Hoje percebi porque os antigos dizem que “quando sangras fazes as pazes com
o céu” sei que sangro enquanto escrevo e sinalizo os rituais dolorosos de passagem pelo fogo da mais inocente tristeza… Sangro enquanto
escrevo, só assim consigo ter paz mesmo que provinde de lágrimas !Todos os seres humanos são
diferentes, uns são alegria outros tristeza, e é essa tentativa ridícula de os
fundir que faz, muitos de nós se dispersarem do caminho …Uns falam com palavras
, outros com imagens, nunca conseguiremos antever em nenhum dos casos o abismo
que nos separa, apenas o conseguiremos se nos tocarmos na superfície de um
sonho … Sinto este tropeço do espírito, mas ainda assim, aceito sempre a ilha a que cada um pertence, aceito
entender para lá do corpo , para lá de uma vida, porque o vazio já me antecedeu
e jamais sofrerei pela ganância de uma eternidade impossível…Hoje deixo o tempo
cair a pique sobre mim como algo divino onde acabei por ir, perdi lágrimas,
mergulhei nas memorias, onde as palavras apenas são signos como grãos de areia
que escorrem através dos dedos fazendo castelos ruir no mar! As palavras apenas nos descrevem quando todas as imagens nos paralisam,
apenas escrevo palavras que me trazem superfície por isso, sinto-me gasto pelas filosofias do coração, como poderei eu viver o profano se apenas sei
sentir o sagrado…
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
Hoje é
infinitamente grande o milímetro que deixo entre o ar que respiro e do sonho. É intensa
a entrega de ecos nos nossos próprios
lábios, sedentos da maresia, dos sabores...
É imensamente distante esse espaço exíguo onde encerramos nos nossos corpos,
num ardente abraço estreito que se comprime nos ventres despidos do espaço
vazio criado! É intensamente aliciante perder os dedos entre os nossos cabelos, num mero sublinhar de um desejo de
tatuar em relevo na pele o incinerar dos pecados aveludados no nosso olhar . É nesta
junção entre sujeitos e os seus predicados, que os sonhos se fundem num abraço
entre duas metades de um só. Sirvam-se deste aperto entre braços, desta vontade
de ser, a cada detalhe, onde o corpo de uma estrela gira em pequenos estímulos como se fosse uma lua em torno de planetas…Hoje
vou incinerar estas palavras, onde me dispo de vocábulos que deixo escorrer
pelo meu corpo, desse desejo indolente que transforma o tempo em eternidade, e faz de mim
amante de uma vogal sem consoante, nesta frase interminável que me contorna
despido…Hoje apenas vos pergunto onde termina o pudor da nossa nudez , se os
nossos dedos são como margens onde tudo flui e se torna em prazer e desejo ao
libertar-nos das palavras que se adensam de forma tensa agitando labaredas de fogos dentro de nós…?!
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Hoje
eu vou atrever-me a escrever sobre o meu mundo, sobre este caminho torto, que
me faz viver virado de cabeça para baixo. Eu tinha imaginado viver
de outra forma, mas o estranho é que o meu mundo parece sempre contrário a tudo
aquilo que parece ser o certo. Tudo pode acontecer por aqui, não
queria assustar a ninguém, mas , quando a presença de qualquer som nos incomoda
e fere, quando a esperança parece um sonho tão distante, quando os olhos são
incapazes ver evidências, porque negar é menos doloroso, quando é preciso
encontrar um lugar seguro para chorar, quando eu preciso dessas coisas, mesmo
ficando em silêncio, é quando mais preciso de ajuda…Não é difícil dizer quem
sou, pois sei-o bem , difícil é quando tento exprimir-me , não só não o digo
correctamente, como o que sinto
invariavelmente se transforma no que digo… Não sou homem de grandes
segredos, inconfessáveis, está tudo aí,
escancarado nas palavras que eu escrevo, nos desejos que confesso, nas
fantasias que realizo. Tenho sempre a ousadia de escrever sobre vários temas e
de publicá-los , mesmo que ninguém
lesse, eu ainda seria grande admirador das palavras, e , acho que isso é o mais
