segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Hoje percebi porque os antigos dizem que “quando sangras fazes as pazes com o céu” sei que sangro enquanto escrevo e sinalizo os rituais  dolorosos de passagem pelo fogo  da mais inocente tristeza… Sangro enquanto escrevo, só assim consigo ter paz mesmo que provinde de lágrimas !Todos os seres humanos são diferentes, uns são alegria outros tristeza, e é essa tentativa ridícula de os fundir que faz, muitos de nós se dispersarem do caminho …Uns falam com palavras , outros com imagens, nunca conseguiremos antever em nenhum dos casos o abismo que nos separa, apenas o conseguiremos se nos tocarmos na superfície de um sonho … Sinto este tropeço do espírito,  mas ainda assim, aceito sempre a ilha a que cada um pertence, aceito entender para lá do corpo , para lá de uma vida, porque o vazio já me antecedeu e jamais sofrerei pela ganância de uma eternidade impossível…Hoje deixo o tempo cair a pique sobre mim como algo divino onde acabei por ir, perdi lágrimas, mergulhei nas memorias, onde as palavras apenas são signos como grãos de areia que escorrem através dos dedos fazendo castelos ruir no mar! As palavras apenas nos descrevem quando todas as imagens nos paralisam, apenas escrevo palavras que me trazem superfície por isso,  sinto-me gasto pelas filosofias do coração,  como poderei eu viver o profano se apenas sei sentir o sagrado… 

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Hoje é infinitamente grande o milímetro que deixo entre o ar que respiro e do sonho. É intensa a entrega  de ecos nos nossos próprios lábios, sedentos da maresia, dos  sabores... É imensamente distante esse espaço exíguo onde encerramos nos nossos corpos, num ardente abraço estreito que se comprime nos ventres despidos do espaço vazio criado! É intensamente aliciante perder os  dedos entre os nossos  cabelos, num mero sublinhar de um desejo de tatuar em relevo na pele o incinerar dos pecados aveludados no nosso olhar . É nesta junção entre sujeitos e os seus predicados, que os sonhos se fundem num abraço entre duas metades de um só. Sirvam-se deste aperto entre braços, desta vontade de ser, a cada detalhe, onde o corpo de uma estrela gira em pequenos estímulos  como se fosse uma lua em torno de planetas…Hoje vou incinerar estas palavras, onde me dispo de vocábulos que deixo escorrer pelo meu corpo, desse desejo indolente que  transforma o tempo em eternidade, e faz de mim amante de uma vogal sem consoante, nesta frase interminável que me contorna despido…Hoje apenas vos pergunto onde termina o pudor da nossa nudez , se os nossos dedos são como margens onde tudo flui e se torna em prazer e desejo ao libertar-nos das palavras que se adensam de forma tensa  agitando labaredas de fogos dentro de nós…?!

segunda-feira, 8 de outubro de 2018


Hoje eu vou atrever-me a escrever sobre o meu mundo, sobre este caminho torto, que me faz viver virado de cabeça para baixo.  Eu tinha imaginado viver  de outra forma, mas o estranho é que o meu mundo  parece sempre contrário a tudo aquilo que parece ser o certo. Tudo pode acontecer por aqui, não queria assustar a ninguém, mas , quando a presença de qualquer som nos incomoda e fere, quando a esperança parece um sonho tão distante, quando os olhos são incapazes ver evidências, porque negar é menos doloroso, quando é preciso encontrar um lugar seguro para chorar, quando eu preciso dessas coisas, mesmo ficando em silêncio, é quando mais preciso de ajuda…Não é difícil dizer quem sou, pois sei-o bem , difícil é quando tento exprimir-me , não só não o digo correctamente,  como o que sinto invariavelmente se transforma no que digo… Não sou homem de grandes segredos,  inconfessáveis, está tudo aí, escancarado nas palavras que eu escrevo, nos desejos que confesso, nas fantasias que realizo. Tenho sempre a ousadia de escrever sobre vários temas e de publicá-los ,  mesmo que ninguém lesse, eu ainda seria grande admirador das palavras, e , acho que isso é o mais importante. Preciso de emoção, preciso de vida, preciso que me leiam, e que absorvam cada palavra que a minha imaginação ousou transformar em sentimentos…Não tenho medo das criticas ou censura…Para mim esta é apenas ter de calar um sentimento ou um simples lamento! Eis-me aqui de novo , debruçado na muralha da vida, como quem ficou retido no vácuo dos seus erros… Hoje chamo a mim  a dor daquilo que não tenho e que desejo com todas as minhas forças;  hoje sei, há mais dias assim, a minha alma confunde o sonho com a realidade e vive na corda fina das opções possíveis, tudo o que  sinto me faz apenas um, para depois se desfazer em mil pedaços impossíveis de unir…

