segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

 Hoje não sei ser mais transparente, neste trovão de palavras que ouso colocar em foco, na magia ondulante que o vento provoca nos meus cabelos…Ecos uivam ao largo das minhas margens, nas sombras que projecto em cada sonho que desenho delicadamente na opacidade do meu olhar sob o horizonte desmaiado. Tenho a necessidade de colorir todos os adjetivos que encontro nesta arte  vulgar,  de quem usa o resto das tintas , para colorir as paredes já eternas …Trago no olhar o sorriso, misto, de quem engoliu os planos atingíveis , possíveis , alcançáveis , dispo-me novamente de todos eles, recuo, revivo pensamentos na expectativa em vão, de um mero olhar, mas a rua ficou deserta …Porque me destruo assim ? Porque embalo as minhas cores num universo assim! Respostas que não tenho, mas!! Há dentro de mim uma cumplicidade hormonal que leva os meus impulsos a serem poéticos e me fazem escrever como se cada palavra pudesse vibrar no sitio certo…Sim eu posso continuar a ser transparente  e fazer da minha cumplicidade  hormonal  a conjugação eterna do sonho, mas, eu não quero mais…Não sei ser rascunhos, apenas sei ser titulo deste livro que escrevo…

 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Hoje , para muitos escrever é,  simplesmente unir um monte de palavras, para formar uma historia comum… Uns falam, outros escrevem outros silenciam, e todos os sentimentos que se confundem nestas formas de estar, são exactamente os mesmos que me trazem aqui para escrever!  Acho que realmente o silêncio é uma das forças mais poderosas do universo, acredito que o silêncio é mágico e por isso cada vez mais raro! As pessoas tem medo do silêncio, todos fazem de tudo para rompê-lo, as vezes o silêncio consegue transmitir muito mais que palavras. Adormeço muitas  vezes sozinho no silencio,  quando palavras não são suficientes, os pensamentos tomam formas, e de alguma forma tornam-se textos. Como no amor, a sintonia do que escrevemos  é encontrar alguém, disposto a trilhar os mesmos passos e lugares que imortalizamos…Não me preocupo nem ninguém se deve preocupar com o numero de vezes que alguém pegou e largou a nossa mão a meio da caminhada…As mãos , todos possuímos 2 , salvo excepções! Mesmo que alguém nos largue a mão a meio do caminho, fica sempre o consolo de que os deuses estarão a segurar a outra!  Esse é o meu escudo, por isso não valorizo a beleza exterior… Há pessoas cheias de beleza exterior , mas, completamente despidas de valor no interior…Querem pessoas que as complete, mas!!! Esquecem-se que todos somos já completos, o que vier será apenas para somar…Querem alguém que seja parte de si mesmas, semelhantes até, com os mesmos objectivos…Mas!! Na verdade não é necessários grades formulas para uma boa combinação. Até os opostos se completam em algumas ocasiões. A união perfeita entre dois seres não é só quando se desejam , temos de nos esforçar…Até  quebra cabeças  são sempre feitos de coisas diferentes que se encaixam na perfeição ! Dá para pensar se somos nós que nos sentimos só ou é o mundo que nos passa?? Ficamos parados, não caminhamos , ou é o caminho que nos foge??

