Hoje posso dizer que nada sei desta vida, como vocês ...Vivo sem
saber, até acho que nunca soube.. Mas hoje
sei que jamais saberei porque sigo sem saber…Qual é o lugar que me pertence, qual é o lugar que
posso abandonar, qual é o lugar que me sustem, qual é o lugar que me faça parar
e me faça algo conter? Será que estou sempre errado, será que esta é minha estrada, posso continuar a errar, e
espero que o tempo me pare...Que mar é este onde nado sem parar , que mar é este
que me vai deixando apenas respirar, como se continuamente me quisesse manter
vivo? Não pensem que faço estas perguntas por não estar lúcido com a minha
loucura, estou ciente da minha inconstância, calmo na minha comodidade, amo
mais do que posso e devo, mas por medo sempre menos do que sou capaz…Sei que há
muita gente que pinta as suas vidas de branco e com a cor invisível que
perdura, mas eu não, prefiro o dia espreguiçar-se em mim como
algo sagrado em mim , acreditem a vida é sempre o que vive em nós…Prefiro a
minha liberdade, afinal tenho apenas o simples direito de ir ou vir, de poder
fazer escolhas, de optar, de expressar por isso penso…
quarta-feira, 13 de junho de 2018
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Hoje é segunda mas
escrevo como se fosse do passado ,
porque Porque hoje é domingo, os meus dedos
viraram estrelas, tocaram no dia de amanha, desenhando o passado, sem presente ! Talvez agora, no futuro, não sinta o frio
que a noite tantas vezes trás, porque no
meu corpo vivem as brasas de uma lareira recentemente apagada e nem o fumo, que
ela teima em fazer crescer, me faz lacrimejar de saudade dum outro futuro…
Aquilo que escrevo chama-se imaginação, de ventos e de momentos…Sempre que
chove , o Sol espreita para iluminar o céu que rega de luz este meu jardim,
de giestas de pinheiros, todos da mesma cor, verde, sem reluzir o azul e
cinzento que desaba do céu. Gera-se um sonho, que se deita sobre o meu corpo e faz tempo que não leio
o que escrevo sobre o meu corpo… Uma folha em branco basta, debaixo do olhar,
com a caneta ansiosa a descansar de me fazer viajar e levar para todo o lado. São
assim os sonhos, cansam-se de esperar
pelos sonhadores. Até mesmo aqueles nossos sonhos em que o nosso “eu” se desprende
de nós próprios, chamando-nos, rabiscando distâncias e nomes de terras que
ainda nem floriram para ninguém… Sinto que já vivi este pensamento, como se o
tempo ficasse retido no passado, e hoje, se voltasse a içar ao mesmo tempo que a noite
para os sonhos se iça, carregando-nos
por montes e vales, por portas onde nunca iremos entrar. .. Confesso que
me assusto, ao ver que nada vejo, ao ouvir a surdez que abafa os dias quando
nos carregamos de um lado para o outro neste sonho que outrora sonhamos…No
nosso passado chegarmos onde não estamos. Por vezes, em certas noites como
esta, acerco-me de um qualquer ideal, e prego aos Deuses, para que não se esqueçam deixar alguns pedaços
de nuvem no meu peito, para que nunca deixe a minha alma só perante os olhares do
purgatório final…
quinta-feira, 7 de junho de 2018
Eu me nego a falar sobre as imagens que guardo
em meu coração! Se carrego alguma dor ela provem da existência de laços
inimagináveis das conversas que giram em minha cabeça, dos sorrisos lidos no
olhar, do choro livre de um semblante vil que me nego a voltar a sentir!!! Já
tentei transportar os sentimentos, unindo as distâncias entre os sonhos
laminados e vontades imperfeitas tal como todos somos!!! Ainda que não passem
de platónicas!!! Já senti a solidão dos Oceanos , as palavras como laminas , os
ventos em fúria na janela da solidão, já colori de cores infinitas as galáxias
que parem as estrelas , já desvendei segredos guardados no ventre da terra, já
escrevi mil palavras entre pratos quebrados , pedaços de versos inúteis
servidos na mesa do silêncio e da divisão. Olhar o céu sem nuvens é como andar
pelas areias dos desertos , é uma solidão assassina que nos deixa sem
companhia!!!!e como alguém disse " é ser vampiro sem saciar o sabor do
pecado!!!"
