até à chegada de uma alma que nos compreenda inteiramente, e, saiba mutuamente tudo quanto em nós vive ...São das palavras simples, de frases não estudadas,
de risos fáceis, de gestos espontâneos que tenho saudade...Gosto de um café a dois, de uma história de amor, da rouquidão do mar, do silêncio das estrelas, da pressa dos rios, da frescura das fontes, da estratégia das pontes, de números pares, de linhas rectas, da assimetria dos afectos, de um olhar meigo, de um sorriso de esperança,
de amor a tempo inteiro, de verdade e temperança...Tantas coisas e outras mais que nos fazem ser parte de algo inteiro...
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Hoje o meu olhar encontra traços que me definem, seja num simples sorriso ou numa lágrima caída. É neste olhar que define o que podem esperar a cada gesto meu, acreditem que este olhar é também um pouco vosso, sinto a paz, neste porto de abrigo nos momentos em que precisam de mim, das minhas palavras, do meu abraço apertado ou simplesmente do meu sorriso. Reforço-me a cada segundo em que os olhos choram e precisam de unicamente luz, é esse o consolo, de um gesto de ternura que em mim perdura.É na sensibilidade do olhar e nas palavras, a ternura, a autenticidade, a paixão, dum coração aberto, quente que mesmo diante de todas as adversidades nem sempre consiga transmitir em gestos o que me vai na alma. Mesmo que diante de toda a suavidade pareça distante e nem sempre consiga mostrar tudo o que sou. Não sei ser frio nem o quero ser, não sou metade para pedir inteiro, não sou sempre a paz e a força que tanto admiram. No olhar trago uma imensidão de fraquezas, dúvidas, lágrimas, como um boneco de gesso que facilmente parte e que por trás de uma súbita noção de força deixa cair todos os pedaços de dor que o atormentam. Sou um homem de sentimentos fortes, de relacionamento fácil, amo as coisas simples da vida, amo as palavras que escrevo mesmo que por vezes não consiga dar-lhes um beijo, amo aquilo que sou mesmo que por vezes quisesse ser diferente...Tenho intensidade em cada gesto, em cada momento em que estou ao lado das pessoas que amo. Embora tímido em ambientes de multidão, gosto de uma boa gargalhada, uma boa jantarada, todos aqueles prazeres da vida que devemos aproveitar ao máximo. As pessoas que me conhecem à vários anos e já beberam de mim em ambientes mais íntimos e calmos sabem o que sou, conhecem-me de uma forma tão genuína, tão aberta, tão verdadeira, sem barreiras e fronteiras. Dizem-me que por me dar tanto sofro mais quando alguém me desilude, por não conseguir ter um pouco de frieza em mim sou susceptível de ter altos e baixos de estado de espírito. Mas diante da minha, por vezes exagerada, humildade e até alguma modéstia, não mudarei, não serei diferente para agradar a ninguém! Não gosto dos que percepcionando a fragilidade dos outros, se aproveitam e os usam. Não gosto da hipocrisia dos que se juntam a mim nas alegrias, nos momentos em que sorrimos mas depois se afastam à primeira dificuldade, à primeira coisa que não gostaram em mim, ao primeiro momento em que colocamos à prova a verdadeira amizade. Não gosto dos que se julgam melhores que os outros e diante da sua superioridade são incapazes de aceitar a diferença, o erro, de ver para lá daquilo que é o seu mundo pequenino em que se colocam. Não gosto do silêncio longo e demorado que me mata por dentro mesmo sabendo que um silêncio que acalma, que esclarece, pode ser doce e trazer de novo a vida...