importante. Preciso de emoção, preciso de vida, preciso que me leiam, e que
absorvam cada palavra que a minha imaginação ousou transformar em
sentimentos…Não tenho medo das criticas ou censura…Para mim esta é apenas ter
de calar um sentimento ou um simples lamento! Eis-me aqui de novo , debruçado
na muralha da vida, como quem ficou retido no vácuo dos seus erros… Hoje chamo
a mim a dor daquilo que não tenho e que
desejo com todas as minhas forças; hoje sei,
há mais dias assim, a minha alma confunde o sonho com a realidade e vive na
corda fina das opções possíveis, tudo o que
sinto me faz apenas um, para depois se desfazer em mil pedaços
impossíveis de unir…
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
Hoje
revivo a dor causada pela perda dum ente querido, do meu Pai, peço desculpa a
quem me lê mas há coisas que nos atingem
com a mesma intensidade dessa perda... Eu sei, que é a lei da vida, a
que estamos sujeitos logo após nascemos, nossa única certeza absoluta no
transcorrer da vida será a de que um dia perdermos a vida. Não há como fugir a
esta realidade. A morte não faz parte de nossas preocupações imediatas. Vamos
vivendo sem pensarmos que um dia morreremos, aí, quando menos esperamos, ela
nos bate à porta arrebatando-nos um ser amado e então, sentimos-nos impotentes
diante dela e o pensamento de que nunca mais essa pessoa veremos… Aumenta mais
nossa dor. A perda, traz a tristeza e a revolta. Então, vem a procura, a
busca de um consolo que possa realmente acalmar e dar um pouco de tranquilidade
ao espírito, que vive com indignação de tanta angústia no coração. Ninguém pode
ver a alma, mas só a alma pode verdadeiramente ver a essência das coisas…O meu
Pai faleceu à 11 anos e eu ainda me sinto perdido, desorganizado, já não confio
no tempo pois ele não saiu de mim e até acho que continua vivo em tudo o que
faço…Digo mais, quando o nosso corpo cede tudo acaba se não existir alguém no
mundo dos vivos que nos transporte, por isso digo que ele vive em mim e em tudo
o que faço, aquilo que nos faz ter vida eterna para além da morte é o legado
que aqui deixamos … Fechem os olhos deixem “morrer o que a morte sepultou, deixem viver em voz no legado do amor
partilhado…A vida é uma perda lenta de tudo o que amamos, enquanto cá persistirmos resta a lembrança e a muita saudade.
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
Hoje
escrevo em contra-mão do mundo, porquê perguntam muitos de vocês !? Talvez
porque muitos buscam ansiosamente a felicidade, enquanto outros são
literalmente escravizados por ela…Muitas vezes os meios utilizados tornam-se nos fins ! Ser feliz está na
moda , é algo que para obter, vale tudo, desde que, devidamente, "postado", "compartilhado" vulgarizado… Ao invés de um estado de espírito conquistado... Ser
feliz, se tornou uma impensada subjugação a modelos sociais que decididamente
não chegam aos meus! Uns expõem as festas, as viagens, conquistas...Nesta
hipervalorização do quotidiano, os padrões e objectivos a serem atingidos se
tornaram elevados demais, o que justifica a presença cada vez maior da
depressão na vida de muitas gente…Poucos ousam desafiar o senso comum de
"maravilhoso", poucos tem a
coragem de não ter redes sociais e muitos os criticam como conseguem… Tipo como
consegues estar só? Pergunta que ultimamente se tornou viral na minha vida! Não são essas coisas que me fazem feliz ou
que determinam a felicidade, mas sim, quem somos. Contraditoriamente, fazemos
coisas sem parar, mal tendo tempo de saber quem somos… Eu vou em contra-mão,
rompi há muito com os padrões que me podem ou não, perante os outros , fazer-me
feliz… Eu retirei as máscaras, aceitei as minhas imperfeições, choro quando o
meu corpo cede e a minha mente resvala , mas, visto-me de liberdade de
princípios e valorizo sempre que entre dois extremos existe um longo caminho…Sou
flexível sem perder um traço da minha personalidade, entendo as dificuldades
