Hoje sinto a minha casa ruir. Há quem diga que só com o tempo é que elas se desgastam mas quanto elas ruem o barulho da rua torna-se ensurdecedor! Sinto que a minha casa ruiu pelas palavras que não pude dizer e nas que não pude ouvir. Hoje sei que a minha casa ruiu pelos motivos dados e pelos motivos que não foram dados e esquecidos no silêncio. De mim apenas ruínas, foi isso que restou. Ruínas. Pedras soltas, empilhadas com meia dúzia de alicerces intactos segurando pouca coisa ... Apenas me pergunto de que vale toda a firmeza de mim demonstrada quando já ruiu parte da minha vida , pouco há para erguer , tudo parece que ruiu. Posso ter passado tempo demais a dizer o quanto amava , sem explicar que no meu mundo estava muita coisa assente, também, em pilares de afecto e amizade. Hoje valorizo mais uma palavra, um gesto, um retorno! Qualquer coisa, na verdade... Foi essa a minha espera em tanto tempo A minha casa já ruiu, pobres alicerces que caíram , há espera da força de um amor eterno. Fiquei eu e ela destruídos e sós, entre alguns alicerces que apenas se curvaram e outros que se mantiveram firmes, mas poucos!! Mas já pouco importa quando o pilar é central, nenhuma casa sobrevive . Na verdade tenho vontade de agradecer aos ventos, com ironia, dizer-lhes até podem matar-me a alma. que eu estou bem. Só que o vento ia rir-se de mim!!! Como sempre, ia esquecer-se das minhas palavras… E não ia devolver-me a minha casa… Porque os meus alicerces cederam e eu sou ruínas de mim. Hoje concluo que em alguns momentos na minha vida, colori a vida de terceiros, mas sinto que agora que tanto preciso não consigo colorir a minha! Precisava de não me sentir assim mas!! Completei tanto os outros, que agora nem me vêem …É no meio destas letras , historias , brisas e rabiscos que me torno eterno, que me reestruturo ! Posso até parecer que repouso entre a sombra da vegetação que idealizo na minha imaginação mas é na alma que tudo à minha volta se transforma, se renova ... Abro a porta, e saio desta casa em ruínas, deste ínfimo e restrito compartimento que a alma me concedeu…
sábado, 22 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Hoje como todos vocês, sou completo, quando as minhas metades se unem para
juntar forças, metades que vivem em dois mundos diferentes ...Num sou doce e
guerreiro , noutro apenas sonhador...Fico refém da minha consciência onde
os segundos se fundem e minutos que se perdem nas horas que sucumbem em
momentos coloridos com palavras… Se a vida fosse um livro, haveria destinos
escritos, concretos, percursos delineados com causa e consequência
anunciada! Mas !! O que fazer, quando estes dois se juntam!!!?? Não
sei pintar…Apenas me sei definir com rabiscos desordenados, fragmentos
desconexos, que milhares de vezes assumo como
sentidos! É assim, que muitas vezes somos assaltados nas
nossas memorias, escolhas e lembranças ! Seguramos nossas emoções, sem
pensarmos que possam nos prejudicar em algum momento. Quando esse sentimento
chega, não adianta escondermos, ele logo irá transparecer em nossos gestos, e
maneira de agirmos. Cada pessoa terá um modo em expressá-los, seja em um olhar,
ou em uma palavra. O sentimento de amar é o mais sublime que possa existir.
Amar com respeito e dignidade, não deixar a vulgaridade adentrar e nos tornar
seres fáceis aos olhares a quem nos observa. Em algum momento da vida, todos
nós amamos e sentimos nossos corações chegarem ao limite dos batimentos
cardíacos. Cada vez que esse sentimento se apossa, todos os nossos movimentos
se tornam maleáveis e se soubermos com respeito, conduzi-lo em união mútua de
amor e sinceridade, seremos seres amados e respeitados. Uma das coisa que acho
mais fascinante e Interessante, no ser humano é o coração, mesmo
partido continua batendo e a pulsar...
