Hoje
preciso de luz, no meu rosto resvala a acta da minha pele , onde há respostas
e marcas nas unhas que seguram o cálice do grito das injurias adensando a Brisa
fria que baloiça suspensa no jardim da minha memoria , há uma magia que
perfuma o horizonte que vou despindo em tom de pétalas de saudade a flutuar no
embaraço das lembranças . A minha ternura vive na paisagem de um olhar inquieto
onde repousam os sentidos fatigados ... Deixo o dia crescer até ao seu fim para
que possa acariciar as estrelas numa noite em que a solidão espreita a sombra
de um murmúrio ausente no luar sem sorriso de uma presença sonhada! O sopro
deste mar que banha esta vida agita as minhas cortinas que baloiçam no bailado
do brilho do sol, o dia nasceu é verdade e aqui não está ninguém ...apenas
suspiro só!!! Foi apenas um sonho...De qualquer forma quando abraço a almofada
sinto a sensualidade de um anjo nos lençóis, este fragmento da alma será apenas
um puzzle secreto que só uma noite sonhadora unirá na perfeição....Hoje se
houvesse degraus para o céu, eu teria subido ao sol que se reflecte em mim…
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Hoje e pensando na
quadra que se avizinha , quero apenas desejar a todos muitas felicidades nesse
dia, que os milagres vos dominem e façam
perceber que o Natal, não esta somente virado
para os dias 24 e 25 de Dezembro. O Natal está em nós todo o Ano, e nesta Época
apenas está a concretização de todos os desejos feitos durante um ano que
passou…As ruas ficam todas iluminadas, com pessoas sorridentes, que lutam pelo milagre do Natal,
mas esse milagre está dentro de cada um de nós… Em homenagem a esse dia que chega
a ser tão sagrado dentro de nós, peço
apenas prosperidade e saúde para todos assim como o milagre das emoções
desejadas seja uma constante nos restantes dias do ano. Não posso nesta mensagem, esquecer os anjos
que os dias nos levaram , os nossos entes queridos que jamais vamos esquecer e
jamais substituir nos seus lugares da mesa de todas as celebrações. Peço-vos
assim que façam a separação entre estes
dois universos da vida e consigam com a existência de
um só, ver o sentido nas palavras de quem o mundo não conseguiu legendar mas o
céu ainda ilumina ….Feliz Natal
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Hoje
consigo ver sem sonhar, fecho os olhos e atravesso a neblina que caiu aqui ,
como um manto que me faz esquecer sem nunca ter tido! Já fiz Perguntas,
reticências, já tentei dar sentido a esta falta de sentido, mas a desobediência
da vontade esconde a luz, não mostra o seu brilho e me ofusca o olhar…
Eu remexo a razão quando a verdade me diz não , eu , olho as marcas sem vontade
, eu visto-me de noite para esconder as tempestades, mas nunca me escondo de
mim, não me envergonho, mesmo que as lágrimas deslizem em desalinho num
compasso sem retorno marcado, as páginas deste pergaminho escondem-se
neste céu . Como posso ver sem sonhar, escrevendo silêncios ou trancando o ar ?
Fechando estradas, abrindo fronteiras? Hoje
despi-me dos preconceitos na limpidez de um sonho, procurando apenas a magia no espelho
da realidade. sonho, mas!! Tristemente fiquei encurralado na limitação, da
expressão, que me levou adormecer…Volto assim ao sonho profundo onde a magia
acontece e rasga o horizonte , mostrando a montanha perfeita onde a nascente de
água se vai deixando cair, límpida e transparente
no meu rosto cansado . Vagueando nas ruas da alma, vejo portas mal fechadas , espaços vazios,
fechaduras forçadas , olhos turvos, que no silêncio acutilante vertem lágrimas por tanta pergunta amontoada, num canto sem respostas…Deixo-me cair por apenas
ter a certeza que perdi as cores com as quais um dia me pintei…
domingo, 2 de dezembro de 2018
Hoje acordei de sobressalto passei a mão nos cabelos e penteei meus sonhos...A barba por fazer coçava meu rosto, e o dia nascia e contra mim pois lá estava o sol que insistia em me bagunçar o olhar lacrimejante... Preparei o meu café e lá fui a mais um dia! Banhei meu corpo, agora nu, água escorrendo aos prantos lavava meus sonhos inacabados, na minha sensatez do brilho intenso da saudade dum choro derramado pelos cantos, do caminho, onde esvazio meus versos, que nem são mais versos são palavras, onde desfaço poesia, derretendo sentimentos como asas de cera que desaparecem no calor das distâncias...Não imagino um voo, nem dores eternas, sóbrias, imaculadas, persistentes mas!!! Adoptadas como um sobrenome onde as rimas flutuam , dia após dia, noite após noite, como um cavaleiro das trevas solitário, que se esconde do sol que se foi, que se apagou com o coração castigado, sem sonhos, sem vida ...E assim sigo, não persigo, bebo aos goles as sombras geladas dos momentos que virão tentando não desistir de vez em quando daquela vontade danada de fazer das palavras um tropeço, sem nexo, sem sentido, sem amor nos versos pois nem sempre as palavras são justas, ou brilham , como a saudade da luz brilha na lua que de dia se esconde dos vidros quebrados espalhados por todos os locais em que vagueei. Em cada um deles está um reflexo que me pertence. Sei de cor o ponto em que descansa cada um dos fragmentos e tenho esta estranha obsessão de lhes passar por cima e dispersá-los ainda mais para de noite reflectirem o brilho que a Lua lhes concedeu !!