como oportunidades e as diferenças como complementos , entrego-me ao
prazer da simplicidade, sintetizo a complexidade que habita em mim, a vergonha
e o medo não me embaraçam quando a vontade e transparência me realizam…Afinal
um dia vou ver que, vou encontrar não
quem eu estava procurando , mas quem estava procurando por mim…
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Hoje
sinto as pessoas anestesiadas,
complacentes submissas desmotivadas, fechadas nas suas conchas como se tivessem
sido enjauladas num sarcófago…Amontoam-se incertezas, corrupção, por estarmos
conformados, apáticos resignados e adormecidos! O ser humano vai perdendo a sua
essência , sorri apenas e conta piadas como se o presente não fosse nada e
apenas engavetassem mais notícias de guerra, porque matar morrer e sofrer não
os sacode… Dá-lhes apenas o alento de também,
pisar, vulgarizar pessoas que jazem por terra os sonhos que nunca foram
vividos! Hoje sinto que a nossa sociedade perdeu o seu rumo, é um riacho de
curso morto, e por favor , não me chamem de dramático! Não me julguem , sou intenso, e como todos também tenho
alegria em mim que quase me deixa exausto…Quando é preciso, sei chorar e até
perdoar… Mas!!! A nossa sociedade não está a evoluir, as pessoas estão a ficar agressivas, Inadequadas, exageradas,
dramáticas e lutam muitas vezes apenas para se fazerem notar… Eu sei, que os
extremos assolam todas as pessoas, e seria um erro imputar somente o fenómeno
ás decepções que vivenciamos diariamente…A maior verdade é que hoje eu sei que
os sujeitos agressivos, a pesar de tentarem ser imponentes a maioria das vezes
dependem dos outros… A agressão nada é mais que uma mera resposta para esconder
todas as emoções negativas que carregam dentro de si, e por enumeras outras
razões… Meus amigos , lembrem-se que seja qual for a vossa verdade , jamais
poderá justificar a submissão de outro ser humano…Por muito que tentemos elevar
o nosso ser, jamais conseguiremos ter a estatura que nos agrade, e lembrem-se
que ninguém consegue sobreviver muito perto do chão…Hoje estou assim , amanha ,
não sei, mas!! Sempre que me quiser libertar, invento um cais…Se quiser ser
feliz , invento uma lua nova a clarear, se quiser sonhar, acordo e quero mais…Se
alguém me quiser seguir invento mais do que a solidão me dá…
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Hoje
vejo-me à procura de uma palavra, talvez de uma letra que tenha perdido neste
meu crivo de malha tão estreita… Ao longe assisto a um tornado que me enche
o pulmão, de
ecos e sons que nunca senti… Eu sei que as palavras que escrevo, são as que me
definem, mas sinceramente também aquelas que me colocam ausente de mim mesmo! Sou
um predador de mim mesmo, caço-me, na espera e já me encontro à tanto tempo
aqui a ver as estrelas a nascer, reluzindo neste escuro apático…Sinto-me analfabeto,
as palavras não surgem, e, a noite ainda é uma criança para aqueles que
como eu só as têm como companheiras…Por obra do acaso, estou aqui nesta noite
estrelada, sereno como sempre, acompanho
com paciência a presença de um cometa e o seu rastro que percorre uma
imensidão como se fosse um feixe de luz na minha pequena visão... Vou esperar sei que adiante, terei o nascimento da minha Lua, criatura doce e indecifrável. É por
causa dela que ainda me encontro acordado. Sinto muito sono e pressinto que, a
qualquer momento, posso adormecer sem encontrar a minha palavra… Foram os Deuses
que me colocaram aqui para dar-me este presente. Vou riscar mais um fósforo
para acender mais um cigarro, e me manter acordado mais um pouco….. Olho no meu
relógio e sinto uma certa inquietação. Ainda faltam mais trinta minutos para a próxima
meia hora, não posso perder esse espectáculo! Afinal, não é todos os dias que um
morador de rua é abençoado pelas estrelas…
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Hoje o céu estava azul, corria uma brisa suave, descalcei-me e
