sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Hoje o céu escureceu e fez-se silêncio, bastou as nuvens cerrarem... O portão abriu-se  e o nevoeiro cansativo entrou... nada é simples, nada é silêncio, e tudo não passa de um vazio. O calor não chega e o frio teima em permanecer. As janelas fecham e deixam apenas o escuro ficar, não há luz, nem um mero clarão!! Existe tudo e apenas nada. Reclamo armas de gelo que rebentem num grito surdo, onde a solidão parta para restar o vácuo da recordação. (Isto) torna-se tão simples de viver. É tão fácil abrir este portão para nada restar. Mas!!! façamos então o silêncio, a chuva há-de cair ... O portão fechou, e a imensidão do nada soou. Esta força imensa que consegue ser ouvida,  sem eu querer enche esta sala pequena de dimensões infinitas num pequeno e vibrante toque de mil cores em forma de Arco Íris.  Sinto uma surdez que ficou, como uma  força demorada de um minuto infinito calado. O amor desvaneceu, foi colhido na combustão fria da ignorância. Sinto o toque sinto o cheiro sinto a dor entre pulsos mas!! Faça-se apenas um pequeno silêncio, só eu fiquei... eu e o nada. E do nada subtraímos o tudo e o zero... O nada tornou.-se infinito, voou com as asas escuras do destino, que também desejou partir. Fiquei, o tudo da insatisfação. Sobrou o peso de uma tempestade vizinha, que também me silenciou... Deixo-me assim  adormecer num recanto desta sala, e lá fico, eu e o pó transformado, a fazer-me companhia, esquecido de mim, perdido de mim...

1 comentário:

  1. o silencio pode ser regenerador, nunca nos trai, pode ser ouro e ao mesmo tempo a resposta certa. Muitos beijinhos

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