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Hoje
sinto-me retido, como se estivesse preso
a uma plateia onde o espectáculo é a
noite, por mais que esse palco mude os atores são sempre os mesmos… E agora o
que faço? Espero que as luzes da
rua acendam ou mantenho o caminho por ruelas mal iluminadas… Como é bom nos
sentirmos felizes, é ai que o tempo parece não tem passado nem futuro, não
existe nem há limitações. Neste tempo sentimos o desejo de o fazer parar,
alcançar um apogeu que nos proteja do tempo futuro. De um modo que não
compreendemos, sabemos que o poder do tempo depende em certa medida de algo que
existe nas nossas mentes. Mas o que é que possa ser esse algo, é coisa que não
sabemos, sim como não sabemos o modo de o alcançar intencionalmente… Talvez o
amor seja um Dom ou uma graça dos Deuses, assim como o tempo também, demasiado
real, demasiado precioso, e as vezes nem imaginamos como temos muito pouco
tempo…Hoje sinto-me retido, mas não pensem que estou cansado ou confuso…Nada
Disso! sinto-me sim absorto a tudo, ao tempo, ás horas, aos compromissos dos
dias que nos fazem pessoas de verdade. A vida ensinou-me que há pessoas de
verdade e pessoas de mentira. Juro que
ela nos ensina isso mas também nos comprova que as pessoas de mentira quase
sempre vencem as pessoas de verdade. Não sei se estou triste por ser uma pessoa
de verdade, ou se por não conseguir ser uma pessoa de mentira… É ai mesmo que
me sinto retido entre a verdade e a mentira , esse degrau que ninguém assume e
tenta transpor sem lhe tocar , talvez por acharem que a realidade pode ser apresentada melhor se
fantasiada um pouco, e aí a mentira é quase inocente, assemelha-se a um
desejo ou a um sonho, não devemos subjugar o valor destas pessoas por isso.
Mas será que podemos dizer que a mentira é como uma pele seca, que uma vez
descoberta, deve apenas ser deitada fora? Não será isso ensinar o caminho do
céu enquanto percorremos cegamente, o caminho para o inferno? São perguntas que
não sei responder mesmo… Mas tento e isso faz-me ficar no degrau sem saber de
subo ou desço ….
sábado, 8 de fevereiro de 2020
Hoje sinto que
me escondo das palavras, esqueci-me do verbo que me despe as roupas e veste na
saudade a lua minguante …Esqueci-me dos socalcos da maresia que em mim
sussurram a falésia do olhar, cegueira
da lua branca, nua que ilumina esta
praia de silêncios…O que posso eu fazer com as palavras, no meio de tanta indiferença?
O que posso fazer com os sorrisos se estes não cabem nas gavetas? O que faço
com as palavras que tentei escrever, pergunto-vos, alguma vez se sentiram
presos à liberdade de outra pessoa? Essa é uma liberdade que nos pode empurrar para
a luz quando o nosso corpo respira sombra. Hoje reflito sobre o medo, e ele pode
ser feroz. Invade as artérias da nossa casa como uma lâmina
afiada cortando a esperança pela raiz…É como a água a desbravar caminhos,
derruba defesas e passa. O medo senta-se à nossa mesa dorme na nossa cama
grita-nos ao ouvido até obrigar a alma a sair apropriando-se do corpo,
silenciado a voz. Hoje uma "desconhecida", enquanto reparava uma
linha ténue de vida, achou por bem agarrar-me nas mãos cheias de
ansiedade e com a sua voz uniu-as para que se ouvissem de
repente como se de mais não precisasse a esperança choveu-me
inteira nos olhos. Não sei quem ela é nem se algum dia as nossas
linhas se irão poder cruzar mas imaginei-a de corpo inteiro alma limpa e
ensinou-me que ainda somos Alma. Habitamos um corpo para que haja gestos!!!Eu
sei que mora em mim uma força desconhecida, que alimenta moinhos da
imaginação, faz mover as folhas das árvores como se fosse uma brisa silenciosa
que se propaga pelo infinito, não consigo explicar este mistério que brota nos
meus silêncios sob a forma de palavras, frases, pensamentos,
sensações...Mas!!! Tenho medo da incongruência do vazio, que me
invade quando nada tenho a dizer…Se colocar a minha armadura ai sim irei mostrar como sou forte, e como qualquer ser humano , posso me tornar incontrolável e quando assim estou tenho sempre algo a dizer!
