Hoje apetece-me escrever embora sem ter para quem! A razão não sei, apenas vou escrever aquilo que não Hoje apetece-me escrever embora sem ter para quem! A
razão não sei, apenas vou escrever aquilo que não digo, aquilo que fica calado, aquilo que acaba por desaparecer entre olhares
envergonhados nos gestos ainda mais tímidos ainda... Há dias assim, em que
parece que perdemos o nosso sentido mais empreendedor de humanidade, há dias
em que já não conseguimos conter o turbilhão de sentimentos, que nos gera um
arrepio sempre que se vê que aquela pessoa que nos podia seguir, por quem o nosso coração chama, não passa de
uma ilusão, miragem que não conseguimos delegar para terceiros… Já tentaram
enganar o coração? Eu não o consigo enganar, por mais caminhos que tente traçar
noutra direção e por mais pessoas que possa colocar na minha vida, na realidade
falta sempre aquela que estará sempre ao nosso lado!, Como ignorar um desejo
que palpita em nós, como ignorar uma forma de estar! Tento centrar-me num outro
objetivo, mas não dá para esquecer o
nosso coração é mais persistente e mais lutador e acaba por não abdicar de princípios,
valores que são tão básicos que deviam de estar como inatos em todos nós humanos…
Mas não , muita gente tem o espaço e volume do coração mas não passa de apenas
um espaço enorme nos seus corpos que pulsa bate mas não sente…Acaba por ser
apenas mais um órgão que os sustem nesta vida! Raramente temos o que desejamos, e isso eu sei acreditem, nem sempre temos
aquilo por que lutamos. Mas desistir é o melhor caminho? Mas abdicar de algo
que preenche os nossos sonhos é a melhor escolha? Sinceramente não acho, sempre
lutei, sempre batalhei, sempre me esforcei e se acredito em algo luto até ao
fim, até a exaustão, porque mais vale me arrepender por algo que fiz do que por
algo que poderia ter feito… Já não nem peço muito apenas viver, já não tenho
muito mais onde renascer, aprender a criar laços onde não existem, a
criar conhecimentos onde nunca se partilhou ou a viver uma vida que nunca vivi.
Aprendi com a vida a não desperdiçar a sinceridade, a honestidade, oportunidade, de viver cada sonho, cada
vontade e foi devido a isso que hoje sou o que sou, que hoje tenho o que tenho,
e que hoje sou pragmático, mesmo por cima de falsas pessoas que só sabem
viver a vida que não é a delas. Cada um traça o caminho que quer viver, uns
erram à primeira, outros acertam logo e outros ainda traçam sempre caminhos
errados para a sua vida e acabam por cair nos mesmos erros vezes e vezes sem
contas. Não quero ser assim, recuso-me a enganar, prefiro partir e lutar por algo que valha
mesmo a pena...Uma Santa Pascoa a todos!
terça-feira, 16 de abril de 2019
Hoje chove e , em mim também!
Inevitabilidade do tempo que nos faz ficar saudosos do verão, que antecipa o
outono … Sinto falta desse calor que parece um oásis no deserto que recuso
acolher , por isso chove em mim…Dispo-me em palavras, depois dos dedos, dos
sonhos, do corpo, dos dias, da vida, das historias, e volto a escrever porque ficam
apenas palavras, silenciosas , das velas que acenderam em mim ! Tenho hoje em mim essa pseudo
fogueira que não reduz o pavio … Esgoto a cera, ardo nas sombras, deste
corpo gélido que esfria na ausência de poemas que no meu olhar, se tornam, na
derradeira rima! Hoje perdi a madrugada , no ato de despir a noite em
mim…Deixei-me órfão nos braços da lua,
caindo nas cores com que pintei as palavras, colorindo o céu, sílaba a
sílaba como quem pinta a memoria de sonhos vividos, nas metáforas do corpo, atravessando o profano enigma onde
as palavras naufragam na raiz de um poema com a covardia dos silêncios, que nos
desertos choram areias…Hoje o céu chora e eu guardo o hálito das palavras
moribundas da farsa da vida, rescrevo-as nos braços da noite onde a solidão
percorre descalça as cinzas da mortalha do passado que não vivi , dos trilhos
de onde parti, nos sonhos que apaguei na saudade da humanidade que adormeceu para mim…
quinta-feira, 11 de abril de 2019
O meu coração tem asas que apertam a ausência,
tem saudade, tem boca que solta palavras de solidão...Quando escrevo não
pretendo ferir a sedução das palavras, nem arruinar os vestígios nos ecos que
se soltam ao vento, luto apenas por traçar uma linha no infinito como um
caminho até à foz de um rio...Não irei jamais fugir, da natureza que emanava de
mim, mesmo que com esta forma de estar venha a incendiar os momentos, por trazer
sempre o verbo amar nos dedos, para transfigurar a minha escrita!! Mas não me julguem
pois minha pretensão não é transfigurar as palavras esse é o caminho dos poetas
e não o meu!!! Sigo os meus passos degrau a degrau… como se o céu me chamasse
num voo que um dia sonhei, transfigurando-me a meio de sonhos inacabados ,
deixo que o meu coração vá esvoaçando , que busca a liberdade, da forma
que quiser, que busque as respostas que precisa para que não descompasse, para
que pulse sempre no ritmo da paz e da verdade...