segunda-feira, 1 de outubro de 2018


Hoje revivo a dor causada pela perda dum ente querido, do meu Pai, peço desculpa a quem me lê mas há coisas que nos atingem  com a mesma intensidade dessa perda... Eu sei, que é a lei da vida, a que estamos sujeitos logo após nascemos, nossa única certeza absoluta no transcorrer da vida será a de que um dia perdermos a vida. Não há como fugir a esta realidade. A morte não faz parte de nossas preocupações imediatas. Vamos vivendo sem pensarmos que um dia morreremos, aí, quando menos esperamos, ela nos bate à porta arrebatando-nos um ser amado e então, sentimos-nos impotentes diante dela e o pensamento de que nunca mais essa pessoa veremos… Aumenta mais nossa dor.  A perda, traz a tristeza e a revolta. Então, vem a procura, a busca de um consolo que possa realmente acalmar e dar um pouco de tranquilidade ao espírito, que vive com indignação de tanta angústia no coração. Ninguém pode ver a alma, mas só a alma pode verdadeiramente ver a essência das coisas…O meu Pai faleceu à 11 anos e eu ainda me sinto perdido, desorganizado, já não confio no tempo pois ele não saiu de mim e até acho que continua vivo em tudo o que faço…Digo mais, quando o nosso corpo cede tudo acaba se não existir alguém no mundo dos vivos que nos transporte, por isso digo que ele vive em mim e em tudo o que faço, aquilo que nos faz ter vida eterna para além da morte é o legado que aqui deixamos … Fechem os olhos deixem “morrer o que a morte sepultou,  deixem viver em voz no legado do amor partilhado…A vida é uma perda lenta de tudo o que amamos, enquanto cá persistirmos resta a lembrança e a muita saudade.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Hoje escrevo em contra-mão do mundo, porquê perguntam muitos de vocês !? Talvez porque muitos buscam ansiosamente a felicidade, enquanto outros são literalmente escravizados por ela…Muitas vezes os meios utilizados  tornam-se nos fins  ! Ser feliz está na moda , é algo que para  obter,  vale tudo, desde que, devidamente, "postado", "compartilhado" vulgarizado… Ao invés de um estado de espírito conquistado... Ser feliz, se tornou uma impensada subjugação a modelos sociais que decididamente não chegam aos meus! Uns expõem as festas, as viagens, conquistas...Nesta hipervalorização do quotidiano, os padrões e objectivos a serem atingidos se tornaram elevados demais, o que justifica a presença cada vez maior da depressão na vida de muitas gente…Poucos ousam desafiar o senso comum de "maravilhoso",  poucos tem a coragem de não ter redes sociais e muitos os criticam como conseguem… Tipo como consegues estar só? Pergunta que ultimamente se tornou viral na minha vida!  Não são essas coisas que me fazem feliz ou que determinam a felicidade, mas sim, quem somos. Contraditoriamente, fazemos coisas sem parar, mal tendo tempo de saber quem somos… Eu vou em contra-mão, rompi há muito com os padrões que me podem ou não, perante os outros , fazer-me feliz… Eu retirei as máscaras,  aceitei as minhas imperfeições, choro quando o meu corpo cede e a minha mente resvala , mas, visto-me de liberdade de princípios e valorizo sempre que entre dois extremos existe um longo caminho…Sou flexível sem perder um traço da minha personalidade, entendo as dificuldades como oportunidades  e as diferenças como complementos , entrego-me ao prazer da simplicidade, sintetizo a complexidade que habita em mim, a vergonha e o medo não me embaraçam quando a vontade e transparência me realizam…Afinal um dia vou ver que,  vou encontrar não quem eu estava procurando , mas quem estava procurando por mim…