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Hoje peço-me
desculpa por cada segundo em que meu
pensamento não se inventa de novo . Não sei como se faz para esquecer, desvalorizar e
esconder…Conheço algumas palavras mas não conheço palavras mágicas que transformam as saudades
em passado ou apenas o passado em saudades…Hoje sinto saudades dos meus ente
queridos, não consigo esquecer o sorriso deles, vejo , revejo em meus
pensamentos a luz que os seus rostos passaram para mim. Será possível sentir os
seus abraços em mim, como se fossem agora vivido? Será uma ilusão esta suave
recordação que se vestiu de azul e me coloriu os céus como quem pinta um
arco-íris? Quero os segundos de uma
vida, ainda que apenas sonhada nas minhas horas vazias. Quero os sentidos
provocados pelas emoções que permanecem mesmo depois do sol se esconder …. Não
é no sonho que somos perfeitos, não! Há que vivê-lo… A alma solta-se e procura
no sótão da nossa memória tudo aquilo que foi dito, feito e sentido, para que o
sonho seja perfeito. Ela vagueia pelas frases ditas em silencio, pelos gestos
trocados na solidão, pelo sentimento que nasce do nada mas que se faz luz na
escuridão da noite…Hoje peço-vos desculpa, mas , Inventem comigo a magia e
doçura do amor que se esgueirou das nossas mãos …Deixem-me dar-lhes vida, a
todos os céus que o reclamaram, e cortaram as batidas do coração! Ergam os braços e
juntem-se a mim, nesta praia de sentidos, deserta em que o mar é o sonho e a
vida a poesia que a aurora roubou …Peço-vos desculpa mas !! há horas que o
coração chora, há silêncios de ausências , há caminhos de desejos, sentidos despertos,
arrepios que se transformam em olhares, sorrisos sem milícias, memorias onde se
reinventa o amor que jamais o deixamos de sonhar…Eu sei e peço desculpa. Se me
perco nas entrelinhas que só eu sei ler… Nestas frases escondidas , que parecem
um fado que se canta ao ritmo de uma lágrima , nos sonhos que acabam nos meus pés. Peço desculpa Pai, mas ainda vives em mim, no silêncio que a minha voz
cala, para mais ninguém magoar, vives em
mim, nos segundos que os ponteiros do relógio se esqueceram de marcar as minhas
emoções, que sinto e nos desejos que sempre tive para revelar...
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
Hoje
viajei por lugares inesperados, procuro involuntariamente o refugio longe de
tempos que a vida me levou. Fechei a porta à alma, e deixo-me levar nas asas da
deslembrança, tentei não pensar, tentei sorrir para dentro perante tudo aquilo
que me deixou triste, resguardando -me do mundo, correndo as cortinas do sonho, bloqueando a magia…Quando sinto frio , tapo-me com a
ausência, dou descanso à imaginação que
me rodeia a mente. É na noite
que as sombras atormentam, as diversas e tardias esperanças... É na noite que
abuso da meiguice e da inocência, diante de fatos inesperados que me toldam e
me silenciam ... Fujo de pessoas que se calam perante os suas próprias vontades
, desejos , fujo sempre de algo que nunca ocorrerá . Escuto em
várias vigílias, o som das almas intranquilas que se revelam nuas
mórbidas e esquecidas , bebidas pelas suas próprias sinas.
Escrevo-lhes pois elas tem na sua essência , a sua luz, que as direcciona
apenas ao bem!!! Elas vivem Incertas, e não só vagueiem, por caminhos
tortuosos mas também num plácido desvanecer perante a solidão. Sou
um ser pronto vivo a sobrevoar a imensidão de tudo aquilo que pode inquietar, sigo almas encobertas,
que a noite faz de companheira, verto as vontades além do olhar sem o medo de total
escuridão... Posso continuar a bailar
todas as almas em mim e perambular entre as noites sem que eu me resigne...
