terça-feira, 24 de outubro de 2023
Hoje como é difícil saber onde pertencemos, uns acenam de um lado outros de outro e o bater do coração abranda , cada noite o sono foge a mil e cada esquina me descubro cada vez mais pequeno…Já quis... Já quis que o amor fosse louco. Já quis tanto que, de tanto querer, o amor me sabia sempre a pouco. Já quis que o amor fosse apenas insano. Já o achei sagrado e de tão sagrado que era, depressa se tornou profano… Já quis amor que nem me cabia no peito. Era maior que eu, e isso não condiz com respeito. Já morei em amores de instantes, já respirei amores ausentes, já tive amores distantes, fraturantes. Já deitei amor fora, por não saber o que lhe fazer. É que o amor não consumido, azeda, não se deve manter ...Já transformei amor em raiva, já perdoei um amor não correspondido, já achei que para ser amor só valia se fosse um amor sofrido. Já dei mais do que devia dar, já me senti o mais amado, já achei que tinha tudo, e já vi tudo transformar-se em nada. Já morei sozinho no amor, por achar que amar bastava. Mas amar os outros esquecendo-te de ti, é dar amor e ficar com nada. Já quis que fosse tudo. Tantas vezes pedi que desse flor… Hoje, tranquilamente, vos digo, para mim, basta-me que seja Amor. Hoje apenas me torno passageiro, de um sopro, que se faça de paz e vivencia na beira desta praia onde me faço na textura, do que ainda desconheço, mas me reflete no seu semblante com uma determinação irrepreensível! Só há uma saudade má que não podemos sentir, é aquela que não podemos ir a trás...Tenho servido meus pensamentos com serenidade e calma, tentando dissuadir as circunstâncias do que vivo para ser capaz de seguir adiante. Cada passo que tento dar , faço-o numa pegada suave que direciono meus esforços no entendimento da dimensão dos dias, que chegaram a ser tão letárgicos. Sinto-me díspar, como se tudo ao redor fosse efêmero, apenas e cada dia seguinte seja apenas um esboço desfocado. Pareço meio fora do trilho, em desequilíbrio com a ordem vigente…Coisa de momento, situação essa que me desorienta e me larga à margem, perdido e sem direção, segrego sonhos em um fino desconforto, já acreditei tanto neles, mas estes não me foram fieis, o meu bom senso desorienta me mais que os sagrados passos, este desalinho me altera, buscando encontrar o rumo, a rota para minar os temores e o cansaço dessa paralela busca… Arduamente luto para realinhar a órbita do coração, equalizo a frequência dos meus pensamentos, da minha larga sinceridade e meu colo tão denso e farto descalça-se sem o amor! Ando sem sintonia, sem sentir a sequência das horas, a passagem dos dias e dos abruptos momentos que, por fim, ignoram a minha saúde. Hoje apelo à minha alma, sedenta pelo sorriso derradeiro e pelo abraço caloroso de raros sentimentos, um momento de glória, uma ocasião onde os braços possam vibrar pela cálida felicidade. Tudo tem me deixado distante, longe em algum lugar, que nem sei bem qual é ainda…Á parte do que se segue, do que flui e nasce. Mas é com destreza que me vou desvencilhando dos elementos que lesam a frequência do meu sinal no mundo, com a vida. É uma batalha diária e franca, para novamente voltar ao eixo e seguir adiante. Vou de peito aberto e esperar a honestidade de um único ser… Às vezes é bom desacelerar, apurar os olhos para o quadro bonito da vida e perceber o que de fato é essencial para nosso crescimento.Todos os dias me vou disciplinando a isso, porque a nossa felicidade não está nas mãos de ninguém, mas claro que está dentro de um amor, e para quem tanto busca um, é talvez a coisa que torna a vida mais aprazível e enriquece as alegrias. Podemos ser felizes por nossa conta, mas se aparecer alguém para compartilhar a felicidade, seremos muito mais...
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