domingo, 2 de julho de 2017

Hoje como se me fosse dada a ausência de som em troca, da única fragrância certa de restos de vida eu, mergulho no único mar que me dá ar suficiente para inspirar os Deuses. Todos os meus sonhos, em partículas de água reflectidos. Olho retratos de restos de corpos que se formaram enquanto perdidamente, escrevi  músicas reflectidas em mim como as minhas inspirações na água postadas! Desço as escadas, os lances da vida imaginados na cabeça onde o meu sono nunca se instalou. Naveguei em madrugadas exaustas de preocupações inúteis espalhadas no chão que me persegue, fugi  da terra que não é Terra, da casa que não é lar , dos nomes rasurados nas paredes sujas, das casas em que te sonhei!  Somos eternos sons de pés descalços em ruas vazias, somos sombras de sons projectados de janelas onde os tecidos não escondem a vergonha, onde os olhos não escondem o medo... Exposto em troca de breves caricias e pressentimentos de felicidade encontrada noutro peito que não o único que nos mantém aqui...Vivos; rascunhos de projectos de vida baratos,  herança, de uma casa vazia! Ainda me tenho a mim, agora já nada dói , nem ter restos . O mundo é feito de corajosos,  também eu sou feito de espíritos de cavalos de guerra. Não me rendo !!! Respeito todas as tentativas de desculpa, mas não me rendo. Eventualmente afogo-me nas minhas águas reflectidas e encontro-me nos traços da mão que me for estendida!

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