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Hoje
desnudo as palavras que em mim vão nascendo, tenho nome para todas mas, nem
tudo é um turbilhão de emoções ou exposição das sensações, e, jamais as
considerarei monólogos sem fim ou enxurrada de palavras desenfreadas. Todos
precisamos abrir o coração porque a
linguagem da mente , que prefere o racional, o útil e o seguro, entra em conflito
com a linguagem do coração impedindo-nos
de seguir a intuição que nos faz
realmente felizes. Sabem a linguagem do
coração é difícil de interpretar, pela rejeição,
pelo abandonado, pela exclusão,no entanto, quem escuta e é sensível aos sinais
, consegue estar presente para ouvir e falar na mesma linguagem, com a mesma disponibilidade.
Com isto digo que é preciso semear para colher.
Não basta o Silêncio…Há silêncios que criam abismos. Nascem de palavras que não
foram ditas, resultam de sons que geraram desentendimento. Há palavras que ficam
encarceradas na nossa memória como desconfianças. Há silencio a construir muros . Há muros que caem do
nascer de palavras, no diálogo e
compreensão. Há palavras que andam e se aproximam, que vão diminuindo a altura
dos muros; palavras que unem o que o silêncio afastou…Há alturas em que nos
sentimos sós, desligados do resto do
mundo. Ficamos sós , sem mais por dizer, deixamos-mos ir entregues a nós mesmos, como ficar fechado num quarto escuro, fugindo do silêncio , tentando com múltiplas actividades,
encher o tempo com encontros, telefonemas , evitamos ao máximo aquele momento em que
ficamos de novo em casa sem ninguém, entregues ao vazio do que o reencontro
inesperado e os olhares esquivos não se apercebem …Há sempre palavras que não
são ditas , silêncios que gritam beijos de 3 vidas que vivem na alma de quem os
deu, permanecem no coração de quem os recebe, e morrem na recordação de quem os viveu…Já Houve tempos em que o silêncio era uma dor e logo o som
calado das palavras escritas enchiam páginas de poesia e amor….
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
Hoje
despi os meus pés e toquei ... Na
areia... Onde pela primeira vez despi a minha roupa .. Como se num lugar
longínquo estivesse , ali me converti a nu
com o som que cada vez parecia mais próximo de mim! Abri os olhos e descalcei
as minhas pegadas do areal, onde o mar resvalava de forma soberba e imponente….
Tenho vontade de o ver de muito mais perto... Mas!!! Agito o olhar de
forma calma e serena com a sensação que ele é só meu, nem que seja apenas por
mais uns minutos , vou deixar ele entoar o seu cântico perante o luar despido que
se cruza com o meu nu. Pudesse a noite ser mais que esta ilusão, eu
garantidamente conjugaria todos os verbos que definissem a coragem e ousadia de
quem ousou pisar as águas que se evaporaram de mim…Olho para os céus como
quem olha para os poemas guardados em gavetas …Fico sem palavras! Escritas, descritas, pelos meus
humildes dedos que tantos anos se vergaram perante folhas, que não guardo jamais em lugar algum! Prefiro ter a gaveta cheia de vazio, cerrado... Docemente deixo verter pelo céu uma voz que me chama, chego a casa e as
paredes desta sala escorrem preces... desejos... para muitos...
cumpridos... para outros nunca serão...Posso esperar, sim eu sei mais um pouco ...
