Hoje
propago apenas uma palavra e sei que ela sozinha representa um poema, porque
ninguém a ouve ? Deixo-me isolar como se me recostasse na morte sem ninguém se
importar…A solidão pode ter muitas formas, um dia ser uma ave que sobrevoa tudo
sem o alcançar , outros, uma casa de uma paz insuportável, cheia de sombras e
palavras que não emergem rimas e apenas
geram silêncio. Sabem?! Deixei-me arrastar pelos caminhos mais
longos, onde a única luz era a fé nos
meus valores, mas!! Dos outros, eu nunca esperei nada... Posso até não ser a
melhor companhia hoje , mas sei que sou a companhia da inusitada ausência, sou o reverso da medalha da solidão, apenas de não haver quem comigo pudesse partilhar os meus
caminhos. Nunca poderia esperar nada daqueles que dão, de si, apenas esmolas,
restos que guardaram nas suas gavetas vazias outrora cheias…Sinto-me triste , sabem?
Como há pessoas que tem a coragem de ignorar um ser que outrora foi um mundo,
apenas para segurarem o mundo nas mãos, roubando até a luz dos olhos dos outros
para iluminar as vielas onde as suas vidas se arrastam pela noite ! Não é fácil
não esperar nada dos outros quando os
rostos sorriem das lágrimas de quem chorou...É
muito simples distinguir, nas ruas, aqueles de quem se pode esperar algo. Uma criança
esboçando um sorriso a um pedinte que pede esmola, em vez de se afastar; um jovem ajudando um invisual a atravessar na
passadeira, em vez de troçar da sua condição... Um senhor que devolve a
carteira a uma senhora, que deixou cair, em vez de a guardar para si. São as
pessoas que olham em redor, por entre a corrida desenfreada dos dias. Mas são
tão raras, essas pessoas, que desaparecem com facilidade, homogeneizando-se nas
ruas repletas daqueles dos quais não se pode esperar nada…Percebem porque de
tantos outros nada esperei nesta vida a não ser mentiras mal contadas, ilusões platónica,
abandonos Mas!!! Não me desiludi quando foi isso que delas recebi, porque
compreendi que eram muito pobres , não tinham mais nada para dar. E vocês ainda
tem algo para dar?
terça-feira, 13 de março de 2018
segunda-feira, 12 de março de 2018
Hoje sinto que há pessoas que já nascem cheias de armas e munições
, outras tenta construí-las para se sentirem fortes e protegidas! Sinto o mundo
perdido, nas mãos destas pessoas , pessoas de mãos ensanguentadas que exibem
dia após dia as suas conquistas e os seus arsenais de defesa… São estranhas as
pessoas, sentem-se imortais por alguns segundos , deixam para trás no seu
caminho um rasgo de sangue que sulca a nossa estrada como se duma
arena se tratasse esta vida…A cada segundo que aqui estou, as armas disparam
sobre rostos, uns culpados outros inocentes, uns perdidos no meio de uma guerra
que não é a deles…Nem a entendem!! Hoje a minha alma sangra, persiste
na vida a arrogância, ganancia, imoralidade, mentira a maldade o ódio, não há regras
as pessoas vivem nas rédeas do infortúnio, pisam-se, e os espelhos já não as
reconhecem …As ruas estão cheias de armas, enquanto as minhas não
forem reconhecidas, eu não poderei as erguer! Desculpem limito-me a
encarar a imensidão do mar, ainda que saiba que ele é
enorme e que eu sou pequeno demais para ser visto enquanto navego por ele …Hoje
sei que nunca saberei defender-me de modo satisfatório ou
ter armas hábeis para lutar contra o desconhecido, mas!! O importante é lutar de acordo com as possibilidades e manter-me forte para que após a luta tenha a força suficiente e a coragem de prosseguir !