terça-feira, 9 de abril de 2019
Hoje pediram-me,
ruínas do que já fui, mas eu, não vejo destroços de mim mesmo, não consigo
lembrar-me das vozes do caminho…Optei por construir uma fortaleza Para que nada me arruíne o olhar em diante! Não há
outros caminhos que possa transpor, a ponte que me segura, retém o medo que me
atravessou, sou incapaz de segurar, o fecho dos
olhos, perante o escuro, ignoro sombras que são apenas sombras, opto por
perceber qual foi o rumo que a luz tomou nos retalhos da memoria que se revelam
em múltiplos rostos! Escrevo, aqui agora sem memória, coberto de dias por haver, dias ilegíveis nas paginas da
minha pele, tantas vezes escritas na areia dos sonhos na praia perdida que
irrompe no olhar, as palavras que se afogam, vazias, num tempo que se esgota de
marés feitas pelo olhar casual da lua … Esqueci-me da memoria na aurora de
outro dia, cedendo este corpo na sombra de versos nas cores do silêncio que
entre os dedos se vão perdendo nas suas origens. Há murmúrios de sal que as lágrimas encaminham pelas trincheiras do peito, notas audíveis na voz rouca do coração que a noite reflecte nos céus na extinção da alma. O cio na palma da mãos escreve a indecisão do
olhar, nos seios do cais da espera , em cada
estrofe cedida no sabor dos lábios que o meu rosto oferece na desilusão, que se mistura grão a grão com o areal que sonhei deste barro com que moldei o
meu corpo sem molde…
quarta-feira, 3 de abril de 2019
Hoje
na justeza de todos os sonhos que colidem com a razão eu me refugiei nas palavras sem afectos, do
almanaque que escrevemos das nossas vivências . Desmaio a cada instante em que
deixo o silêncio vazar o conteúdo dos meus sonhos, na volatidade do imperfeito vivido! As
minhas palavras não são mais do que um diário de sentimentos, mas estes, não
passam só pela razão, nem tão pouco são filosofias… São ternos registos de
amores, sentimentos, sensações que falam na “língua” do coração. Quando escrevo
, não quero mudar o mundo para fora de mim, sou egoísta, vejo apenas por dentro
a emoção das letras na minha solidão
conjugando verbos num mundo pequeno que dentro de mim se torna Gigante mesmo
escrito à mão…Eu já tive a porta aberta…Cansei-me! Faz frio ai fora , tive de
encosta-la, mas!! Se por ventura também sentirem frio, a porta abrir-se-á porque deixei pela estrada fora o sabor
fossilizado pelo abandono da ternura de palavras lançadas sem resposta…Hoje sai
desse cerco, libertando-me da prisão que me encerra numa cela onde entrei só…Mas!!
Amigos, está frio ai fora , e ai as horas são apenas de simples passagem!
segunda-feira, 1 de abril de 2019
Hoje é no limite infinito que me chamam, ai, me conjugo no eterno tempo que perpetuei de
imperfeito…Fecho as noite como quem fecha gavetas, para apenas voltar abrir em
próximas estações! Tenho horas
e horas por usar, minutos sem olhares sufocados, de lugares e ausências que
escrevo pelas manhas no areal árido por desbravar, pétalas de sangue, arcos de luz
que me focam os pés nesta hemorragia de lágrimas que o sol seca nas pegadas da
historia…Faz-se noite e é ai que deixo o sangue verter de mim, desfibrando as
palavras nestes meus dedos indiscretos que com prudência calam o sonho em mim…
Estabeleço margens em mim, que os lábios não beijam, deixo o segredo despir-me, segurar-me nas silabas, rasgo a carne nua
que os dedos não conseguem tatuar! Quem me dera conseguir esgotar sentimentos, como quem gasta as palavras, ao encher paginas
de lágrimas que não secam a dor… Certamente, não me iria prender ao que me
prende , deixava-me ir segurando-me no sopro da magia como um balão de sonhos
insuflado, suspenso, flutuante, para gerir sempre a queda sem ter de escolher o ponto de aterragem… Como
esconder esta fome de esperança, de copos e talheres intactos que nos cerram as
pálpebras do amor resfriado, tanto aroma de ausências por saborear!!?