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
Hoje não tenho vontade de ter nada que me
retire a euforia necessária, do poder do criador, para que eu esteja sempre à mercê de mim
mesmo a cada uma das minhas ações... Hoje estou com a minha mente unicamente
minha , eu já sonhei e vivi sonhos, eu já tive delírios que na realidade eram
apenas a realidade, eu já me despi e fiquei nu perante a vida, mas nunca deixei
que o meu coração se rasgasse ao ponto de me perder de mim mesmo . Mas a dor foi tanta que já quis inventar outro sonho…Eu não escondo que
gostaria de ser exemplo para as minhas Filhas, mas , provavelmente o tempo, o
vento que nos cerca, ou a simples falta de vulgaridade não me permitiram
isso…Sei a incidência que tenho em algumas pessoas que me rodeiam, que me amam, que me respeitam ,que me dão vivacidade à espontaneidade que para muitos é
invejável, é esse o meu brilho que me
transforma as janelas da alma! É por essas pessoas que vou deixando um rasto, é
por elas que o meu sorriso se rasga e explode em momentâneas e disciplinadas historias. Posso ser
pensativo mas jamais serei rancoroso, vivo capturando as palavras, verdades,
onde muitas vezes elas nem existem…Qualquer roupa que eu vista, eu assumo-a
como a minha pele, eu sei o que sou e
não me torno naquilo que me acham , nunca
me objectalizo eu torno-me naquilo que sou e acredito.
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
Hoje
vi o sol nascer… Misturei-lhe o silêncio com as palavras ao assistir aos raios
que se prolongavam no infinito dos céus, onde se ergue a cúpula sólida e majestosa
que mais parece proferir uma bênção a
todos os homens e mulher que por ai meditam. Eu chamo-lhe silêncio arrebatador …
não imponho os meus passos, comando apenas o meu espírito, que me faz esquecer
as horas que atrapalham o tempo e deixam-me mergulhar num espaço onde matéria e espírito se misturam harmoniosamente como o silêncio e palavras… Neste breve declaração
de desassossego , tento escrever o rio que em mim circula perdido, na sagrada
angustia dos momentos que se espalha nos meus dias! Não me intimida o abismo
que se estende debaixo dos meus pés e esvazia a minha força. Sinto cada vez
mais o folgo derrotado, cansado, desobediente , onde os ecos do passado entoam cânticos
no meu cérebro estagnando-me perante a incerteza do próximo dia que aqui vai
nascendo…A minha razão esconde-se envergonhada por trás de muro inóspito que a fraqueza do meu
espírito vai dando vida numa prevista
comoção . As minhas pálpebras chegam a denunciar o que é viver num
alvoroço de ideias distintas e nulas que poucos percebe e que na minha cúpula de
silencio se vai dando forma! Nesta embriaguez
de sentidos há imagens insistentes de saudade que atravessam o frenesim das
emoções desocupando-se de tudo, para guardar serenamente cada minuto que resta
de vida que aqui vou postando… É assim o silêncio e as palavras em mim, calar
sempre teve mais valor que palavras erradas, sempre foi mais fácil arrepender-me
de uma palavra que dum silencio… São esses os degraus do tempo que nos fazem
sair da obscuridade , não peço palavras que me façam sair do sono inconsciente
que na noite mergulho, peço apenas, que estas me façam amanhecer com sementes
nas mãos e vontade de as espelhar…
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
Hoje
não estranhei o silêncio que nascia por entre o arvoredo denso , como se fosse
uma sombra acompanhada de múltiplos ruídos que se misturavam na bruma que
cercava de um manto branco quase luminoso, as húmidas esperanças que ao longe,
como estrelas se esforçavam para atravessar esse manto e fazer chegar alguma
luz . Cheira-me a castanhas, vou atrás do seu cheiro, dobro a esquina do meu
pensamento para cortar caminho até elas…Coloco o olhar nas nuvens de fumo, vejo uma senhora de cabelo apanhado
rodopiando um assador com as suas mãos ásperas, dedos enegrecidos onde passam
as quentes e boas tão bem apregoadas, enquanto uns circulam cegos pelo fumo
denso como nevoeiro que os faz adormecer de cansaço nos braços da noite eu
perco-me no bailado que ali foi inaugurado …. Hoje a saudade desceu as escadas,
e, quando esta resvalou pela escadaria, a noite subiu pela escarpa onde as cinzas pintam de negro o
que escrevo, é ai, que vou apregoando
como a “senhora das castanhas” que tinha as mãos enegrecidas pelas cinzas…Quando
a saudade escorre-me pelos dedos, escrevo e rescrevo o sentimento mais
embrutecido que gerou a cicatriz que fecha os capítulos, de poemas, que ainda
soltam versos quebrados numa breve ternura…Apago
as cores do ar, fico confuso , interrogo-me se foi o sonho ou a ilusão que eliminou
as minhas cores , desdobro-me em formas abstratas neste enigmático traje que me
silencia o coração!
