domingo, 27 de abril de 2025
Hoje ando, por aí, com a memória magoada, desavindo com o presente, farto de palavras engomadas para um futuro. Hoje coloquei o tempo entre aspas, vesti a manhã de buraco negro repleto de reticências, Vesti-me de sombra e senti o silêncio pousar-me no coração, já que, nunca saberemos se os enganados são os sentidos ou os sentimentos, é como se viajassemos de comboio ou a nossa vontade, fizesse as cidades mudar de lugar, ou se todas as casas fossem no mesmo lugar... Nunca saberemos se quem nos espera é quem nos deve esperar, nem sequer quem temos de aguardar no meio deste passadisso frio. Não sabemos nada! Avançamos às cegas e duvidamos, se o que se parece com a alegria é só o sinal definitivo a nos voltámos a enganar...No fim, muito pouca coisa importa, esse devia ser o nosso princípio, sempre! Mas nem sempre parecemos saber por onde começar, e tudo atrapalha e se agiganta, perdemo-nos dos caminhos, ai, voltamos ao princípio. Na essência do ser, podemos amar em silencio e perto e dentro, ao saber tocar quem nos toca. E por fim, não ter medo de recomeçar, com este princípio, porque a nossa tarefa neste mundo é amar. Ás vezes a nossa dimensão de felicidade ou de satisfação não está na proporção da realidade da vida. Sentimo-nos menos felizes por isto ou por aquilo e nesse preciso momento não paramos para pensar o que a cada segundo acontece de mal no mundo! No entanto, como é que é possível requalificar as nossas prioridades, se as dificuldades ultrapassarem a nossa intenção de parar para pensar a realidade? É preciso muita capacidade e "cabeça fresca" que nos falta algumas vezes nas vicissitudes da vida eu sei, investimos furiosamente na demanda da felicidade...Estranhamente, esta, por vezes, confunde-se com a dor. Aquilo que mais desejamos causa-nos arrepios, borboletas no estômago, uma necessidade incontrolável de falar com alguém, obsessivamente, sempre do mesmo assunto, de andar de um lado para o outro, como pai que, na sala de espera, aguarda o nascimento do filho, ou de ficarmos quietos num canto, de olhar vago e parado, desejando que ninguém nos dirija a palavra...É de luz que precisamos, se cada um de nós se dedicasse a aprender e tratar a sua escuridão, o mundo teria muito mais pessoas com valores, e luz propria...
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