caminhei em pensamento pela areia
fresca, direcionando-me para o mar. Parei sentei-me e deixei que os meus olhos
se perdessem no horizonte, eu sei desde criança, que existe algo particularmente belo e
especial quando céu e mar se encontram. É a minha única
fronteira, que me limita de tudo o que há partir daí … É
ai que me apercebo que a minha incompletude será sempre eterna, sendo o meu horizonte visível, não se deixa capturar, recua na
medida em que avanço em sua direção…Amigos, fiquem sabendo que por muito que
ele sinalize o limite do meu olhar , ele jamais se esgotara estendendo-se muito
para além daquilo que possam imaginar…Hoje fui atraído pelo Mar, como um
naufrago encorajado com a vista de terra
junto ao céu, ouvi sons sem fim, mas eram apenas ecos de mim! Mergulhei em caricias,
amparado pelo chão onde reluziam os cristais do mar, estes, enchiam o luar de salpicos, como peixes de
prata, que desatavam os tons de cinza perpetuados no voo da saudade deixando mais um
eco de sons, cambalhotas, subjugando, amparado, sugando, lágrimas de castelos
de areia, onde as criaturas flutuam , embriagadas , extasiadas, num mergulho da
loucura que o mar oferece na minha cura….
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Hoje ao adormecer neste meu mundo,
apenas me restou a almofada que todas as noites enlaça uma conversa contada nos
ecos do silêncio, desarredei a mobília
que teima em persistir nos mesmos lugares! Escutei sons, vozes de pessoas que
não se calam, nesta presença, que não existe mas não a conseguimos esquecer, isso,
seria apagar uma parte de nós… Eu sei que , um a um, vamos desaparecendo como
éramos conhecidos, mas renascendo em histórias que não contamos ou que
contamos, que o tempo modificou, deixando gravado em tatuagens impregnadas no
mundo ao redor de impressões…Ontem , quisera o tempo que eu falasse por isso eu
falo e sei que todas as estradas da vida convergem em apenas uma…A dos filhos,
esses sim partes dos nossos corpos, onde a nossa alma se processa como um ato
de amor universal, então porque há pessoas que tentam dividir o amor fazendo
sentenças nas nossas vidas? A grande separação entre seres humanos de sexos
opostos é essa mesmo, porque será que as pessoas não percebem que só dois seres
inteiros se completam e se encontram? O
mundo foi criado pelos deuses não pela
separação dos sexos , ele foi idealizado pela razão versus emoção; ele foi
criado pelo visível versus pelo invisível; ele foi criado pelo espírito versus a matéria!! Enquanto tudo o que buscarmos dividir se complementar, não vamos
passar de um Oceano compactado numa Gota…Ergam pontes que possam unir extremos,
PORQUE AMOR, é a junção de todas as cores na transformação de uma única cor …Amor
é um campo único , use-se a técnica que se quiser, apenas se consegue
cultiva-lo !
sábado, 8 de setembro de 2018
Há seres que trazem o mar nos olhos, não pela
cor, mas pela vastidão da sua alma…Trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos,
ficam em nós para além do tempo, como se a maré nunca as levasse da praia onde
nos fizeram felizes…Há pessoas que trazem o mar nos olhos não pela sua beleza
mas pelo infinito modo como abarcam as nossas vidas ...O amor não é cego , mas
tem falta de vista!!! Ele sacia a sua cede no avesso fazendo a terra
estremecer, levando as árvores a sacudirem os ninhos de penas que envolvem o
seu telhado…Há seres que trazem o mar nos olhos mas eu apenas estou a
encontrar-me à medida que me perco e já houve um tempo que este me parecia
infinito, agora há tempo em mim que parece finito e volúvel…esta relatividade
aparenta-se a uma besta voraz onde as próprias circunstâncias perdem a
convicção por isso não ouso escrever sobre a extensão do tempo! Há seres que
trazem o mar nos olhos mas eu conheço os sentimentos de esferovite…Eles
reflectem-se nos olhos de quem finge passear nos nossos sonhos. Basta-me essa
dor para também eu aqui sepultar as minhas palavras ...