Mas!!! A vida também vai partir de mim, ela não nos concede o
tempo ... E ontem eu apenas pedia tempo... De nada tenho medo, apenas da
incongruência, da loucura e do vazio, que
vida leva nas asas do vento sem bússola para nos orientarmos…
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
Hoje
sinto-me como um vampiro ao sol, que entra na alucinação semeada em
metáforas, que se sucedem aos
abismos em grutas e sombras….Trago em
mim essa droga resignada dos corajosos injectados, de sangue, de carne moribunda que a infundada ficção gera nas mentes turvas
de toda esta gente…Há quem me queira
decifrar…Há!! Mas decifrar pessoas não é decifrar palavras, decifrar pessoas é
decifrar gritos, e olhares de serenidade! Há palavras que nos rasgam o olhar,
mas há gritos que nos rasgam a Alma. Tantos gritos que ficam surdos , sem
palavras que as acompanhe , e todos os agudos por decifrar vão ficando no
vómito do olhar … Que palavras são estas? De que boca saem e em que ouvido irão
morrer… Umas tantas destinadas a corações que acabam perdidas no vento outras
encerram-se em lábios que as retém e as rejeitam prenunciar! Tantas nos magoam, outras nos reconfortam , nos devolvem a vida como uma doce caricia de amor….Ficamos
com sede de tempo! É esse descompassar alheio ao julgamento do sumptuoso paraíso,
que nos pisa o improviso , nos frusta o
sentimento, nos retira o alimento da alma e nos leva a procurar por vielas a paz
…Perdemos o tempo… Ele é como grãos de areia que nos fogem entre os dedos !
Hoje peço tempo… Quero rever todos os sorrisos que encontrei, a boa gente que
amei na liberdade que semeei …A liberdade só é uma, mas dependerá sempre do
tamanho da gaiola que construirmos…
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Hoje pergunto-me para onde foi toda a minha inspiração? Será que esta
partiu para longe ou nem exista mais,
sinto saudade de outros tempos, de quando era próximo com as palavras, hoje vejo-as distantes. O tempo passou, tudo parece mudar mas eu
continuei aqui, esperando por coisas que talvez nunca cheguem, factores que
talvez nunca me influenciem, coisas que provavelmente nunca serão diferentes.
As vezes é mais fácil destruir um sonho,
embora seja improvável que se aceite isso de braços abertos, mas pode
ser feito, e algumas vezes tem de ser feito…Muitas coisas na minha vida já não são mais iguais, outras coisas jamais
mudaram, e outras já nem fazem sentido, apenas nos meus sonhos tudo continuou
intacto, chego até a sentir o cheiro
deles, vivo os sonhos como vivo a minha vida, porém acordo com o sentido da realidade , mas!! Esta
não me obedece como os sonhos que trago na cabeça! Há quem diga que somos tão
minúsculos com a nossa felicidade mas, Gigantes com a nossa dor…Por mais que eu faça para entender, eu não estou de todo a conseguir...É verdade que deixei de viver de saudades para viver apenas por ai, sou, aquilo que já fui, por mais que tente, que gaste todos os meus argumentos, que escreva , que leia , que personifique a razão, eu irei sempre pensar num novo recomeço é esta força maior, que me vai continuar a permitir sonhar...
terça-feira, 7 de janeiro de 2020
Hoje acordei de sobressalto passei a mão nos cabelos e penteei meus sonhos...A barba por fazer coçava meu rosto, e o dia nascia e contra mim pois lá estava o sol que insistia em me bagunçar o olhar lacrimejante... Preparei o meu café e lá fui a mais um dia! Banhei meu corpo, agora nu, água escorrendo aos prantos lavava meus sonhos inacabados, na minha sensatez do brilho intenso da saudade dum choro derramado pelos cantos, do caminho, onde esvazio meus versos, que nem são mais versos são palavras, onde desfaço poesia, derretendo sentimentos como asas de cera que desaparecem no calor das distâncias...Não imagino um voo, nem dores eternas, sóbrias, imaculadas, persistentes mas!!! Adotadas como um sobrenome onde as rimas flutuam , dia após dia, noite após noite, como um cavaleiro das trevas solitário, que se esconde do sol que se foi, que se apagou com o coração castigado, sem sonhos, sem vida ...E assim sigo, não persigo, bebo aos goles as sombras geladas dos momentos que virão tentando não desistir de vez em quando daquela vontade danada de fazer das palavras um tropeço, sem nexo, sem sentido, sem amor nos versos pois nem sempre as palavras são justas, ou brilham , como a saudade da luz brilha na lua que de dia se esconde dos vidros quebrados espalhados por todos os locais em que vagueei. Em cada um deles está um reflexo que me pertence. Sei de cor o ponto em que descansa cada um dos fragmentos, e tenho, esta estranha obsessão de lhes passar por cima e dispersá-los, para que há noite reflictam o brilho que a Lua lhes concedeu !!
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