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Hoje sinto as pessoas  anestesiadas, complacentes submissas desmotivadas, fechadas nas suas conchas como se tivessem sido enjauladas num sarcófago…Amontoam-se incertezas, corrupção, por estarmos conformados, apáticos resignados e adormecidos! O ser humano vai perdendo a sua essência , sorri apenas e conta piadas como se o presente não fosse nada e apenas engavetassem mais notícias de guerra, porque matar morrer e sofrer não os sacode… Dá-lhes apenas o alento de também,  pisar, vulgarizar pessoas que jazem por terra os sonhos que nunca foram vividos! Hoje sinto que a nossa sociedade perdeu o seu rumo, é um riacho de curso morto, e por favor , não me chamem de dramático! Não me julguem ,  sou intenso, e como todos também tenho alegria em mim que quase me deixa exausto…Quando é preciso, sei chorar e até perdoar… Mas!!! A nossa sociedade não está a evoluir, as pessoas estão a  ficar agressivas, Inadequadas, exageradas, dramáticas e lutam muitas vezes apenas para se fazerem notar… Eu sei, que os extremos assolam todas as pessoas, e seria um erro imputar somente o fenómeno ás decepções que vivenciamos diariamente…A maior verdade é que hoje eu sei que os sujeitos agressivos, a pesar de tentarem ser imponentes a maioria das vezes dependem dos outros… A agressão nada é mais que uma mera resposta para esconder todas as emoções negativas que carregam dentro de si, e por enumeras outras razões… Meus amigos , lembrem-se que seja qual for a vossa verdade , jamais poderá justificar a submissão de outro ser humano…Por muito que tentemos elevar o nosso ser, jamais conseguiremos ter a estatura que nos agrade, e lembrem-se que ninguém consegue sobreviver muito perto do chão…Hoje estou assim , amanha , não sei, mas!! Sempre que me quiser libertar, invento um cais…Se quiser ser feliz , invento uma lua nova a clarear, se quiser sonhar, acordo e quero mais…Se alguém me quiser seguir invento mais do que a solidão me dá…


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Hoje vejo-me  à procura de uma palavra,   talvez de uma letra que tenha perdido neste meu crivo de malha tão estreita… Ao longe assisto a um tornado que me enche o pulmão, de ecos e sons que nunca senti… Eu sei que as palavras que escrevo, são as que me definem, mas sinceramente também aquelas que me colocam ausente de mim mesmo! Sou um predador de mim mesmo, caço-me, na espera e já me encontro à tanto tempo aqui a ver as estrelas a nascer, reluzindo neste escuro apático…Sinto-me analfabeto,  as palavras não surgem, e,  a noite ainda é uma criança para aqueles que como eu só as têm como companheiras…Por  obra do acaso, estou aqui nesta noite estrelada, sereno como sempre,  acompanho com paciência a presença de um cometa e o seu rastro que percorre uma imensidão como se fosse um feixe de luz na minha pequena visão... Vou esperar sei que adiante, terei o nascimento da minha Lua, criatura doce e indecifrável. É por causa dela que ainda me encontro acordado. Sinto muito sono e pressinto que, a qualquer momento, posso adormecer sem encontrar a minha palavra… Foram os Deuses que me colocaram aqui para dar-me este presente. Vou riscar mais um fósforo para acender mais um cigarro, e me manter acordado mais um pouco….. Olho no meu relógio e sinto uma certa inquietação. Ainda faltam mais trinta minutos para a próxima meia hora, não posso perder esse espectáculo! Afinal, não é todos os dias que um morador de rua é abençoado pelas estrelas…