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
Hoje tudo o que eu precisava era de um pouco mais de confiança,
mas!! Para onde foi o amor? Quando já tudo foi dito e feito, tudo foi tão
percorrido mas eu sinceramente não o encontro...Para onde foi ele? Por muito
que me indigne e levante os braços , sou apenas mais um que o perde da vista e
o vê cruzar o horizonte sem uma estrada convergente com a minha ...Sinto a
minha casa a queimar, e é nas cinzas que a minha alma ainda clama! É ao longe
que vejo os clarões dos trovões neste cabo onde me encontro , e eu não tenho
receio deles eu apenas peço o amor e não em palavras...Eu não preciso só de mim
, eu preciso de um nós , e eu sei tão bem transformar os substantivos em verbos
mas !! Continuo aqui, como quem lança uma luz sobre as sombras, deixando cair o
meu ego nas palavras que muitas vezes são mentirosas, espalhando-se por
vazios como folhas secas que o vento leva... Muitas palavras cantam versos
inacabados de poemas por escrever que as silabas orgulhosas ferem na escuridão
suplicante de luz! Eu não sou indiferente a nada nesta vida, nem mesmo das
palavras que apunhalam a alma de sonhos distraídos ... A minha indiferença no
olhar afasta-se das falsas palavras que riem como hienas famintas numa noite de
luar ... Por vezes ficamos de mãos atadas e há destinos que nos afastam, e
por muito que reescrevamos nas estrelas, o mundo nem sempre é só nosso! Pois é
amigos, nada é fácil, há vales de montanhas que tem portas impossíveis de
transpor... por isso, hoje digo conscientemente que ninguém pode reescrever nas
estrelas, tudo me separa dele e eu apenas pergunto para onde ele foi , o Amor...
domingo, 18 de novembro de 2018
Hoje irei ser uma janela sobre o mar, onde uns olham e limitam-se a apreciar a vista… Há quem tenha medo do que possa descobrir e não se atreva a dar uma espreitadela. Ninguém imagina os segredos que se escondem, para lá da rebentação das ondas no horizonte do meu olhar, mas também há os que têm a certeza que há mais do que mar e marés. Hoje vou abrir essa janela que eu sou e ficarei ali como se o tempo subitamente parasse, para que a brisa doce vá soprando ao longe como um sorriso e torne a janela que sou indiscreta!!! Da minha janela embriago os aromas do mar de paixão, ergo um vendaval que sucede à brisa, mostro outras janelas que existem em mim, que o vento abre de par em par…Encandeio-me sobre o tempo infinito, vejo que junto ao mar os sonhos não ganham raízes, vão-se transformando em areia molhada, por isso, fico aqui olhando-a derramar-se na ondulação, onde há sempre sol no horizonte. Mesmo em dias de chuva, quando as gotas molham a minha janela eu deixo-a entreaberta , é assim esta minha janela, com vista sobre o mar…
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Hoje apenas gostava de ser, a beleza gracejante de uma folha ou ter asas para
que, num audacioso, mas auspicioso silêncio voa-se, mas!!! Não sou , apenas
consigo pairar ao vento, navegando na imensidão do tempo... Tenho um leve
baloiçar no olhar que fazem as minhas asas ecoar, e confundem-me... usando as
suas cores como um sonho de outrora, sinto-me deflorando o outono que passa...
Escuto o sussurrar do vento, ele esta chamando por mim, por trás da névoa do
outro lado do mundo, o coração da vida palpita, ela me chama, eu aceno ....
Estou indo...Silencio-me , deste faminto verbo que ansiosos segredos calam em
minha alma , sôfregos de paixão aconchegam-me , quero continuar
a sentir pois já me revelei profetizando
a minha essência...Sou aquilo que escrevo, sou parte do que sinto, sou sombra
sem medo, sou chuva molhada, sou como vocês me vêm, como me descrevo, sou
paixão e emoção, uma rima inacabada, sou metade de mim, sou cansaço, sou a fome
do querer, sou o deserto sem água, sou o dia sem partida, uma manhã ensolarada,
sou um crime cometido, um desejo consentido, uma noite enluarada, profetizo os
sonhos, sou tudo e sou nada, sou a verdade expressiva, uma frase censurada, sou
o poema de amor, sou o mistério, sou o limite, sou uma alma desnudada
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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...