quinta-feira, 28 de março de 2019
Hoje sinto que guardo numa mão, o tempo por abrir, na outra fechada, o tempo esquecido, confesso, que tem
dias que homicídio o vazio violentando as palavras, ameaço a serenidade com um
olhar carente, confesso…Confesso que violo o sigilo do coração, furtando a
inspiração da alma num puxão de sonho, confesso…Confesso, que difamo a verdade
tratando-a como um sonho injuriando-a sem acentos, sem pontuação…Confesso que
não tenho sido criminoso, apenas tenho gasto as palavras , varrendo-as em
segredos, caminhos , sonhos que dispo como um livro desfolhado, de folhas
amarrotadas de tanto ser aberto e fechado…Não tenham medo! Deixem essa
curiosidade de o abrir! Enganem também o silêncio, tentem apenas com as
palavras, escritas em gomos, sussurrar a verdade que se aloja na vontade de
falar…Há muito que esqueci o rumor desse
significado, Mas!! Confesso… Já quis ser palavra , mas perdi o seu significado
na rebelião das marés onde a corrente da dúvida despiu o horizonte da ansiedade,
sigo na cegueira das noites em que o meu corpo se fez vosso na sombra ... Hoje é um dos dias em que as paredes, que se vão adensado desfocam a saída….
terça-feira, 26 de março de 2019
Hoje dentro
de mim há uma sala vazia, uma hora abandonada, turva de olhares, como uma
parede que é virgem e é violada por uma janela que anuncia a noite …O meu
copo retém a sede, do sopro perverso que oculta as noticias divulgadas,
sinto o hálito do alfabeto, que soletro neste fogo que inflama a minha boca! Tenho a
neblina à janela que se desdobra no mapa do meu olhar mitigando palavras sem
resposta que se replicam num ciclo onde o orvalho faz de resposta…Deixo as mãos
no caminho dos passos, caminho sem pegadas
que o vento arrasta sem lubrificar a
tristeza nos livros que lê-mos, deixando cair as palavras emolduradas nos retratos servidos em cálice
de verão nas bocas caladas, famintas, impacientes que nos rendem minutos de
poemas já escritos , outros por ler, de contas feitas nesta matemática de quem
sente! Hoje contava os grãos do areal para esquecer as horas mas a imensidão
desta praia é demasiada para caber no tempo de uma só espera...
quinta-feira, 21 de março de 2019
Hoje eu
não queria escrever, mas ao despir os lábios de palavras deixei-as ocultas nas
mãos, à espera desse nada que aconteceu…Deixei o silêncio adiar o tempo nos
rumores de um sono, promessas que
som deu voz no rosto, ao subir a noite nos olhar lacrimante !