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Hoje o céu estava azul,  corria uma brisa suave, descalcei-me e caminhei em pensamento pela  areia fresca, direcionando-me para o mar. Parei sentei-me e deixei que os meus olhos se perdessem no horizonte, eu sei desde criança, que existe algo particularmente belo e especial quando céu e mar se encontram. É a minha única  fronteira,  que me  limita de tudo o que há partir daí … É ai que me apercebo que a minha incompletude será  sempre eterna, sendo o meu horizonte  visível, não se deixa capturar, recua na medida em que avanço em sua direção…Amigos, fiquem sabendo que por muito que ele sinalize o limite do meu olhar , ele jamais se esgotara estendendo-se muito para além daquilo que possam imaginar…Hoje fui atraído pelo Mar, como um naufrago encorajado  com a vista de terra junto ao céu, ouvi sons sem fim, mas eram apenas ecos de mim! Mergulhei em caricias, amparado pelo chão onde reluziam os cristais do mar, estes,  enchiam o luar de salpicos, como peixes de prata, que desatavam os tons de cinza  perpetuados no voo da saudade deixando mais um eco de sons, cambalhotas, subjugando, amparado, sugando, lágrimas de castelos de areia, onde as criaturas flutuam , embriagadas , extasiadas, num mergulho da loucura que o mar oferece na minha cura….

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Hoje ao adormecer neste meu mundo, apenas me restou a almofada que todas as noites enlaça uma conversa contada nos ecos do silêncio,  desarredei a mobília que teima em persistir nos mesmos lugares! Escutei sons, vozes de pessoas que não se calam, nesta presença, que não existe mas não a conseguimos esquecer, isso, seria apagar uma parte de nós… Eu sei que , um a um, vamos desaparecendo como éramos conhecidos, mas renascendo em histórias que não contamos ou que contamos, que o tempo modificou, deixando gravado em tatuagens impregnadas no mundo ao redor de impressões…Ontem , quisera o tempo que eu falasse por isso eu falo e sei que todas as estradas da vida convergem em apenas uma…A dos filhos, esses sim partes dos nossos corpos, onde a nossa alma se processa como um ato de amor universal, então porque há pessoas que tentam dividir o amor fazendo sentenças nas nossas vidas? A grande separação entre seres humanos de sexos opostos é essa mesmo, porque será que as pessoas não percebem que só dois seres inteiros se completam e se encontram?  O mundo foi criado pelos deuses  não pela separação dos sexos , ele foi idealizado pela razão versus  emoção; ele foi criado pelo visível versus pelo invisível; ele foi criado pelo espírito versus a matéria!! Enquanto tudo o que buscarmos dividir se complementar, não vamos passar de um Oceano compactado numa Gota…Ergam pontes que possam unir extremos, PORQUE AMOR, é a junção de todas as cores na transformação de uma única cor …Amor é um campo único , use-se a técnica que se quiser, apenas se consegue cultiva-lo !

sábado, 8 de setembro de 2018

Há seres que trazem o mar nos olhos, não pela cor, mas pela vastidão da sua alma…Trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos, ficam em nós para além do tempo, como se a maré nunca as levasse da praia onde nos fizeram felizes…Há pessoas que trazem o mar nos olhos não pela sua beleza mas pelo infinito modo como abarcam as nossas vidas ...O amor não é cego , mas tem falta de vista!!! Ele sacia a sua cede no avesso fazendo a terra estremecer, levando as árvores a sacudirem os ninhos de penas que envolvem o seu telhado…Há seres que trazem o mar nos olhos mas eu apenas estou a encontrar-me à medida que me perco e já houve um tempo que este me parecia infinito, agora há tempo em mim que parece finito e volúvel…esta relatividade aparenta-se a uma besta voraz onde as próprias circunstâncias perdem a convicção por isso não ouso escrever sobre a extensão do tempo! Há seres que trazem o mar nos olhos mas eu conheço os sentimentos de esferovite…Eles reflectem-se nos olhos de quem finge passear nos nossos sonhos. Basta-me essa dor para também eu aqui sepultar as minhas palavras ...