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Hoje gostaria que a noite não entrasse em mim como um peso que destrói, que a noite fosse um lugar de sonhos e eu o seu herói …Gostava que a noite fosse lugar de descanso e não me ocupasse o dia ! Muitas vezes escolho o por do sol como refúgio , fico ali, enquanto o poente avança  e novas cores se formam no céu que outrora apenas espelhava o azul…Deixo-me mergulhar no horizonte e é ai que que o silêncio me leva para longe , tão longe que chego à conclusão que abandono o meu próprio mundo numa poesia faminta , atenciosa, meticulosa  que eleva a alma… É como se me despisse de mim mesmo e na sensatez tirasse à noite a sua razão…Talvez fosse como passar de uma margem para outra, mas isto não  significa necessariamente uma deslocação para outra parte diferente daquela onde já me encontro. Às vezes tudo o que nos falta é habitar a nossa vida de outro modo. É simplesmente caminhar com outro passo pelos caminhos que já fazemos. É abrir a mesma janela, mais devagar, tendo consciência de que a estamos a abrimos …É reaprender outra qualidade para um quotidiano talvez demasiado abandonado às rotinas e aos seus automatismos que se apoderam de nós! Aproximamos-nos de uma época do ano que nos faz querer tudo, pedimos mais , e mais e cada vez mais inconformismo sobre o que cada um “merece”, mas merecer não é ter…Todos queremos tanto que não olhamos para o que já temos! As crianças querem brinquedos, os doentes , saúde, os desempregados , apenas um trabalho; os solitários , um amor; os endividados, Euros, os descrentes, fé , as Empresas , resultados, os famintos comida, o infindável  apenas  um fim ! Bem, digo tudo isto porque sei que mereço muita coisa , que ainda não tive , a todos vocês que por ai andam,  que tenham sempre alguém a vosso lado, que vos ame, até mesmo, quando não o merecerem ...Que vivam um Feliz Natal...

domingo, 17 de novembro de 2019

Hoje como muitos outros dias, sinto-me um mero cais !!digo-o eu muitas vezes; ou poderia tantas outras vezes dizer eu estou um caos! E seria sempre parte da mesma verdade...Penso na minha verdade. Na verdade como meu destino e o caminho que abro até ele, esta  verdade pode estar nas palavras que nos definem, mas quanto fica por dizer, não menos verdade, apenas por não termos como!? Há palavras que nos enclausuram e silêncios que nos libertam… Se os soubéssemos ouvir! Quantos pensamentos vivem em nós escondidos e se esvaem quando tentamos verbalizá-los? Não fará isto parte do que somos? Serão estas verdades menores? Mas !!! a  verdade não se esgota na mera repetição. Aquilo que repetimos é como um porto seguro, limitado mas conhecido, e apenas há aquilo que , com alguma coragem aceitamos dar vida. E eu preciso desvendar verdades e palavras fora da repetição, cortar amarras e explorar, entrar no silêncio e transformá-lo, dar voz ao que sinto, pois sinto-me mais que um porto seguro. Por vezes o silêncio segreda-me um mar e um horizonte, e outras formas de os contar!Quando me penso sinto o dualismo da realidade e do sonho, do poder e do fracasso, do potencial e da inacção, da vontade e da cobardia. Porquê devo eu confinar-me ao conforto do habitual, quando me vejo capaz de arrojar?! Que medo me silencia outras verdades quando no meu sonhar eu consigo GRITAR? Sinto que por vezes devemos considerar desequilibrar a balança onde colocamos a nossa razão, mais habitual que racional, monótona mas cómoda, e a nossa intuição, tantas vezes certeira mas ignorada, ou esta Inquietude não estaria em mim, a impor-me mais....

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Houve alguém que me pediu para lhe escrever o som da melodia que ecoa suavemente no dorso de um sonho imaculado no precipício do universo ...Escrevi nas assas da brisa palavras roucas de prazer que invadem os sentidos a alma e o meu mundo...Como hei-de gritar o prazer que os sonhos me dão, como partilhar o que o destino esconde de mim ? Leio as curvas a contornar, os caminhos que cegamente, me encaminham para o leito da foz!!! longe no horizonte não te vejo mas sinto e encontro obstáculos, lágrimas soltas, sons reprimidos que me turvam o olhar... Como anseio ter as respostas certas... A formula de conseguir atingir sem sofrer !!! Esta vida é uma maratona de conquistas e derrotas um turbilhão de sentimentos que num momento não estão e de repente o mundo se transforma ...E eu!!! Enquanto isso não acontece, vou-me evaporando no tempo que me resta… meras recordações de fragmentos do tempo ,cansei-me de falar em amor torna-se monótono torna-se sempre igual,   sempre escondido nas lua, nas estrelas,  quero algo diferente enfrento o mundo mesmo o planeta ...sinto que sou diferente pois o meu sorriso nasceu comigo, é inato e debaixo dos meus véus imaginários vou adormecendo os desejos que sinto….Sonho, imagino e idealizo , na saudade que espreita os meus lugares inesperados ,  escondo-me, refugio-me no que guardo em mim e que o tempo não levou...


quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Hoje constato que muitos dizem que se deve agir fora das nossas zonas de conforto, que devemos desafiar as rotinas e inovar, afinal, há um mundo maravilhoso por trás daquela porta que nunca ousámos abrir e lá também acontecem coisas boas, desse lado também encontraremos felicidade e quem sabe, uma versão melhor de nós mesmos… Isto dizem muitos! Mas eu também acabo por acreditar nisso…. Eu acredito que sair da estrada rotineira pode ser fantástico, que fazer diferente do que já fizemos nos pode mostrar um caminho que também pode ser nosso. Mas com isso vem exposição, vulnerabilidade. E por vezes, somos tão adversos às mudanças e novidades de lugares e pessoas, que mesmo que tenhamos idealizado toda uma experiência de sucesso na nossa cabeça, há algo que falha quando tentamos concretizar… Nunca gostei de mudanças,  gente pressionante, sempre me deram dores de estômago. E olhem que não sou de todo socialmente estranho, essa é a verdade. Adoro estar aqui, a escrever sobre e para pessoas, como eu, não para cobardes que se escondem atrás de perfis falsos vindo aqui apenas para ofender, sem dar a cara e sem serem sequer coerentes com a vida que levo... Não me conhecem certamente e mesmo assim, manifesto a vontade que aquilo que eu escrevo lhes seja útil, que lhes toque, que lhes ensine algo, porque é a escrever que eu me expresso melhor, mesmo para quem não tem rosto e é abusivamente rosto de uma vida de futilidades...Peço desculpa aos meus amigos que me conhecem e tem a gentiliza de me seguir Mas!!  Por vezes as emoções tomam conta do meu discurso! Não choro , não gaguejo, mas é aqui que vou  vendo as coisas e pessoas através dos meus sentidos,  retenho algumas delas na memória, o que me faz parecer ainda mais estranho que aquilo que já sou…Não sou  obcecado com nada na vida,  apenas e na realidade tenho uma mente diferente e isso lamentavelmente custa a muita gente abusiva e mal formada.

sábado, 2 de novembro de 2019

 Hoje estou de frente para o mar, nesta praia deserta..Aqui!!! consigo ficar a sós com os meus pensamentos. Consigo abandonar vontades. Sem perspectivas e sem relatividades. Aqui tento reconhecer a fraqueza de sentir o profundo desejo que todas as palavras por trás do meu caminho  moldam. É neste silêncio que elas fazem sentido e são percebidas…Sem ter de as pronunciar. Esta realidade, limitada e condicionada, pelas escolhas que se fazem e se aceitam. Parece-me muito dura, muito rígida. Tanto que por vezes, desistimos. E talvez por isso, lutamos também em contra-ciclo com o resto ... Desistimos, relativizamos  como nos percebemos, como desejamos, como fugimos… como nos perdemos... Fico de noite acordado, de olhos bem abertos, sonho com um sonho que não alcanço, dissipa-se no denso nevoeiro da vida. Atento aos sinais que percebo, sigo o único caminho possível. Que percorro, apaixonadamente. Intensamente…Deixo-me levar neste bailado de ondas em sintonia com os meus  pensamentos... Sinto-me a planar em emoções que não as sei explicar,apenas as sei sentir. Sou envolvido por uma sensação de serenidade que me liberta de todas as limitações a que sou de certa forma imposto diariamente. Olho a fúria do mar e deixo-me levar....somente. Preciso de sentir que as minhas necessidades são verdadeiras e não apenas fruto da minha imaginação, pois por vezes penso que preciso...quando na verdade acaba por ser somente um desejo, mas que não me satisfaz. Gosto desta sensação de levitação onde o meu corpo é conduzido para algures. Não sinto medo nem receio do desconhecido, pelo contrário, sinto-me seguro, pois sei que me leva a bom porto, pois ninguém melhor que ele sabe onde posso serenar e deixar-me envolver pelos meus pensamentos e onde exerço a minha necessidade de meditação. ...fecho os olhos e deixo-me levar em mais uma onda de espuma que rebenta mesmo ao meu lado...