Caiu a noite nas palavras perdidas, que semearam a demora, ansiosa da ausência abrindo-me
o sorriso nas palavras que não escrevo, durante a sombra que não se escuta…Talvez... Já não haja sonhos roubados à noite, lençóis de queixumes, estendidos sobre murmúrios
da lua na anemia do olhar que a luz das estrelas esconde...Já me comovi pelo
horizonte das palavras, já escrevi gemidos soprados pelo coração, já afoguei a
felicidade na paixão que em mim empalideceu , mas hoje, escondo-me no recanto
da cegueira da saudade que se alojou em mim! Hoje procuro-me quando eu nem
sei para onde fujo, estrangulo as veias como
um recluso que se insurge contra as grades, como se elas fossem a causa da sua
clausura …Muitas vezes a vida deixa-nos num cais , onde não há partidas nem
chegadas, sem itinerário fechamos-nos no vácuo do centro de nós, esquecendo que
o mar é uma ponte para nós passageiros, de um tempo, de um encontro, desencontro,
de uma ilusão , de um amor…Percebem porque não queria escrever? As palavras não
resgatam em nós qualquer sublimidade, em relação a ninguém, elas arrastam-nos
para esse oceano , para essa imensidão no qual não queremos ser náufragos …Flutuar
nessas águas pode ser a maior bênção, ou a maior desilusão que as marés nos
podem acrescentar, tudo pode confrontar os nossos instintos de racionalidade
como um poema de amor…
terça-feira, 19 de março de 2019
Hoje Andei pelo escuro e não senti
medo, estava em meu mundo, meu eu
em concreto, vi traços meus pelas paredes ásperas em que corria as minhas mãos, na certeza da busca para encontrar a porta correta … Coisas espalhadas eu pisei , esbarrei nelas com a luz fechada,
silêncio era o som que se escutava e o vazio que se via, nas batidas do meu coração, que compassavam com o som do relógio pendurado na parede, som ensurdecedor que se propagava… Neste escuro não havia
imagens apenas a de mim mesmo projectada em palavras e cores pulsantes, só assim
dei conta que nunca há apenas silencio, quando
há vida ou pelo menos a vida existente em cada um de nós! Não há partidas anunciadas, só o meu silencio poderá declarar que as nossas palavras morreram ...Sonhos vão-se
tecendo, e o que estes são? Não são mais que meras utopias ingénuas na loucura
de corações inquietos que a incerteza da vida impulsiona …Sonhos de uma vida ,
vivida, ouvida, tocada , degustada como palavras que proferimos e não
voltam mas permanecem em corações que o
tempo não trás! Na vida não temos retas , é cheia de curvas, onde somos responsáveis por todos os que
cativamos e pelas escolhas e arrependimentos que fechamos em nós ! Não pretendo ser um modelo para as minhas filhas, espero apenas ser um rascunho de vida, onde que elas possam acabar, um poema onde elas sejam os meus versos...Com isto meu Pai, passaram
11 anos e ainda te sinto em tudo o que toco, saudades tuas Pai…
quinta-feira, 14 de março de 2019
Hoje
sei que sou apenas mais um grão desta areia que o vento levanta do solo, um
sobrevivente que resistente calibrado pelas mãos do tempo, onde a vida que é
vida, continua a testar …Já vivi o inferno e o paraíso , guardo boas e menos boas recordações dos que já privaram
comigo, uns anjos, outros demónios, guardo em mim um pouco de todos eles, uma
mistura meio agridoce que me alimenta a alma e explode o coração….O ser humano
é uma autentica caixa de pandora quase fechada
como uma porta entreaberta…Talvez seja por isso, que as estrelas iluminam,
cruza-se nos caminhos. Não importa o que
dizem e pensam, seguem seus rumos,
acertando e errando, caindo e Brilhando... Hoje senti luz., sim esse brilho que
me leva para os sonhos, os daí e os daqui, sonhos de todos nós desta luz que me
reformula . A vida vai mudando, surpreendendo, outras vezes nem por isso, onde
existem as margens dos rios, uns caminham de um lado e outros no lado oposto...
Mas, quantos são aqueles que tem a coragem, e se lançam às águas para ao
nosso lado caminharem?! Não estou julgando, jamais cobrando, nem tão pouco apontando... Viver é
aceitar muitas vezes o que esta dentro dessa caixa de pandora, e hoje, trocaria
todas as minhas certezas por um punhado de sonhos mágicos…
segunda-feira, 11 de março de 2019
Hoje os sons dos sonhos vão saindo como
acordes de uma viola, fazendo a alma se despegar, voando sem destino no impulso dos ventos. Gera-se música que não lê-mos quando os sons que
desconhecemos nos sugam os sentimentos para a superfície da pele, tornando como
palavras de um caderno que anotam por dentro do nosso corpo, uma musica que os
nossos corações fazem baixinho em silêncio embriagando os sentidos! Há sonhos
em todos nós, coisas lindas que nos tocam, tão fundo, que por tão abstratas que
são, nos deixam confusos , sem respostas, cheios de perguntas… Agarramo-nos à
razão, à capacidade de ouvir, sentir, para perceber a conjugação dos sons e suas
tonalidades no encontro das nossas melodias! Mas!! As respostas não chegam,
ainda assim ousamos sonhar, voar, e ao mesmo tempo que abrimos feridas de
momentos dolorosos vividos , na expectativa de os sarar com um novo ADN na
melodia que o nosso coração entoa nas sombras da noite, fazendo-nos sentir o
cheiro da pele nua , na maré de corpos que as palavras desfolham no olhar onde
se perdem as promessas , onde perdemos os olhos que um dia nos olharam...É essa claridade de gestos que muitas vezes é ignorada na escuridão do mundo que vos vou silenciando !
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