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Hoje sinto-me observador, muitas das vezes como hoje, assim me sinto,  expectante ,  foi esta forma que adoptei para  sobreviver, viver, já que sei melhor que muitos,  que há sempre  um precipício entre os sentimentos, e , poucos tem a coragem de encarar esse salto…Chego a ter pena do “amor” ele sempre foi acusado de provocar dor , quando o devíamos referenciar na vida simplesmente por ter acontecido, mesmo que numa breve passagem. Se ele permaneceu na nossa vida , isso, considero um luxo! Qualquer tipo de amor merece o nosso respeito profundo , porque quem estraga tudo , não é ele , somos nós … Muito se escreve sobre o amor, nas redes sociais, em livros, em blogues, como eu faço aqui, mas não sei se todos nós que escrevemos sobre ele, sabemos mesmo se é o que nos parece ou vai parecendo ser, ou se é alguma coisa mais que ainda não descobrimos ou sabemos explicar.  Isto porque certamente nem precisamos de o fazer, e talvez,  esta dimensão inexplicável seja só por si o amor. Todos já amámos, continuamos a amar, gostávamos de amar e queremos continuar a amar e a cuidar, e a deixar que nos cuidem também. O amor dá outro sentido e significado à vida mesmo que nos faça sofrer,  ou até nos percamos, podemos ter tudo, mas sem amor, sentiremos sempre que nada temos…Por isso queremos amar,  queremos ser amados! Mas se por um lado nos dá este folgo todo também nos tira quando nos sentimos a sofrer , o amor coloca-nos no topo da montanha ou no vale mais baixo, às vezes, de forma tão rápida que não sabemos muito bem como viver e sentir tudo o que sentimos. E aí vale-nos o amor, o nosso, que repara, que aquieta, que cuida, que cura, que mora eternamente em nós quer o vejamos ou não. Faça sofrer ou faça sorrir é melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado de todo. Porquê? Porque o amor é vida, é força e constrói-se de dentro para fora. A verdade é que um silêncio ancorado no porto da dor seja porque for, grita sempre pela distância, querendo uma presença…

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Hoje sei que a vida chega a ser curiosa quando nos leva a conhecer, reconhecer e desconhecer pessoas…O conhecer resulta em toda conversa que começa pela simples necessidade de ousar e faz parte da nossa essência humana, levando-nos a quebrar o silêncio, porque por vezes  ele basta para tornar alguém presente! Reconhecer vai além! Passa a existir uma parte de nós mesmos na outra pessoa. Uma identificação que suplanta as  afinidades, que faz com que os segundos pareçam eternos e os sonhos magia!  Se no ato de conhecer,  não imaginamos como seria a vida sem essa pessoa, no reconhecer tenho a certeza, que só é possível existir vida para explicar uma proximidade que supera o próprio conhecimento de outro alguém…Quanto ao desconhecer, este fica no  limiar da fatalidade, como um mero  desencontro de caminhos ou direcções, que fazem com que as mudanças transformem um inconfundível sorriso em apenas mais um na multidão! Se no conhecimento e reconhecimento destacamos-lo como uma agulha no palheiro, no desconhecer tudo é palha ! O desinteresse constrange a própria proximidade e isso não podemos nunca evitar…Falo por mim, o conhecer é uma ânsia , o reconhecer é algo raro exige aprofundamento, cujo o risco nem todos estão dispostos a correr …Eu sei que cada pessoa , trás para o mundo uma forma única de olhar, muitos tentam compará-la , mas mesmo que queiramos forjar, todos temos diferenças únicas que nos caracterizam…Todos voamos mas de maneira diferente, mesmo que não consigamos acompanhar o voo de alguém, não podemos desistir ou perder a imaginação, a beleza da vida está no processo que nos conduz a ela, o fim é sempre uma consequência , e nunca a causa…

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...