sexta-feira, 9 de março de 2018
Hoje dissipam-se as vestes da noite, que por
tantos dias me revesti!!! Restam as sombras que num açoite trémulo deixam a nu
as penas com que me envolvi...Quebro os muros na minha orla e em pequenos rasgos
de luz risco o infinito do olhar , adormeço a lua, que sem demora me eleva no
silêncio ao som do meu grito...Há sem duvida dor que dói, sem que se a veja
resta-nos divagar entre a lucidez e a ilusão, tecendo na alma um entrelaço de
saber, apagando os porquês de cada questão que outrora nos fez parar!!!Tanta palavra
borbulha em mim na espuma lavrada neste mar onde encalha o silêncio, onde
guardo e desprendo pedaços meus…É nessas águas que hoje escorrem como lava
ardente as minhas mãos vazias, incendiando estas folhas em branco… Talvez não
passe da ousadia, do refúgio, do reflexo que me habita, na dependência exagerada…Ou uma
luz poisando sobre mim mas!! Quando as palavras se instalam no papel é como se
tocasse no céu, que de cinza se pintou , nele, retoco os silêncios e num
arrepio, faço gotas de neve cair inundando os espaços vazios, eles sim, me
fazem convergir num lindo carrossel de
sentimentos...
terça-feira, 6 de março de 2018
Meus amigos hoje gostava apenas de dizer, que sei que há palavras que na
realidade emocionam, prendem, encantam e sobretudo fazem quem lê se
transportar para o cenário da história. É apenas o que acontece
comigo em cada parágrafo em que os meus dedos se debruçam a criar..Algumas vezes nascem pensamentos suaves de bela leitura que podem proporcionar, transportando-vos para o
cenário que imagino,por isso descrevo-o sempre com riqueza de detalhes e magia, as quais
apresentam uma realidade viva em mim e provocam uma acareação entre mim e os meus pseudo fantasmas, que
somente me fazem sentir digno e verdadeiro, perante o que partilho… Com isto digo, tem
havido alguns comentários (muitos) infelizes (que não publico) primeiro porque
não traduzem nem acrescentam nada à criatividade e o
pensamento que aqui vou fazendo …Quando escrevo, não remeto as minhas palavras
a nenhum ou a nenhuma das minhas leitoras, limito-me em especial
a escrever sobre a minha pessoa e o espectro luminoso da alma,! Pode muitas
vezes parecer belo, mas há sombras, dor, choro e lágrimas... Não sou escritor ,
nem tenho essa pretensão cinjo-me a viver a realidade como ela se apresenta,
sem rodeios, subterfúgios e enganos. Sempre olhando para os céus e seguindo em
frente, porque assim é a regra clara do bem viver! Agradeço os milhares de
visualizações que me tem proporcionado, aquilo que aqui
travo é uma guerra entre a alma e a razão mas uma guerra apenas minha , quem
quiser assistir, faça favor , mas!!! Não quebrem as regras do bom senso…
segunda-feira, 5 de março de 2018
Hoje o
vento grita, agitou-se e soltou o seu grito amarrado, ofegado no nada que o faz crescer… Se ele
quiser até pode pedir ao sol que ilumine a sua sombra, se ele quiser até pode
soltar as ondas do vazio do mar , que ira apenas escutar a melodia desafinada
da voz que o precede …Refugio-me nos
versos de amor, sem amarras, sem afetos, que o vento leva quando sopra sobre
mim, sobre todos nós desagua o seu
desespero … Ordeno que o seu odor de saudade se espalhe na trovoada que passa pelo meu peito nu como se uma catedral velha fosse exposta ao mundo sem varandas ,
sem abóbadas sem caves escuras que
arrepiam, deixando os quartos ocultos com paredes secretas que segredam medos e sustos…Hoje o vento levou-me
, nem sei onde estou, dói-me a cor deste
dia, dói-me o gestos de mim em mim!!
Onde estou? Alguém me ouve? Alguém
me responde? Conseguem ouvir-me? Estou aqui, no meio do tempo, deste relógio imaginário, sentado no ponteiro dos
minutos esperando a hora certa… E ela não chega!!! Passo em todos os lugares, e em nenhures....Levando comigo o amor que nunca pude
dar, as promessas que não cumpri, as fantasias que não sonhei, a vida que não
vivi. Hoje olho o vento, ele passa , grita , instala completamente o vazio na
partida , sacode o silêncio frio, tal qual eu sou gélido como este grito de vento que tombou
dos meus céus…
sexta-feira, 2 de março de 2018
Hoje
vou desenhar um corpo nesta minha tela
branca da minha imaginação. Imagino os contornos desse corpo, que sinto com a
ponta dos dedos, vejo-a em cada
instante, como se estivesses aqui. Abraço-a, sinto o seu corpo, colado ao
meu. Esse corpo incandescente aquece o meu, gelado, derretendo-me os sentidos.
