quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Hoje deixo na foz deste meu olhar, as sementes de ternura e prazer,  porque só existo nesta essência de ser jardim quando o tempo me faz voltar a nascer, sempre que regresso de novo a mim desta viagem pela retina que a córnea esconde da íris dos meus dias… Todas as vidas podem ser um poema eterno que se canta  entre os sonhos e a estrada que os liga ao real! Há cores que a pupila deixa passar nestes labirintos, que desfolham as cores da  paisagem na inquietação dos passos interditos que o amor inventa e deles faz uma canção…Na vida não há morte de sonhos, isso é uma mentira, existem sim sonhos que se desfazem nas mares,  mas ressuscitam na espuma dos dias a cada recuo entre os tempos da praia mar…O meu nome desfaz-se nos ventos, no enlaço e cada momento, o meu destino inquieta a procura, na deriva entre a dor e o vazio! Desenho nos meus dias a canção dos silêncios, que, afogam o embriagado sabor dos roucos, na tatuada pele de todas as historias que escrevo… Forte em mim é apenas os rumos seguros mas incertos de uma ceia que se sirva pela noite fora…Não pensem que escrevo para mim, a todos os que pensam que sabem , e aqueles que tentam adivinhar, apenas digo que escrevo como alguém um dia disse: "escrevo para fora de mim"...

5 comentários:

  1. Amigo já viste as horas que publicaste este texto? Descansa homem !! Sinto isso mesmo que dizes , tens necessidade de escrever para fora de ti e tirar algo de ti... Com isso não posso deixar de dizer que é um grande texto , abraço

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  2. Anónimo1/30/2019

    Hoje a chuva trouxe-me solidão e a minha alma sentiu...mas olhei o céu nublado e percebi que logo mudará de cor...tudo e passageiro...devemos aproveitar sempre cada momento como se fosse o último.

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  3. Anónimo1/30/2019

    Queria tanto dizer-te quem sou....

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  4. Querido Paulo, tudo o que aqui escreves é lindo, e agradecemos o que escreves para fora de ti, só assim podemos ver o homem lindo que és beijinhos

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  5. Caro Paulo eu sinto que por muita desilusão que possa ter surgido na sua vida você não escreve para ninguém especifico, aliás como muito bem diz nem para si escreve! Cada um de nós é uma peça única , ímpar, não somos nada de concreto nem certamente algum dia o venhamos a ser a não ser, um mundo inteiro de sonhos , que nascem , renascem , ganham vida, perdem o ímpeto mas serão sempre parte de nós. Excelente textos Paulo um grande Bem haja

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