quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Hoje aprumo os meus gestos largos de juiz, de braço cego na lei que persiste e divide a robustez do chão que sulcamos. Hoje as searas que me agarram à vida, afagam com a distância de um perfume de mulher! Imagino esse olhar, num verbo que enfeitiça , que sopra e desembruma a espessura destas noites mal dormidas…Já cai orvalho de luz na aurora que arrasta a lua, pela pele seca de sabor a nivea  que  humedece a minha guerra interna, solitária que de braços erguidos que travo…Há silencio no horizonte que verte em mim como uma cascata as cores da tela que pinto! Tom a tom desvendo feridas nos olhos de corpos  despidos de magoas nas madrugadas sem abrigo. Hoje decido eu, fiz-me juiz do amor, opto por amar nas pedras da praia, tornando-as areia, arrastando-as no eco dos lobos marinhos que entoam no leme à deriva!  Quando não tiverem a quem desvendar as feridas nos olhos , sei que irão saber como sorrir de vocês mesmos …assim como eu hoje decido !

2 comentários:

  1. Nem sempre decidir é fácil, muitas vezes devemos deixar o amor decidir por nós. A nosso maior perda de vida é não ter em momentos muito importantes na vida, alguém para nos desvendar, curar , sarar as feridas nos olhos. Beijinhos

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  2. Sermos juízes do Amor é decidirmos Amar ou não... nem sempre é fácil esta decisão, mas!!! temos de amar para sermos amados assim como temos de saber perdoar para sermos perdoados. É assim na vida, no direito e no Amor!
    Bjs

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