Num instante, a escuridão da noite ganha luz própria e algo sinto sobre o meu
corpo. Falem-me ao ouvido, enquanto eu percorro com a palma das minhas mãos o
espaço vazio que me separa desse corpo... Beijem o vazio que eu sentirei, na minha face a suavidade do toque . Nas
terras altas o gelo cai, extingue-se no desejo dos amantes . Os corpos, esses
, juntam-se ás almas, abraçam-se, bocas colam-se em pequenos
beijos, em doces trocas de caricias! As roupas são a única coisas que nos cobrem e os envolvem, aos poucos são tiradas sinto que se começa a
fazer o esboço do que quero . Cada contorne faz-me estremecer, lentamente,
deixo-me deslizar sobre a tela e com as minhas mãos desenho os lábios e boca que
me chama, eu, respondo-lhe com a ondulação suave do meu traço contornando as
suas curvas….O final aproxima-se, quando
os corpos desenhados se colam, a tinta ainda persiste fresca, tudo parece transpirado,
sinto a tensão uma vez que as almas se
libertam dos corpos e por um breve instante vão elevar-se aos céus . Agora fiquei
com este sabor a beijo em mim, que docemente me deixou sem saliva, como se tivesse
entrado em erupção …Hoje ofereço-vos este segredos nunca revelado, que apenas eu deixei
tatuado em meu corpo, tatuagem outrora esquecida, a meio de uma entrega como se de um alimento se tratasse…Hoje
acordei com a imagem desta tela, ergui os olhos aos céus senti um peso de um corpo, subitamente sobre o meu, como se
tivesse acabado de cair do céu, como se um anjo se tivesse precipitado sobre
mim…Foi ai que vi que nesse instante a minha tela ficou pronta …
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
Hoje
amigos a nudez na pele, é como carregar um
corpo semidespido, sem erotismo
, eu sei, que despirmos o nosso véu
é, como tocar na tecla do som de um
poema, num espaço vazio! Escrevo na
placidez dum momento onde travo o tempo.
Estendo o meu olhar, como se uma
passadeira vermelha me conduzisse
na caminhada de sonhos e nele eu me fundisse
com a ternura e com a suavidade dos bailados dos olhares perdidos….
Prologue-mos então a espera, evaporando
o ar que nos rodeia, inflamando cada milímetro do libido que as minhas
palavras deixam nos desejos à solta
pelo espaço que medeia o sonho dos corpos. Esta louca e simultaneamente doce
espera , faz-nos esquecer o tempo que eterniza nos olhares o amor que jamais entre as
almas perdidas foi feito!. Hoje tentei fazer um poema há muito
inacabado, nesta dialéctica que forma rios , que enche barragens, que desagua em oceanos , como se um fôlego de prazeres, desejos , sonhos, se perdesse em mim, apenas quando muitos tentam traduzir pelas letras dos textos que escrevo, o sentimento que em mim murmura e me faz
sentir poeta adormecido na memoria vazia do passado que o vento transporta de mim por ai onde quer que esteja...
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Hoje é como se precisasse de beber toda a chuva, para acender uma claridade nos meus sonhos!!! Preciso apagar estrelas com os pés descalços, para acordar o fogo que deixei adormecer em mim...Os sonhos enchem os espaços vazios, entre nuvens e palavras. Morre um, chora uma nuvem, na extremidade do que morre nasce outro que a dispersa por isso preciso do que morre, para regar o que nasce... Hoje por mais que eu me vista de metade, não é mais que um disfarce a cobrir um corpo inteiro...Como podia eu ser a metade de outro, se nada tivesse para doar , que metade lhe daria? Sou saudade, do que já foi outrora sou memória que arrasto até à outra metade, que descobre o que ainda será... É isto meus amigos , amar é ser apenas um mero peregrino que busca o paraíso de um oásis, onde nunca sabemos ficar. Amar é exigência constante, de ter apenas uma metade do outro a morar dentro de nós, por nunca o sabermos aceitar por inteiro.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
Hoje
movimento-me entre a fuga das palavras e a quebra dos sentidos, o corpo, esse continua só, entregue a si mesmo, caminhando
desordenadamente sobre os trilhos da vida traçados pela auto critica ácida que
a alma, nos sonhos, carrega nas minhas
heranças, revolvendo o peito, enquanto vagueio na deriva dos tempos procurando
encontrar-me...Hoje vivo apenas, deixo os dedos esquecidos no teclado,
