Hoje numa mera infinidade, sem tempo
de espera, assisto ao encontro de rios, com os 7 mares . É nesse encontro que
as pessoas vivem histórias, ajoelhando-se perante o infinito para o derramar de lágrimas, sem se redimirem …Como se a
água salgada dos mares distantes prostituísse e
inundasse os olhares ! Não vejo
futuro, os climas enfrentam-se,
disputam a fonte do calor e a certeza do frio constante nas palavras que
escrevo. É neste assalto repentino, que vejo desenhada as memórias rápidas de
projectos sonhados, desenho nas minhas memorias lentas rios, mares que se cruzam, viagens
impossíveis que se desfazem em átomos… Esqueço a poeira, escrevo romances, musicas que
ninguém escuta! Como poderei eu dançar
este som que a minha vida gera? Olho o Sol e a grande audácia da sua luz, eis
que as palavras fazem-me sentido, muitas
vezes estar na solidão, é um trabalho criativo, e por muito idílico e poético
que pareça, desgasta , fere os sentidos dos quais somos compostos…Escrever para
mim é como estar num palco, onde rasgamos a alma através do que escrevemos,
muitas vezes escrutinados , por olhares , julgamentos, descontextualizados que
nos fazem renunciar à escrita… Ou temos alma de Betão ou então metade dos dias
ficamos na vala ardente da escuridão.
Mas!! eu tenho muita sorte , faço aquilo que quero e gosto, embora saiba que existe sempre o lado negro, utópico
de colocar-me sempre numa fasquia alta e a excelência aqui, é desvalorizada….
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Olá Paulo , fiquei receosa que não voltasses a escrever,ainda estou, sinto este texto como uma despedida... Na realidade escrever tem essa vertente que exaltas de nos expormos ao escrutínio de terceiros, podes crer que tens uma alma de betão consegues ignorar as palavras menos boas que alguns possam até proferir, mas se o fazem fazem-no sem saber o que dizer. Se formos a ver escrever é mesmo isso dizer muito em poucas palavras e é nisso que te destacas , pela tua enorme sensibilidade... Quero muito continuar a ler-te , assim como deve haver muita gente que o quer mas por um ou outra razão não o revela, eu revelo-o é magico ler-te e entrar dentro do teu "eu" apenas com o que partilhas. Beijinhos
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