Hoje
os meus pensamentos elevam catedrais, em templos que em longínquas datas soletravam serenatas, nas crenças que os velhos
templários erguiam nos silêncios recolhidos das palavras que semeavam o
esquecimento das horas nas sensações com recados de amor eterno…Meu
corpo começa a elevar-se , os céus reclamam-no , deixei de sentir esforço a caminhar
sobre o chão , meus pés desenham as palavras que a minha sombra projecta docemente
para a parede que destaca a minha alma …Não há limites nas palavras, quando nos
vamos completando de vazios, todos os dias escrevo a minha independência. Mas ela, tem algemas …Estou
farto de assistir aqueles que se acham poderosos, mas para mim poderosos não são
os que descobrem o Ouro, poderosos são aqueles
que descobrem a insignificância das coisas ! Não existe pessoas frágeis , todos
nós nos vestimos de realidade na arrumação do espaço dos sonhos, apenas existem
alguns que a meio da euforia , gritam a vantagem conquistada, outros reclamam-na em
silêncio, nos pensamentos de suas catedrais ….
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Tenho alguns dias que por algum motivo falta-me a
voz, fico inerte como se não houvesse mais nada a fazer, como se me pudesse
reger por coisas impessoais , vulgares , coisa que não sou …Ainda assim assisto
a alguns a roubarem-me o chão que piso e o ar que respiro como se deles
eu fosse indigno, como se não os merecesse. Mas fico assim calado... como
se não houvesse um grito na garganta querendo sair e entoar pelas paredes
vazias desta vida… Mas não vale apena, chego sempre a optar por ficar assim
quieto e mudo. Em vez de dar de mim, de lutar por aquilo em que acredito, pelos
meus sentimentos, deixo que a vida corra como um rio mesmo querendo ir contra a
corrente… Odeio que sejam injustos comigo … Fico assim , chego à conclusão que
a esmagadora maioria das pessoas prefere que os outros não pense , sejam
mudos, incultos, tolerantes …Mas!! Não pensem que esta postura é uma postura
cobarde, não nunca o será , cobardes são aqueles que preferem pessoas que se
calam e pessoas tolerantes , sabem porque? Porque não tem a capacidade de nos
enfrentar, falta argumentos, não me busquem para verbalizar de
forma rude … Chego a ficar calado não por me ter esquecido das
palavras, tão calado que selo os lábios sabem porque , porque há pessoas que
nem merecem que nos debrucemos por questões colocadas por eles ... Peço apenas um favor pessoas mal formadas não comentem os meus textos pois não os conheço e nem tenho a pretensão de tal...
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
Hoje
tenho de discordar de quase em absoluto, de certas posições que o meu coração
assume…Eu hoje sonhei que era um Anjo que se escondia dentro das próprias asas,
avistava ao longe bruxas lobisomens e
fantasmas mas!!!
Não queria embarcar em novas guerras , deixei cair dos meus punhos as armas que
durante tanto tempo me resguardaram nas trincheiras dos fumos, dos
bombardeamentos, das ofensivas, das granadas de violência que o ódio de
terceiros arremessava das nuvens para o chão na luta diária sem arco íris de
miragem …Eu já levitei o meu corpo entre o céu e a terra , eu já marquei na
minha historia, a hora inesperada da inocência, eu já deixei o meu rosto
asfixiado na moldura do tempo, hoje
apenas queria embalar-me nos braços do silêncio e sonhar sem o vento perverso arrastar todas as minha frases e palavras para as sombras do ritual onde se
dobra o medo…hoje prescindo da vaidade, deixo-a envelhecer recolhida num ponto sereno que me resta...A cegueira que o silêncio pintou na minha morada!