terça-feira, 5 de junho de 2018
Hoje , tenho alguma dificuldade em escrever o que
penso … Talvez seja melhor desviar-me da minha rota e apenas, sinto que a
solidão molda-nos a companhia! Só ela nos consegue transportar
para aquilo que não nos desejamos transportar, a solidão molda-nos até
os sorrisos, e os choros como agora, ela
não só nos molda como nos acorda, abre
as portas que nos despem enquanto
colocam , a nossa vida em lume brando…hoje o dia parece de inverno, o sol
está tímido e coberto de sombras que com dificuldade aderem ao
embaciado espelho que me reflecte o reflexo que não sei ser, tudo, mas tudo
serve para nos vulgarizar, até um abraço , até uma companhia, uma mão, um
sorriso, um desejo infinito que nos prenda à vida. Quando nos confundimos com o
que não existe, o passado e o futuro tornam-se numa triste visão que serve-nos
o presente daqueles que não nos sabem ler… É verdade hoje pareço não ter assunto
para escrever, que não seja este, como
um barco que vai abanando porque perdeu a tosca vela que o fazia estabilizar
…Talvez a vida seja mesmo pedaços de solidão, e eu prefira então ser um barco…Fico
confuso como há pessoas falando que amam outras com a mesma vulgaridade que um cumprimento
por exemplo de um bom dia! Dizer a alguém que se a ama não é o mesmo de dizer
bom dia, não vulgarizem esse lindo verbo…Há quem o faça para retribuir, admito que algumas vezes pensei em escreve-lo
, mas sem o verdadeiro entusiasmo do sentimento, por pura retribuição...Mas!!! Não o consigo… Não
digo que amo, esperando que me digam o mesmo. Se dizerem ótimo, pois não há
nada melhor do que ouvir um "Eu te amo" bem dito, ainda mais se for sustentado por
pessoas amadas por nós e que a reciprocidade exista…Sou artista em amar no meu
silêncio, existem pessoas que inevitavelmente de alguma forma fazem parte da
minha vida e mesmo assim , não o era capaz de proferir , gratuitamente… Fico-me
questionando, porque para algumas
pessoas isso sai naturalmente, sem que se faça muito esforço? Enfim, o que importa
para mim , é que as pessoas que amei na minha vida o saibam inequivocamente sempre,
para mim o amor não pode ser vulgarizado , não vulgarizem a palavra e muito
menos o sentimento que engrandece o coração humano…
segunda-feira, 4 de junho de 2018
Hoje deixamos a liberdade engavetar-se nas
escolhas, ao sermos presos…Presos nas rédeas do infortúnio agrilhoamos os
sentidos até não sentirmos mais, sejam, como nós, os
sagrados, profanos ou até imbecis! Os
sussurros que escuto são memórias distantes, um tempo que como
ontem, já passou…É no fundo da gaveta, que a morte dos nossos
sorrisos é recortada pelo gume do cutelo que vive ou habita, em todos nós,
nesta tempestade maldita, neste silêncio que faz companhia aos mundos sós… É ai
que alguns de nós passamos a ser arquivados, no lugar vago, do estorvo de uma
vida com sabor amargo. Hoje escrevo neste dossier da vida amarelecido, pelos
suaves dedos que nos moldam e pincelam os medos…Debruço este olhar furtivo para
dentro de um livro, onde, procuro o terno e ameno calor humano, aqui, sim, aqui,
exibimos os episódios dos caminhos que inexistem no nosso presente, porque no
passado a guerra podia ser travada frente a frente… Percorro este calabouço que
vagueia e percorre as ruas pavimentadas pelas sombras do saber. O céu desaba em
nós a ténue historia que, durante anos administramos, perpetuando a memoria ,
pagina a pagina , passo a passo num caminhar sem dono onde me vergo
no silêncio que envolve o meu coração de capa dura de conhecimento , neste
mundo de loucura que cheira a asilo…Hoje estou assim , entre o céu e o que é meu...Sei que sou único na forma como sinto e vivo as emoções, a minha aparência pode ser copiada , os olhares , ensaiados, os gostos desenvolvidos e cultivados... Mas!! há algo em mim que é tão único e tão só "meu" que ninguém pode copiar, e isso são as minha emoções...