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
Hoje sinto-me observador, muitas das vezes como hoje, assim me sinto, expectante , foi esta forma que adoptei para sobreviver, viver, já que sei melhor que muitos, que há sempre um precipício entre os sentimentos, e , poucos
tem a coragem de encarar esse salto…Chego a ter pena do “amor” ele sempre foi acusado
de provocar dor , quando o devíamos referenciar na vida simplesmente por ter
acontecido, mesmo que numa breve passagem. Se ele permaneceu na nossa vida ,
isso, considero um luxo! Qualquer tipo de amor merece o nosso respeito profundo
, porque quem estraga tudo , não é ele , somos nós … Muito se escreve sobre o
amor, nas redes sociais, em livros, em blogues, como eu faço aqui, mas não sei
se todos nós que escrevemos sobre ele, sabemos mesmo se é o que nos parece ou
vai parecendo ser, ou se é alguma coisa mais que ainda não descobrimos ou
sabemos explicar. Isto porque certamente
nem precisamos de o fazer, e talvez,
esta dimensão inexplicável seja só por si o amor. Todos já amámos,
continuamos a amar, gostávamos de amar e queremos continuar a amar e a cuidar,
e a deixar que nos cuidem também. O amor dá outro sentido e significado à vida
mesmo que nos faça sofrer, ou até nos percamos, podemos ter tudo, mas sem amor,
sentiremos sempre que nada temos…Por isso queremos amar, queremos ser amados! Mas se por um lado nos
dá este folgo todo também nos tira quando nos sentimos a sofrer , o amor
coloca-nos no topo da montanha ou no vale mais baixo, às vezes, de forma tão
rápida que não sabemos muito bem como viver e sentir tudo o que sentimos. E aí
vale-nos o amor, o nosso, que repara, que aquieta, que cuida, que cura, que
mora eternamente em nós quer o vejamos ou não. Faça sofrer ou faça sorrir é melhor
ter amado e perdido do que nunca ter amado de todo. Porquê? Porque o amor é
vida, é força e constrói-se de dentro para fora. A verdade é que um silêncio ancorado no porto da dor seja porque for, grita sempre pela distância, querendo uma presença…
segunda-feira, 3 de setembro de 2018
Hoje sei que a vida chega a ser curiosa quando nos leva a conhecer,
reconhecer e desconhecer pessoas…O conhecer resulta em toda conversa que começa pela
simples necessidade de ousar e faz parte da nossa essência humana, levando-nos
a quebrar o silêncio, porque por vezes ele basta para tornar alguém presente! Reconhecer
vai além! Passa a existir uma parte de nós mesmos na outra pessoa. Uma identificação que
suplanta as afinidades, que faz com que
os segundos pareçam eternos e os sonhos magia! Se no ato de conhecer, não imaginamos
como seria a vida sem essa pessoa, no reconhecer tenho a certeza, que só é
possível existir vida para explicar uma proximidade que supera o próprio
conhecimento de outro alguém…Quanto ao desconhecer, este fica no limiar da fatalidade, como um mero desencontro de caminhos ou direcções, que fazem
com que as mudanças transformem um inconfundível sorriso em apenas mais um na
multidão! Se no conhecimento e reconhecimento destacamos-lo como uma agulha no
palheiro, no desconhecer tudo é palha ! O desinteresse constrange a própria
proximidade e isso não podemos nunca evitar…Falo por mim, o conhecer é uma ânsia , o reconhecer é algo raro exige aprofundamento, cujo o risco nem todos
estão dispostos a correr …Eu sei que cada pessoa , trás para o mundo uma forma única
de olhar, muitos tentam compará-la , mas mesmo que queiramos forjar, todos temos
diferenças únicas que nos caracterizam…Todos voamos mas de maneira diferente,
mesmo que não consigamos acompanhar o voo de alguém, não podemos desistir ou
perder a imaginação, a beleza da vida está no processo que nos conduz a ela, o fim
é sempre uma consequência , e nunca a causa…
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