sexta-feira, 4 de maio de 2018

Antigamente escrevia textos elaborados , mas hoje tenho poucas palavras para os elaborar… Antigamente quando os deuses eram grandes eu respirava silabas e transpirava  sonetos, hoje, ando humildemente nos arredores dos verbos, naqueles degraus invisíveis onde as árvores dão frutos mesmo rodeadas por incêndios…Estou como muitos, no interior do que arde, esmagando o coração contra o peito, apagando-me devagar com sede! Há quem diga que é preciso viver uma vida inteira para entender o que é encontrar a serenidade neste mundo,  mas nem a vida nem o mundo se encontram… Tenho duvidas deste futuro, luto apenas pelo presente , o presente é de todos,  construir uma casa e  existir dentro dela… Perdi a esperança, esperança é o consolo dos frágeis , mas!!! Eu não me sinto frágil!!! Por dentro o meu coração não renuncia à esperança …Que dilema este,  com apenas uma casa como testemunha…Oh!!! Mas as casas morrem não só na sua demolição, elas morrem com a morte das pessoas…Hoje estou assim, com a minha luz percorrendo, extinta, mundos nesta cinza onde não consigo decifrar  porque o meu sonho é gigante !

4 comentários:

  1. Olá meu querido Paulo , tu como muitos de nós, depositaste toda a esperança no futuro, perdeste assim certamente a noção do tempo. Por favor não percas o presente tão seguro em que estamos hoje. Não percas a esperança a serio , se olhares para o horizonte, depois dele , há sempre algo mais. As tuas palavras são gigantes, enormes como tu e como os teus lindo silêncios beijinhos Paulo amei mais uma vez a intensidade das tuas palavras, elas esbarram em nós e retém-nos como uma mão que nos segura, ampara e acaricia. beijinhos

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  2. caro Paulo que texto maravilhoso!As suas palavras são cada vez mais estrondosas , cheias de intensidade e paixão. Um bem haja

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  3. Temos sempre dilemas por resolver... mas o maior de todos é sem dúvida com nós próprios, aquele que nos obriga a quebrar o nosso silêncio...

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  4. Como te entendo..
    Também eu tenho um sonho gigante ...

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