procurando palavras, que os meus olhos fechados, negam ler…Dispo-me deixo a
pele nua , adormecida, os sons não entram os ouvidos rendem-se à surdez, não deixam entrar a música que desperta as
palavras. Adormeci no portal da dor neste espaço, neste lapso, entre um mero instante
e o próximo, respiro, suavemente, adormecendo o corpo, num sono vazio de
sonhos, numa balada sem palavras, numa
música em silêncio. Não espero por ninguém, não sonho com nada, não vou a lado
nenhum, completo-me apenas, fechando um
ciclo da vida, dia, noite, até não acordar, andar…. Alimento o corpo, com
energias que não saboreio, que não entendo, que não irradiam em mim , apenas me
matem funcional…Gostava de cumprir o
destino, seguir um caminho , uma ponte mas !!! As pontes são
apenas rumores de silêncio entre duas margens e eu vivo apenas no estremo de uma delas …
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Hoje irei estar atento à gentileza
da alma, esta
me mobiliza o rasgar dos sorrisos sem ter de estender a mão… Sempre gostei de
conduzir mas não abdico de ser conduzido pelos olhares que desconstroem a
normalidade , que passa a flutuar pelas
curvas da minha invisibilidade. Adoro
escrever paginas de vida fazendo as palavras se sentirem mesmo com a efervescência que a brevidade da vida nos
proporciona! Acredito nos sentimentos, no encantamento que aos poucos o tempo
vai equilibrando nos nossos sonhos entre a realidade e a ficção , jamais me
deixarei insubordinar pela magia do imaginário sem pelo menos ousar em
transgredir a sede que o nu nos proporciona a nós, humanos . Agora deixem-me
dizer-vos uma coisa, um homem está sempre nu, perante o olhar de uma mulher ! Nu, perante aquela que o souber ler para além dos poros e dos sinais do tempo, e no seu corpo, encontrar os traços da eternidade em forma de luz... E eu,
hoje, estou nu sob esse olhar, como sempre estive, sem o saber…
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Hoje acordei compondo sentidos a descoberto, numa utopia despida de valores.Costuro os retalhos dos amores interrompidos, moldo e amasso a argila desta vida , dando-lhe forma e corpo, faço-a viver de imaginações sonâmbulas, amontoando cacos de uma vida... Sopro-lhe com a alma cravada de desalento, arranco ervas daninhas presas ao ventre que gritou amores sem respostas. Cultivo cantos, rego a semente encharcada de dúvidas, recomponho todos os ontens no hoje, escrevo pedaços de mim mas!!! Confesso já faz tempo que vivo um triângulo amoroso, sim é verdade!!! Daqueles triângulos que se estreitam , que alargam o olhar , ao tamanho da alma e agitam sonhos!!!Vivemos assim nós os três coração; Livros; e teclado ....
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Hoje abri a Janela e fiz-me pintor, da tela da minha vida, entorno
as tintas de uma vida de varias cores
que delicadamente misturo no quadrante desenhado em meus sonhos….Vou aos poucos
identificando a obra que ali deixei. Cores de sentimento.. sonhos...poemas
...sim! Muitas palavras mudas que entorno de uma forma nunca lida...são os sonhos derramados, rabiscados em palavras
neste meu mundo invisível, quase mudo, que se deixou embriagar de cores, que ao despirmos-nos não temos. Eu
já expus aqui a minha nudez sem pudor, talvez antes o fizera em pensamento...na
vida real. Mas, colori-me de amor, em flor, onde estamos sensíveis, românticos, em estado natural. É
ai que as nossas cores se misturam com o nosso habitat, passamos a ser parte
integrante de toda a Natureza que nos envolve, a nossa tela de vida será sempre
um expresso de sentimentos, paixões,
desilusões, realizações, pinceladas de
vivências... Ninguém, nem, nenhum de nós, por mais que observamos todos os
detalhes da tela de outro alguém, saberemos ler a fundo ou sentir da mesma
maneira que seu autor…Eu também sei que muitas vezes a vida não passa de uma
ficção em que a verdade se esconde num canto inviolável onde a humanidade não
nos cumprimenta mas expõe como se nos esquecêssemos da porta aberta do nosso
coração …Deixamos tantas vezes a porta do coração entreaberta que a nossa tela
passa a ser tingida pelo sangue de amor e de ódio! Duas palavras distintas mas
que nos fazem cerrar os pincéis e deixar a porta entreaberta que nunca se abriu…
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