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Hoje tive um pesadelo "terrível", constatei que, sem duvida alguma, um dia o amor morre… Podem até achar
que é uma inoportuna notícia, mas todo
amor morre um dia acaba por sucumbir! Há amores impulsivos, cúmplices, rotineiros,
juvenis, maduros, impossíveis, platónicos, correspondidos, desejados, amados, bem !!! Qualquer deles e não importa se são bonitos e sinceros, todos eles um a um
acabam de uma maneira ou de outra por
morrer, mas a maioria morre mesmo é de
uma “morte assistida”. Todo o amor morre, mas morre na ignorância e
estupidez dos seres humanos. Morre na constante busca pela devassa do ego, pela satisfação pessoal,
ambição desmedida . O amor morre quando nos traímos a nós mesmos, na verdade, o
amor morre quando o ser humano trai a sua essência. Pior do que trair a confiança
do outro é trair-nos a nós mesmos... O amor morre nas palavras que não foram ditas; nas
palavras ditas em excesso; nos exageros por vaidade; na ausência por falta de coragem e também morre na
presença de quem nunca está…Mas não se deixem confundir por estas palavras, não há sentimento de saudade por aquilo que não se tem ou algum dia teve, não
podemos sentir falta do que nunca existiu... A saudade, assim como todos os
sentimentos que vem juntos com o amor, é viva e latejante por aquilo que se respira ...Eu já senti esse cadáver de sentimento, penso que o isolei e coloquei-o num
lugar bem escondido dentro de minha alma…Não o consigo resgatar, para quem sabe
um dia acreditar, que de alguma forma, a
próxima vez será eterno…
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Hoje o dia amanheceu cheio de sons, sons de passos em versos na calçada das poesias,
que caminham na rua no meio de dedos que desenham a sensualidade da natureza a sorrir !
Inspirei-me no sol , que magia embriagadora a sua Luz … Falemos então do Brilho
que ele provoca nesta casa devoluta, que a noite devora em meia dúzia de palavras
que pulsam na boca vulnerável… Hoje sinto este amor que é um nada que se
liberta , uma luz que me desce pelo olhar e fecunda nos sorrisos a virgindade
das palavras não ditas e , nos silêncios perdidos na lividez dos tempos que as
minhas mãos derramaram nas cortinas do olhar que ondulei neste sol encandeceste
que esconderam da minha visão anos a fio … Hoje sonhei que amei…E amar!! Amar é
escrever, é deixar que me toquem até ser eu de novo! Amar é abraçar e adormecer
até o corpo se extinguir , é acordar e ver as cortinas do meu quarto amarrarem
os raios de sol numa pintura marcada pelos meus dedos na tatuagem da mãe
Natureza…Abro a Janela e "Grito-lhe", não pares , brinda-me com a tua luz, abraça-me, dança comigo como se fizéssemos amor...
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Hoje peço-vos que me emprestem as vossas memórias! Esqueci das minhas, no virar da vida, entre o tempo do nada e num (quase) silêncio de quem outrora já fui. Digam-me , contem-me, acenda-me os olhos com a luz dos vossos e façam-me ter a consciência que arrisco escrever sobre a vossa presença... Poderia deixar aqui folhas reservadas para um nome em branco, mas acredito que a memória deve ser gravada com letras e olhares, digo-o porque a personagem criada por nossa imaginação, deve ser a atmosfera de um sonho descrito. Todos aqueles que pisam no chão, mas que voam até a altura das estrelas, tem lugar nos meus sonhos. É como se tivessem poderes de um anjo, e pudessem desaparecer assistindo a aurora próximos à janela das portas do céu... Descrever mais é exigir demais de minha capacidade de transformar meus gestos em palavras. Peço-vos que não desvalorizem as palavras, estas, não cabem na vastidão do mundo interior, perdem-se na agonia de não ser e acabam rompendo caminho pelos dedos simplesmente , por não sabem mais para onde ir...
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
Hoje sinto-me cúmplice das fronteiras que em mim
delineei, vivo rodeado deste mar deste deserto onde a essência das primeiras flores
não brota, o perfume do caminho que despido percorro nas areias que vou
deixando tombar das minhas mão vazias… Vou tentando contrariar a erosão ao
escrever palavras que emergem na noite como se flores se abrissem no romper do
dia. Vou edificando o oásis imperfeito como um verbo que é proferido no desassossego
da noite, recuso-me a ser pouco, a criar menos que a velocidade da luz, a
silenciar as minhas duvidas, a desamparar a minha sensibilidade, a viajar numa
corrente magnética sem conexão ao oásis que sonhei …Recuso-me, a não me desvendar
e mesmo que a paixão seja uma palavra antiga, eu recuso-me a deixar de pensar nela
, RECUSO-ME , a ignorar as cicatrizes que o tempo desenhou em mim, recuso-me a
deixar o coração adormecido, a ser uma casa saqueada, a não aparecer no mapa a
ser uma fronteira invadida por gente , lugares mal situados…
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
Hoje assisto a palavras! Estas correm como as
águas dum Rio, sem espera... Neste pensamento sem congestionamento de sentidos, há sempre um cuidado a evitar o seu uso impróprio. Sempre que escrevo não
tenho intencionalidades malévolas, escrevo sempre com a vontade de dar um retoque perfeccionista, na sensibilidade da minha arte de entender as palavras, sempre
contextualizando-as na sua origem, para que genuinamente sigam a sua missão… Eu sei que
elas não falam apenas seguem um caminho, mas sendo palavras, ficam sempre distantes
do ato, elas apenas levam a mensagem nas asas, sentimentos nus, romantismo, fantasias descritas sem rosto,
sem corpo, mas que usam a liberdade para aumentar o caudal no rio dos mistérios!