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Hoje vivemos num mundo onde por muito que sonhemos, precisamos que o bem e o mal sejam nitidamente discerníveis, porque nele há o desejo, inato e indomável, de julgar antes de compreender. Sobre esse desejo são fundadas religiões ideologias e estas, bem!! Não se podem conciliar com o amor a não ser que traduzam a linguagem de relatividade e de ambiguidade dele, para o seu discurso dogmático... Hoje em muitos está contida a incapacidade de suportar a relatividade essencial das coisas humanas, a incapacidade de olhar de frente a ausência e cada dia que passa, se torna mais difícil de aceitar e de compreender...Não vale apena o afobe, o amor não tem pressa! Ele pode esperar em silêncio, fundo de um armário, nos sonhos mais longinquos, como estivesse no fundo do mar mais profundo, numa cidade submersa onde só os escafandristas o poderão encontrar! Talvez os sábios continuem a tentar em vão, decifrar o eco de antigas palavras, fragmentos de cartas, poemas, mentiras, retratos, vestígios da nossa estranha civilização, porque o amor, não é para já! As palavras são o brilho dos olhos, verdade, acreditem que é verdade! O que é um poema senão um telescópio do desejo fixado no olhar! Tem dias que as palavras parecem nunca faltar, a quem descrevem muitas vezes, como aqueles que sabem ler o coração e a alma, falta agora o jeito de contar as emoções que me queimam por dentro no momento de estar aqui, sem vocês e, portanto, com vocês. Sinto amor, carinho, revolução na alma, porque me reencontro, quando encontro as palavras que quero falar, quando meu coração se abre para dar o que ele precisa tanto receber, como um cego, que conhece seu caminho, mas fica agradecido quando uma mão se estende a ele... Tenho muitas coisas para dizer, e não pode ser de uma vez só. Sempre soube dar tempo ao tempo para realizar grandes coisas na vida. Tem dias que precisamos de joelhos flexíveis, verdade, de cabeças ora erguidas, ora em submissão. Precisamos aceitar o sol e a chuva, a brisa fresca e os momentos onde o ar parece ter feito suas bagagens e ido para bem longe! Tenho a consciencia que não posso desejar que o amanhã chegue hoje, nem fazer avançar a felicidade, apenas pressentir o que ela pode trazer...Todos nós precisamos dar tempo ao tempo e aceitar a idéia de que não somos só nós, nem estamos literalmente sozinhos, não temos de viver depressa demais. Os Deuses contemplam a nossa vida, guardam os nossos sonhos, o que tivermos que receber, receberemos...Porque, hoje até queria escrever mais, mas as letras prendem-me, não me deixam seguir a sequência dos sentires, não brotam como sementes, porque a terra árida não permite... Havia tanto para dizer, tanto para criar, neste mundo repleto de gente, que nem sei por onde começar. Dir-me-ão na vossa timidez vulgar, cai no nosso abraço, ai sim te tornarás Primavera, e não a terra semeada à espera de brotar...As vidas são cíclicas e as almas infinitas moléculas que se refazem e voltam sempre ao lugar de partida!
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
Hoje até não tenho muita vontade de escrever. Nem mesmo falar. Há outras formas para tentar descobrir um mundo novo pela lente do nosso olhar! Sem pretensões. Cada um vê aquilo que pode ainda que estejamos sempre receptivos a ser surprerendidos pelo nosso olhar...As pessoas não sabem, mas o nosso cérebro tem caverna, grutas. recantos por onde passam correntes de mar com sabor a marés altas e baixas ao ritmo do bater do coração. Num fluxo ininterrupto é por ai que vagueamos, entre cavernas, grutas, mas...Há sempre um mas... Estreitar laços, no conhecer de novas emoções e sentimentos não é facil para nenhum comum mortal, embora já tenha perdoado a quem me roubou muitas vezes a minha paz, o sossego do meu coração, a minha paciência. Sim, já perdoei a quem me traiu, porque acredito que muitas traições não passam de momentos de fraqueza que algumas pessoas não souberam ser crescidas e seguras o suficiente para dizer um simples não, na hora de dizerem ou fazerem alguma coisa que mais tarde os levassem a que se sentissem mal com isso, os que não se sentem mal, acreditam que não irão ser descobertos, mas paciência, não deixam de sentir! Perdoei quem me abandonou, nas horas que mais precisei, porque sei que não somos todos iguais, e que muitas vezes esse abandono não passa de um sentir muito pesado, e que mesmo longe sofreram á sua maneira, depois de o perceber perdoei. Consigo perdoar muita coisa quando as consigo entender, e porque principalmente e felizmente não somos todos iguais, não sou um super homem, , nem lá perto, mas quando não estou distraído também me dou a esse direito, tento ouvir as palavras por dizer e tento compreender a razão de cada pessoa que amo, gosto e está ao meu lado. Isto tudo para dizer que, nos movemos como tigres numa jaula não conseguimos ficar mais perto do que isto, crescemos na nudez das pedras, crescemos e desmaiamos conforme as marés mas não somos barcos de carregar velas somos mareantes do vento das águas mais profundas onde há palavras que se envolvem em círculos no ouvido dos búzios! Temos tudo tão perto das mãos que nem lhe podemos tocar, só nos falta subir às pedras deste chão e impedir que as águas lá onde os olhos existem sem amparo, se consintam demoradas a assistir à passagem de um sopro de vento neste leito de sussurros repleto de degraus em escarpa...
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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...