sexta-feira, 20 de junho de 2025
Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar todos os paradigmas,
e os dogmas mas ainda assim, ficamos cativos, ao nosso proprio caos! Até pode parecer uma insanidade, vamos nos tornado incomuns, respiramos a inversão do introspectivo... Declaramos-nos como fiquei excêntricos, e optamos por ficar com a nossa quietude. Que... contrassenso não é, saber que a vida é um voo incerto,
e no final não vamos escapar, por isso vivemos nesta fugacidade do existir, sem ser resiliente por desistir de persistir perante as tempestades...
Não tenho expectativa do que está por vir, só anseio não ser mais o selvagem que fui, apenas cuido dos meus desertos, do meu silencio...Mas!!! Nunca me deixei para trás,
e nem permiti... ninguém rotular quem eu sou. Prometi a mim mesmo, em nunca me perder pelos caminhos, afastar-me de tudo que me machuca, e só estar com quem me encanta,
Portanto... Quando o corpo secumbir ... enfim, que saiba... que o amarrotado do rosto, são apenas sinais que a tudo sobrevivi, e que... Aqui dentro ainda mora uma alma jovem, com um semblante austero, uma aparência sóbria, mas, embora saiba que não sou já, nenhum menino! Uma coisa vos digo, quando temos dificuldade em descansar e dormir, é sinal que estamos acordados dentro do sonho de outro alguém...
terça-feira, 10 de junho de 2025
Hoje vos digo que não é nos livros que se diz que o que liga duas pessoas, é o amor que se tem a outro ser. É a vontade de querer estar, a ansiedade do seu abraço, as saudades da presença...Não é nos livros que a dimensão do amor se propaga com a intensidade do que se vive, é sim da falta do que não se vive. Quem efetivamente gosta é que faz com que as histórias sejam eternas e se perpetuem pelas horas e dias, nos meses de anos. Mas eu ouso acrescentar, que mais que o amor, é a alegria do estar que verdadeiramente constrói uma relação! Seja mais ou menos romântico, é a capacidade de fazer sorrir, de fazer aproveitar cada momento, de apreciar um pôr-do-sol, uma música, ou simplesmente um café quente logo pela manhã. essa coisa, tão simples, de ser bom viver ao lado do outro...O que liga duas pessoas é o que somos para os outros, há quem lhe chame energia, karma, força, pouco importa o nome, mas é esse papel, de suporte, que marca para a vida duas pessoas. quando, em algum instante, fomos uma ajuda num momento mau, fomos uma inspiração, quando abrimos barreiras, quando de alguma forma levamos o outro a viver, a amar, a ser, e não em jeito de professor, de guia, ou de ser superior, pelo contrário, na forma mais humilde de ajudar, que é apenas estar ao lado, sempre, caminhando ao lado mesmo sem dar a mão, já incentiva, a fazer acreditar e é isso que é pode ser o nosso maior ponto de luz nesta vida! São essas pessoas que nos fazem completos, felizes, de coração cheio... Até podemos ser independentes de todos, de tudo, mas no fim do dia, há uma coisa que nunca seremos sozinhos; completos... Até podem vir mil filósofos das teorias modernas da independência, mas quem já amou de verdade, entende bem o que digo, porque quando se conhece a outra metade de nós, percebemos que fomos feitos assim; apenas metade, na espera do outro encaixe, da peça do puzzle que fica ali, exactamente no abraço perfeito, no corpo que se sente colado, no beijo que é energia, na pele que se toca e dá choque...Não, eu não falo de alguém igual a nós, nada disso! É muito mais que isso, é alguém que sendo diferente, tem aquilo que nos falta, como se fossem a única peça em que sentimos o alívio estranho ao ver e nos mostra , que não há mais nada para ver, para procurar... Quando isso acontece a conversa nunca acaba, o riso é sempre parvo e bonito, o amor é sempre lamechas e exagerado, em que o desejo é sempre louco e permanente, só superado pelo sossego do sono junto. São esses momentos, tão simples que dão sentido ao corpo, que sonhamos, onde adormeçemos com a certeza rara que é ali que seriamos maiores...
terça-feira, 3 de junho de 2025
Hoje o tempo esgota-se de um todo!!! tudo parece ter acontecido ontem, outras vezes parece que foi á décadas!!!. Décadas são intervalos de duração prolongada, quando ainda se está no lado de trás do fio esticado. Se quisermos filosofar olhamos para a esquerda e vemos o passado Antes de Cristo se olharmos para a direita (Depois
de Cristo) deslumbramos uma linha infinita, sem sinais de começo a não ser o toque e no olhar entre os seres…. O fim é o resultado da subtracção e da dialéctica
entre os dois, embora se acredite sempre no prolongamento a vida tem já o seu tempo pré definido!!! Enfim , todos os dias afrontamos os ponteiros do Relógio que leva nas suas rédeas invariavelmente as noites e os dias que se sobrepõem... Todos os dias me parecem começos de fios rasgados ou mãos que ensaiam nós para remendar o avesso de um todo antigo, todos os dias relativizo a minha existência em função de um todo. Mas nunca ousarei esquecer a minha dimensão nem as minhas origens, em nenhum dos dias! Hoje dentro de si mesma, a noite não revela contornos, serve-se de sombras…Abro janelas de afectos caminho sobre as horas, que exibem o desejo que o vértice do pensamento esconde ! Imagino um corpo sobre mim, debruçando-se pelo meu lado revelde, outrora adormecido num bosque imaginário, onde os prazeres não tem grades! Sonhamos que em algum lugar estarão sempre dois braços, dispostos em forma de casa, para receber o nosso corpo quando cai. Eu já cai e muito…. Mas!!! E imaginei que havia um corpo com dois braços capazes de segurar-me firmemente na queda…Mas não …Tive de recriar-me num estranho abrigo ao longo dos abraços imaginários no limiar do percurso da vida ...Aproximei os olhos da vertigem dos céus, fiz das estrelas barcos, para sulcarem os mares do meu coração em desordem, criei gestos para contrariar as palavras, exilei-me do tempo pelo medo que enrouqueceu o cansaço nos rostos desenhados em silêncios, nas noites adiadas. Como se sentisse alguma perversão, a minha boca desenha gestos poéticos, excêntricos, que corrompem qualquer palavra que a luz da manha enrola nos meus olhos , em mais um dia que acordo com um som estranho dento do meu peito… Como se dum eco se tratasse, de uma palavra tatuada em mim, que eu não reconheço mas, mesmo assim, atravessa a fronteira como um fantasma apavorado pela luz que asfixia… Essa luz és tu minha Mãe, tantas vezes o meu porto de abrigo...
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