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Hoje em silêncio quantas vezes... Brigando com o tempo nos encontramos? Conseguem  me dizer? Somos sempre dois e era muito bom conseguirmos ser só um! Já Pensaram no ser humano como um Mundo, imaginem tentar dividi-lo  em dois hemisférios, o norte e o sul… Em qual optavam estar? É tudo para mim uma questão de identidade, brigar com o tempo , para esconder mazelas apenas serve para esconder algo e manter aparências… Por vezes mais vale nos apresentarmos como distantes , assim revelamo-nos mais humanos enquanto nos vamos vestindo dos silêncios ! Jamais me conseguirei manter naquele espaço entre a mascara e o rosto, onde a voz e o eco se cruzam na palavra. Não era capaz de me não mostrar, naquilo que sou, e aquilo que mostrasse não fosse eu, não poderia me revelar…Prefiro deixar o ar entrar ás cambalhotas pela janela do meu olhar, onde as árvores levantam as vozes e a terra seca do meu empedrado abrindo  as goelas no uivo da alcateia sem nome…Brigando com o tempo é o que me resta deste quase tudo, que teimosamente escrevo em palavras que lutam para não serem apenas silêncios …

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Hoje entre paginas tantas e folhas de  livros lidos por mim folheados , encontro um que se destaca,  sem palavras que alguém ambiciona ler…Esse livro é o ser humano… ! Em todos há letras invisíveis,  codificadas e folhas de luto,  com segredos para obter mas  nem o amor alguma vez as fez reter! Coloco passwords  nesta minhas letras para desbloquear as cores desse livro,   sei se alguém  soubesse decifra-lo,  logo seria um best - seller …Nada nos impede de vestir palavras amarradas das ambições retraídas, todos somos acendalhas da vida , todos temos insónias de sofrimento intemporais nas madrugadas que deixam espelhar as imagens extasiadas dos retratos surreais,  e eu sei, que a lua prateada  desenha na pagina das visões imateriais … Mas!! É no conceito metafisico  das abstractas belezas da vida que se emolduram os olhares e as letras nesta pagina sem palavras que desejava ler…Somos todos humanos ao cavar buracos no peito, como pequenos e infinitos, abismos que convertemos em estradas…Não, não pensem que ensandeci!  Posso até ser sonhado pelo espelho onde me olho, mas sei que vivo as sanções das cores do equivoco, são elas que encobrem  a penugem das contradições  que cada ausência de palavras faz na tela do livro que cada dia que olhamos e não vemos,  vamos desejando…