sexta-feira, 1 de junho de 2018
Hoje revivo as minhas viagens pelos corpos que
deixaram o seu sabor na minha pele… Hoje reclamo detalhes dos mais escondidos
recantos, das mais exuberantes montanhas, dos mais húmidos vales que ousei
percorrer. Eles são memórias escritas nas pontas dos meus dedos, nas curvas do
meu olhar, no sussurro suave da minha voz, que em murmúrios do Outono descrevem
nas folhas das árvores. Assim, os retractos destes meus destinos são como
pedaços de ninguém que levo inscritos na pele, tatuados no horizonte fazem do meu
legado, a forma mais doce de vida que descrevi, que dancei sobre o corpo em
ondas subtis, que desenham traçados de uma dança da qual conhecemos cada
movimento, porque nos está tatuado nos genes, no corpo e na alma em palavras de
amor que fazemos sobre a cama desta vida… Hoje, guardo tudo num livro, só para
ficar escrito, descrevo cada curva que as palmas das minhas mãos, traçaram em
folhas de papel descrevendo o vício regado com o mel do olhar, com a seiva da
solidão, recordando o reflexo de luz, o corpo que nos seduz, que nos induz cada
dança sensual a que nos entregamos. Os meus escritos jamais serão iguais serei
em mim e por todos os demais, o modelo perdido no tempo, grito abafado entoado
pelo vento!!
terça-feira, 29 de maio de 2018
Hoje, a luz do dia esconde-se como se descêssemos para os calabouços onde a luz é trémula e faz prever um sombreado de
tristeza nas paredes… Como se fosse possível mascarar-nos de
granito e darmos as mãos no escuro, onde as pedras se lamentam e onde todas as
sombras não passam de sombras! Cada vez que descemos degraus na vida, o nosso coração soluça, pelos
que vem atrás, e pelos que vamos encontrar no caminho… Eu já desci de um mundo
para o outro, parecia-me uma marcha
silenciosa uma procissão de condenados, sobre mim o trovoar de passos ,
abracei-me à minha imaginação, dei as mãos aos deuses que caminham
pacientemente com a esperança , suplicando que a Natureza acorde os que adormeceram com
luz... Esses felizardos, vivem sob nós... Criam um burburinho na "Terra" que fica em ebulição, mas, nos faz sentir firmes, mesmo descendo a escadaria
deste precipício sem fim! Há inconsciências , e por mais degraus que se desça
nesta antecâmara, mais palavras testemunham a descida … Afinal , o “homem” apenas
é pequeno, diante de uma porta enorme! Enquanto não se parar esta escada
rolante , não existir coragem de silenciar com rigor, arquivos deixados na escuridão e as palavras que jamais serão declamadas… Emolduremos então os sentidos , eu também estou aqui , como vocês descendo a
escadaria, mas vou propositadamente dando passagem a todos os que puder, para
me atrasar … Não confundam isso com simpatia, nem timidez! Sinto-me inteiro, fechando
os olhos, mesmo sabendo que a minha voz só é valorizada , quando silenciada…
segunda-feira, 28 de maio de 2018
Hoje
tento perceber porque, olhamos sempre
para o passado para entender o fazer nos dias de hoje! Olhamos dados
arqueológicos nossos, olhamos as nossas
lendas, mitos, tradições passadas de geração em geração. Olhamos para a
história mas há um momento que , paramos e olhamos para nós mesmos, nossas
recordações, vivências, o resultado é
assustador, as nossas lembranças, nossas vivências, nossos sonhos de juventude
, são relegados a segundo plano, as
prioridades sempre são a estabilidade social, económica... Buscamos a pedra
monumental que irá marcar a nossa existência, pensando inconscientemente que
assim viveremos eternamente ... Buscamos um sentido futuro para superar os nossos
medos, como o da “morte”, que esta é a
única certeza de todas, com já dizia o meu falecido pai! Mas esquecemos de que
ainda estamos aqui, ainda interferimos no mundo ao nosso redor , querendo ou
não, para o bem ou para o mal , esta interferência cria em nós um menir, que
nós mesmos desaprendemos a ver, já que estamos mais preocupados com outras coisas.
