quinta-feira, 6 de março de 2025
Hoje, já nem sei contar as palavras que nascem dentro das minhas frases, como posso saber quantas habitam no coração do silêncio de terceiros, sim esses estranhos que estremecem brutalmente o único diamante que risca a nossa pele, porque somos todos e apenas mapas de percursos que outrora percorremos ...Já tenho afirmado várias vezes que não sei viver em conflito. Acredito que seja uma expressão de menoridade minha, talvez , não sei! Aceito que seja defeito meu, que não consigo renegar, mas sempre soube a diferença entre afetos e ideologias. Acreditem, é como gerir dois mundos tão diferentes. Faço juízos de valor mas não faço juízos de carácter. Não chamo nomes nem arraso pessoas de quem não me identifico, não uso palavras de ódio ou de desprezo para qualificar aqueles com quem não concordo, ou que são injustos comigo... Não sou capaz de odiar. Não será uma qualidade. É uma questão de personalidade recebida e da qual me não desfiz nunca... Não me considero melhor nem pior do que quem o faz, acredito no valor das palavras, tanto como acredito que é através delas que o mundo se muda, a violência verbal não facilita o diálogo e extrema as possibilidades de qualquer resolução de conflito... As palavras podem ser mortais, ou tão mortais como as disparadas por um revolver! Aquilo que busco é uma Estrela que finalmente brilhará sobre os dias insolúveis, entre penúria do adbsurdo e a sede do sonho! É tão dificil deixar uma estrela brilhar sobre o nosso coração blindado, sobre os invisíveis muros do egoísmo que nos isola, sobre os ávidos motivos que nos prendem ao repetido inconformismo sonâmbulo. Por muito que defendamos as múltiplas formas de cegueira que sobre o peso insustentável das nossas omissões, o sonho permanece para nós como uma missão adiada, que deixamos mascarar de medo, que nos torna sempre mais indisponíveis à viagem que a luz nos suger. Por tudo isto , hoje me faço Estrela sobre a austeridade que impomos à circulação dos afetos na dança interrompida das mãos silenciadas, sobre o silêncio mastigado em solidão... Apesar do previsível incremento de desculpas que sejamos brindados na vida, são as palavras aliadas a atos que tem a capacidade de transformar os nossos passos erráticos e fadigados numa confiante marcha não de sonhadores mas de peregrinos...Há dias assim , em que percorremos multiplos caminhos, sem chegar a lado nenhum e é esta aliança entre a imperfeição e a perfeição que tantas vezes nos faz valorizar o presente, de encontrar significado na vida e de cultivar a gratidão, mesmo diante dos desafios menos positivos que enfretamos...
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