quinta-feira, 4 de agosto de 2022

 Hoje disfarço a sede, essa sede de ti…Rendo-me, de  boca  fechada, deixando as mãos discursarem por mim, provocando a fome enquanto amadureço os sonhos ….Gosto de me sentir assim, fico irreverente,  oceânico,  encontro as formas do mar, nos limites da minha vontade,  ancorando as margens do desejo  no sal que a sede deixa nas ondas, que,  atormentam este rodopio de sonhos e pensamentos seduzindo-me,  vergando-me, fazendo render-me…render-me ao teu olhar  ao teu amor que me faz crucificar-me nas preces, nas mortalhas da memoria que deixei por despir!  Hoje transcrevo ecos do meu querer, nos sussurros audíveis,  onde vou recuperando os aromas do  vibrado dos meus pensamentos …Peço permissão aos anjos, que me elejam juiz deste labirinto de espelhos que me roubem a luz , que quebrem a distancia com ventos , palavras de fogo, disfarçadas em quilómetros , que me furtaram uma fatia da sanidade deixando-me este sabor salgado a maresia sem bússola,  no alpendre desta assoalhada vazia! Quero arrendar este espaço, com versos que me secam a boca  de horas cheias de gente impaciente, do pouco tempo que lhes espera… Há pessoas indecifráveis, jogam formalidades com olhares de fogo, quebram gelo com mãos,  alimentam a alma com a capacidade de ler o que não está escrito, abrem a porta de lugares  eternos, enchendo as mãos de frutos para substituir a duvida pela certeza , só assim conseguem esquecer o sonho esquizofrénico  do amor,   que  a amnésia do passado tanto adiou...Hoje amo-te, e amar-te é  muito mais que querer concretizar algo, amar para mim é a forma mais lúcida de desejar, querer, é a maior convicção que o nosso caminho será  juntos,  persistindo a ventos, temporais abraçando a luta sempre a dois no bom e no menos bom. É muito simples o que te digo,  Amo te .



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