Estas interferências criam em nós as lembranças daquilo que somos, do que
fomos, cria a história de paisagens que só nós vimos, mesmo estando no centro
da multidão, são os nossos olhos a
interpretar aquelas memórias. Só nós sentimos o toque de lábios de um beijo
apaixonado que foi dado em alguém há muito tempo . Só nós saberemos interpretar o arrepio que estas lembranças nos fazem sentir,
até ao final dos nossos dias, que pode
ser hoje, amanhã, ou daqui a muitos anos ..Talvez por repulsa, por medo, por
trauma, por não querer ver algo do passado, mas ainda assim, estarão
lá...sempre dentro de nós! Eu sei que a felicidade não entra dentro de um
coração trancado, mas!!!Mas as portas estão entreabertas, porém apenas para
quem estiver preparado para passar por elas … Eu não me escondo, não me
ignoro, não escondo os meus segredos, quero
que eles andem por ai, e eu, deixo que eles sigam apenas o meu coração… Se
me sinto diferente , sim bastante dos demais, mas será que isso vos atrapalha? A
mim não…
sexta-feira, 25 de maio de 2018
Hoje em dia, as palavras escritas pelo próprio punho,
desenhadas à mão, revelam-se em extinção … Assim como a honestidade, talvez por
serem tão íntimas quanto um beijo roubado de amor! Eu já escrevi letras
em elipse, entre-cortadas por outras palavras no inicio de cada frase,
como se estas fossem cientes do mais exótico e único que habita em mim.
Todos nós independente do que, sejamos, já tentamos ser prodígios de sedução na arte de
escrever em papel, tela, virtual, ou outra, já passamos uma eternidade
apaladados ás letras , tentando assim recriar o amor como se duma peça de teatro
fosse! Há muitas formas de o fazer, pode-se ser honesto não sendo sincero, mas
não se pode ser sincero não sendo honesto. É esta a diferença que nos distingue
uns dos outros…Enquanto na honestidade diz-se a verdade, na sinceridade diz-se
toda a verdade. A dos factos e a do que os motivou. A primeira não nos abrange
em pleno, a segunda passa a ser um compromisso
entre nós e o outro.(s) Tanta coisa disse mas, aquilo eu queria dizer mesmo, é que vocês por acaso sabem qual era o melhor lugar do mundo para se estar? Para mim é dentro de um abraço...E para vocês?
quarta-feira, 23 de maio de 2018
Hoje sinto-me impotente, a serio, rodeado
deste caos, barulhento, stressante, do quotidiano que por mais que tentemos ,
não conseguimos inverter a ordem desta rotina mortalmente torturante, que nos mantém a mente presa numa jaula sem grades onde somos ao mesmo
tempo os reclusos e os guardas! Buscamos a ordem das coisas, mas damos passos e
mais passos para o caminho inverso. Estamos a pensar que ficamos submersos num caos… Complicamos o simples, mascaramos o
real, vestimos personagens que não deveriam entrar no elenco... Somos a
autoridade sobre o vazio, os especialistas em assuntos nada interessantes,
somos o nada em nós mesmos! Hoje perdemos a noção do simples, trocamos a vida pelas aparências, trocamos o
tudo pelo nada. E neste caos, muitas vezes ousamos fugir de tudo, tentando
nessa fuga sermos apenas nós mesmos...E!! Não percebemos que o "sermos nós
mesmos" há muito que foi corrompido, com ideologias e subtracções que nem
deveriam entrar na formula de calculo! Esquecemos de não buscar, de não ser...só sentir,
deixar viver. Sim, pois quando buscamos "ser nós" na verdade estamos
atrás de um "eu idealizado"...Somente quando vivemos de fato,
quando apenas sentimos, deixamos cair máscaras que carregamos desde a tenra idade e
apenas nos deixamos levar, sem nos preocuparmos com o "eu", o mundo e o resto, é
que encontramos a felicidade, encontramos a simplicidade ao anularmos nossas
máscaras e nos tornarmos unos com o tudo e o nada em simultâneo…Hoje sou as
escolhas que fiz e as que omiti, sou a audácia que tive e os fantasmas que
ignorei, vivo lado a lado com a vida que abracei e a vida que desperdicei …Sempre
que escrevo para os desatentos, faço-me notário da minha vida, como se duma escritura ela se tratasse ,e sempre que ousei
enfrentar a Alma, ou até mesmo sair das varandas dela, eu repenso a minha própria
existência… Para voltar a sonhar, e quem, sabe ser amado ! Hoje estou assim...
