Hoje , sinto-me próximo do longe, que embaciou os céus , enquanto tento procurar o caminho de regresso a casa...Sinto que nesta noite desci dos céus carregando nas asas a humidade da noite fria que se instalou, deixando em mim a vontade de ser uma ave, pairando no desejo de ser vento… Não sei porque para aqui vim, mas fui arrastado pela corrente, deste corpo ausente, seguindo o curso deste trajeto infinito como um viajante que volta pouco a pouco, num regresso que é silencioso. Já alguns dias que não ousava escrever, mas hoje sinto essa necessidade, sinto que ando acompanhado, mas sinto-me muito só…poderia até contextualizar, falar desta solidão acompanhada, porque opto por ela! Sinto-me acompanhado por mim mesmo, como se tivesse uma amizade colorida comigo mesmo…É que só assim viajo por outros sítios, e desfaço alguns equívocos…Interrogo-me tantas vezes se o que escrevo é amor, talvez seja a única forma de amar que sei, não sei! Acabo por tomar opções que me ferem a mim mesmo, mas que me farão crescer como humano, entretanto escrevo este amor que se projeta de mim e me invade as dúvidas, umas vezes fazendo sentido e outras não! Escrevo o amor que é, e o que não é amor, talvez seja uma tentativa, um embrião que não deixa de merecer ser escrito… Escrevo o amor que me faz persistir, me dá alento, escrevo, o amor enquanto tiver tempo e qualquer que seja o amor, porque o tempo urge em mim, se pudesse segurar-me-ia nas pontas de um mero segundo de vida...
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Aquilo que escreves é mais que amor, é a longevidade dele em ti. És um ser misteriosamente diferente dos demais, acredito que o amor que escreves, te conduzirá a uma longevidade sentimental. Muita força para mais um momento duro de confinamento que iremos estar sujeitos. Beijinhos
ResponderEliminarNão deixa de ser lindíssimo,como uma sinfonia o texto que escreveste, porém, sendo e triste. Tu transmites amor das mãos
ResponderEliminarSimplesmente Mágico
ResponderEliminarCaro Paulo, descreves o amor como uma emoção que não dá para controlar, é uma emoção que abafa a lógica e o senso comum, tens uma arte única, muito tua que fascina e nos faz pensar em tudo o que acreditamos, és encantador...Um bem haja, um beijo.
ResponderEliminarCada vez é mais interessante ler o Paulo, uma capacidade gigante de fazer as palavras terem vida. Um Beijinho
ResponderEliminarVamos voltar a ficar fechados como se uns criminosos fossemos, quero agradecer as palavras que tens partilhado durante este tempo todo! Peço que continues a brindar-nos com os teus pensamentos, tão únicos, humanos e comuns a todos nós. Venha o teletrabalho e palavras tuas, beijinho
ResponderEliminarAs tuas palavras parecem ter vida, abraço amigo
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