Para quem não me conhece, fiquem sabendo que caminho entre o sonho e a
realidade, numa insubordinação do imaginário, transgredindo o eu, no sentir de cada palavra que deixo na efervescência da sede de uma mera emoção…
sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
Hoje percorri a margem do rio que corre junto à minha casa, ele
chorava para o mundo sobre pedras escuras que resguardam as suas margens, escuto ecos de
crianças em suas águas, onde hoje apenas há um poço vazio, extinto sem vida…Tem momentos que sinto isso, uma faca que me corta por dentro, deslizando-se
até ao encontro da minha incompreensão mesmo aos meus pés! Eu apenas
acredito em seres puros que emanam sorrisos como crianças, que abraçam de olhos fechados esquecendo o peso do seu corpo! Há Anjos que habitam
em mim, há anjos que dançam nos meus sonhos, trocando melodias de silêncios
pelo anoitecer desenhado em folhas de papel vazias, nuas, esperando serem tingidas pela força elástica da selva humana …Hoje até posso
desenhar a racionalidade da vida, do meu passado, do meu castelo e segurar nas
mãos o vento da minha espera cruzada pela sensibilidade de quem não chora…
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Hoje fui ver o mar precisava olha-lo mas este ,
descansava no cinza do dia, onde as gotas de chuva que caiam
enchiam a sua essência e
ausência. Pouco a pouco , ondas cresciam, num impulso de desfazer a monotonia acinzentada, que
mergulhava nos meus olhos, ao mesmo tempo que tentava desvendar os seus
mistérios…Existe um ponto
nele, que o liga ao infinito, essa distância que o separa da areia movediça,
das inquietações e dúvidas palpitantes que os corações dos navegantes encerram
nas suas vagas…Lá longe onde o horizonte se encerra , existe uma ilha de
pensamentos, que se passeia, silenciosa, na essência marítima que
navega em mim , surfando nos destroços as desilusões escurecidas que esbarraram
no pontão da vida! Não há palavras que possam descodificar a leveza da vida, nem
tão pouco na liberdade que o mar encerra a praia da minha vida…
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
Hoje
escuto vozes amigas nos muros que transpõem as minhas muralhas, cito as indiferenças
amontoadas na rota humana que as palavras desenham nos passos mudos, onde o
tempo é deixado para trás num só sonho…Há corpos espalhados pelas encostas, cercados
de matérias vazias, anónimos, virtuais despidos sem sentimentos , chamo-lhes nadas como
sementes lançadas ao asfalto das estradas, não germinam , não fazem pontes ,
perderam a genuinidade humana, são apenas
solidão cortante! Sinto que há em nós sempre dois mundos, o nosso e o dos
outros, mas !!! qualquer um deles pode desmoronar-se , qualquer um deles pode ser
o ponto do medo entre a calçada no vazio das madrugadas ou a incerteza do
respirar de uma pátria frágil sem sonhos de pedras caídas …Faça-se então
silêncio nas jornadas da alma, onde as
palavras se calam, para o deserto se instalar , na esfera do tempo que a
navalha corta a meio de palavras…
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
Hoje foi na esquina do meu pensamento que presenciei as ruas acorrentadas, mudas, mesmo
no ventre da noite onde a encruzilhada se desdobrava pela fresta da janela do
meu carro que me abrigava, do frio inflamado que os faróis rasgavam em silêncio
dos desejos reflectidos no "traço continuo" dos sonhos ! Não me deixo confundir pelo nevoeiro
que se adensa, tenho as palavras ramificadas
no pensamento , em cada olhar um sorriso, e em cada rosto uma cortina que
se vai desfazendo … Sei reconhecer a nobreza dos outros mas gosto que a minha
seja tida em consideração também , se muitas vezes calo e apenas escuto em silêncio,
é porque as palavras não pintam telas na minha alma…Calo-me porque poucos entendem ou desejam entender; calo-me porque quando há amor, há silêncios e gritos inocentes
que jamais serão ouvidos ; calo-me porque o egoísmo do mundo é uma fortaleza
que jamais vai ruir perante os gestos de carinho; calo-me para as palavras escutarem a voz do mundo e deixarem o silêncio dizer o resto….
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