segunda-feira, 21 de maio de 2018
Hoje
penso, reflicto e remexo no amor que nos faz, fazer tanta pergunta, que muitas vezes não sabemos, outras não
temos a coragem de responder! Muitas vezes o amor é um autentico fracasso,
mas por outro lado se não fosse esses fracassos eu não vos teria ou poderia, oferecer estas linhas... Primeiro, o amor é amor ou é mais amizade?
Eu respondo, depende se queremos um companheiro para a vida... Segundo o amor é
sôfrego ou apenas libertador? Eu respondo, depende se amamos
a partir do nosso vazio ou da nossa totalidade e se deixamos espaço para noutros contextos, longe de nós e do
nosso olhar, o outro crescer... Terceiro, sentem alegria ou apenas prazer ou
até nenhum de ambos na relação? Eu respondo, se apenas namoram com a pessoa e
apenas recolhem os benefícios que ela vos trás, então recebem prazer; se
não estão disponíveis para fechar a imagem um do outro e apenas viver
com as vossas sombras então nenhuma delas recebem... Quarta, se a relação
acabasse eram capaz de agradecer ao outro, como que um final feliz? Eu respondo
dependendo da honestidade demonstrada, visto que quando gostamos somos sempre
capazes de querer profundamente o bem do outro, mesmo que seja para
seguirmos rumos diferentes... Hoje digo que nós podemos ser as pessoas
certas para começar-mos uma relação ainda assim podemos descobrir que estamos
muito bem a viver o nosso "amor" sem ser com alguém a nosso lado...
sábado, 19 de maio de 2018
Hoje acordei de sobressalto passei a mão nos
cabelos e penteei meus sonhos...A barba por fazer coçava meu rosto, e o dia
nascia e contra mim pois lá estava o sol que insistia em me bagunçar o olhar
enevoado .. Preparei o meu café e lá fui a mais um dia! Banhei meu corpo, agora
nu, água escorrendo aos prantos lavava meus sonhos inacabados, na minha
sensatez do brilho intenso da saudade dum choro derramado pelos cantos, do
caminho, onde esvazio meus versos, que nem são mais versos são palavras, onde
desfaço poesia, derretendo sentimentos como asas de cera que desaparecem no
calor das distâncias...Não imagino um voo, nem dores eternas, sóbrias,
imaculadas, persistentes mas!!! Adoptadas como um sobrenome onde as rimas
flutuam , dia após dia, noite após noite, como um cavaleiro das trevas
solitário, que se esconde do sol que se foi, que se apagou com o coração
castigado, sem sonhos, sem vida ...E assim sigo, não persigo, bebo aos goles as
sombras geladas dos momentos que virão tentando não desistir de vez em quando
daquela vontade danada de fazer das palavras um tropeço, sem nexo, sem sentido,
sem amor nos versos pois nem sempre as palavras são justas, ou brilham , como a
saudade da luz brilha na lua que de dia se esconde dos vidros quebrados
espalhados por todos os locais em que vagueei. Em cada um deles está um reflexo
que me pertence. Sei de cor o ponto em que descansa cada um dos fragmentos e
tenho esta estranha obsessão de lhes passar por cima e dispersá-los ainda mais
para de noite reflectirem o brilho que a Lua lhes concedeu !
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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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