segunda-feira, 14 de outubro de 2019


Hoje peguei na caneta e desenhei as letras no papel!! Sem receio, misturei a tinta escura com a cor seca do caderno. Sem querer, despejei as palavras que ainda não sabia estarem escondidas atrás da pele, naquele lugar onde se guardam os medos. Tentei desenhar cada letra com cuidado, com a delicadeza de quem sabe por onde começar. Mas!! Tinha a certeza de que não sabia. As letras juntavam-se intuitivamente, como se cada uma delas só fizesse sentido rodeada de outras formas e sons...Ainda assim, limitei-me em cada frase, desfazer o tabu da culpa que me pendia nos nós dos dedos. Não sabia de onde vinha, não conhecia a sua origem, nem sabia definir a sua génese em mim!!.Senti que fluía em mim uma escrita, gelada, a consumir-me a pele e a guiar-me as mãos pelos recantos do dia. E os dias ...Estes vão passando, com as horas a pesar-me nos seus dedos e a urgência de escrever a marcar o ritmo. O mundo continua, o tempo corre atrás de tudo o que nunca voltará. Sinto-me esquecido nas curvas apertadas do caminho onde vou escrevendo, não sei bem sobre quê, mas... escrevo. até que um dia a caneta no papel já não sabia quem é...Hoje olhei os meus olhos e percebi que não mais cabia o que sinto na minha própria pele, por isso despi-me de mim e vesti estas palavras...Como um ser híbrido que transita de um corpo para outro…

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Hoje vou escrever assim sem grande requinte, percorrendo as margens , navegando apenas em meu corpo, fazendo-me vivo a cada novo olhar. Faço-me vivo pelo mundo  carregado de tudo o que é vivo e do que é morto, desaguando pelo destino… Sim, acreditem e ignorem as virgulas e essas convenções que se inventaram , para nos tornarmos mais claros , para os outros …  Tudo o que para mim é vivo tem aromas de multidões , tudo o que é morto soa a sonho clandestino, que carrega o peso do destino!  Hoje gostaria de ser livre num voo rasante num areal vazio e liso onde pudesse passear sem deixar rasto e quem sabe molhar os pés nas águas do ir e vir das marés que tantas vezes entraram pela minha escrita ou mesmo dos aromas da maresia que sempre me transportaram até muito mais longe do que alguma vez pude sonhar …O sonho continua a transportar-me, como quem morre um pouco nas chamas de um fogo que lavra numa ilha que se vai vestindo de cinza derramando lágrimas para o mar, arrastando as árvores da vida para o luto  que silenciosamente tinge o céu …Não me venham dizer que o meu pensamento vomita emoções ainda virgens e que o ego esconde do medo, não,  não digam isso! É nas entrelinhas que escrevo a explosão dos sentidos, é nas entrelinhas que faço a gestão das ironias e do culto perfeito da ética hipócrita ! Todos os dias cresço e é isso que  cada palavra me faz ou me pode fazer , porque quero acima de tudo sentir-me livre numa liberdade exposta sem  nuvens que nos passam por cima da cabeça, não existe liberdade quando nos fechamos ou nos restringimos às margens de uma folha de papel por isso é que ainda ando a pensar que força tem esta coisa das palavras, palavras que unem e desunem e de que forma é que tudo se pode manter, sem com isto perdermos traços da nossa personalidade…

terça-feira, 1 de outubro de 2019


Hoje as minhas mãos  agarram o gemido da noite que cobre ainda as árvores , deixando os seus  frutos que arrancam sem ruído o caroço da  promessa de noite escura. Tento mudar a alma da minha bagagem para este mundo, onde os anjos desenham o rasto do caminho…Fecho os olhos e venço o desejo de me rever ao espelho , tento saber de que lado estou.  É ai que me sinto.  Olho-me bem, a imagem não se  desfigura,  este olhar precede um outro bem mais desperto e mais real que sobrepõe o meu…Os Deuses cruzam-nos,  cruzamos olhares,  perdemo-los quando somos engolidos pela multidão a cada passagem nas avenidas da vida, deixamos a alma e a nossa bagagem num outro mundo , nem sei bem porque…Hoje as folhas caem das árvores, gritando as suas preces quando tocam o chão,  alguém acende a fogueira no caminho, para turvar a sede dos sonhos ?! Sinto que deixo o corpo suspenso como quem deixa uma roupa no estendal, suspensa, encostada ao parapeito do abismo, a tentar escorregar pela noite, de pés e mãos que se atam e desatam, esvoaçando o tronco no túnel do vento como um anjo que se sacode e se deixa secar no fim da viagem…




Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...