sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
Hoje o dia fica para trás, mal consumido e já inútil. Começa a grande luz, todas as portas se abrem diante de um homem adormecido, o tempo é uma árvore que não para de crescer. O tempo,cessa a grande porta entreaberta que chega a cegar os astros...As páginas rasgadas embrulham os meus devaneios...Ofegantes palavras que mordo como brindes secos, outrora rastilhos! hoje resguardados, lembrados sem voz...Vem ai de novo a madrugada, ela é devorada na pressa dos sentidos, que se atroplelam em vicios num beijo de olhos vendados engolido no tempo! É flamejante o olhar que se afasta empurrado, assim me deito hoje, no luar dos meus pensamentos. Dobro a esquina de mais um trilho e prossigo, entre salpicos na pele que me permito...Apenas cumpro o que a alma compele...Não sei decifrar, este recomeço que tanto preciso... Prefiro seguir os ecos que me impelem... do caminho que me pertence, esquecendo os reflexos, mas um dia vou me lembrar de todos eles, sem trocar os passos, mas com um sorriso que não quero apagar! Dobro a esquina dos dedos que se soltam há já algum tempo...Remexo este Caminho traçado de inspirações trancadas na noite, engasgam-se perfumes entranhados, os aromas são outros....ofuscam cheiros que ficam...Máscaram-se almas num olhar que se desvenda...Cega-me , finjo ver , ou faço de conta...Assim como numa ficção num cenário que inventámos...É a natureza Humana que se impõe, por vezes dou por mim em viagens longincuas, em lugares nossos que nem visitámos, estão escondidos...guardados...Acabo por acordar de sorriso fechado....Apenas invoco o presente divergente em conteudo mas que em verdade sorri...Há vicios que ficam porém...Basta o soar de uma melodia...um trocar de olhares, um rasgar de memórias, um fechar de olhos que nos transporta, onde, cheiros retornam, onde varandas são pequenas demais, balcões guardam visões, canetas reencarnam desabafos, onde falsamente sorrindo se escapam almas....tatuam-se histórias por viver....para quê reler, o que está escrito na alma, quando tanto mais se fala de boca calada, impossivel negar! impossivel...assim se toleram opções, tomada de caminhos que hoje nos transportam a um amanhã que tarda, ou que simplesmente se guarda. Por isso, hoje, respiro fundo como quem abraça a própria alma, inalando beijos, quando me sufocam sem doer...Tenho as mãos vazias cheias de tudo, onde finalmente o desejava receber, como uma amplidão que me consome, me abriga, me esconde e só tu não dás conta...Abraçei o amanhã, como brisas que me embalam, conforto que me abraça, neste lento, caminhar leve que conduz... Tempestades que nos fortalecem em passos galopantes que nos constroem...O poder de nos doar-mos só é maior e mais sublime, quando somos
capazes de dividir nossa alma e nosso afeto pousar em vários corações...
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