Hoje digo-vos , em tempos cheguei a ter à porta do meu quarto vazio as malas feitas! Dentro delas abriguei o coração por estar cheio e demasiado cansado mas, já me habituei a conviver com o seu peso, nem eu o noto já… Porém continuo a imaginar que tenho um sorriso nos lábios pois eu já tive as malas feitas mas não tinha nenhum destino. Parece ridículo imaginar-me ir embora outra vez…Chego a sentir essa vontade de virar costas ao passado… Mas hoje sei que as malas feitas sempre foram uma promessa…Nada Mais! Uma promessa de que a seguir virá algo…Talvez melhor ! Ainda que essa promessa seja apenas mais uma mentira que nem sequer vou querer ou conseguirei ouvir. Como somos estranhos, fazer as malas, faz-nos felizes !!! Imaginar-mos apanhar um novo trajecto, ir embora sabendo que não voltamos. Faz-nos felizes deixar para trás os lugares onde não somos felizes. Mas eu já tive as malas feitas à porta, o quarto vazio e a melancolia do que estava a deixar para trás. Sensação de que estava a fugir. Estava a fugir de mim. As minhas malas, a minha bagagem sempre foi de recordações e não de pessoas. Porque levo comigo apenas o que me tocou a alma e não aqueles que tentaram anular-ma. È verdade há anos que deixei as minhas malas feitas mas o meu quarto está cheio…Não é por querer ir-me embora! É porque fiquei acorrentado ao passado . Sabem porque fiquei acorrentado? Apenas posso dizer que sinto saudades do passado, sim do passado que aconteceu há anos e do passado que aconteceu há minutos atrás. Tenho saudades do passado porque o presente não dura e o futuro é incerto. Odeio o incerto além disso, tudo o que tenho, são apenas as malas feitas e lugares onde ainda não tentei ser feliz
domingo, 8 de março de 2020
quinta-feira, 5 de março de 2020
Hoje posso partilhar que até tenho tido sonhos, como quem salta para as nuvens,
viaja pelo céus, mas eu nunca desembarco fico sempre flutuando lá... Eu
chego a procurar nos céus mesmo quando este entra em erupção, inflama e
arde a vegetação que fica em baixo e mim...eu tenho sonhado, com brisas frescas
de verão, acabo sempre por escorregar , meu corpo vira gelo como um destruidor
do paraíso...Sob implacável, céu rico, sinto os anjos a passar por mim, quando
a inteligência em mim invoco, e como agora é difícil fazê-lo... Mas com o tempo
tudo se resolve e ser humano é amar, e mesmo quando for demais eu não estarei
pronto para desistir...Cada respiração se torna uma oração, há dias que o
coração bate assim, fumo mais um
cigarro, é como se, a ansiedade tomasse conta de nós, ficamos confusos ,
deixamos de saber distinguir o que podemos e o que não podemos…Passam dias e
mais uns cigarros… E dias são horas e muita horas são muitos minutos… mais um
maço que se foi…Não sinto barulho! Gosto escutar o ruído, mas é o silêncio que
mais me cativa! Gosto do sol mas é a sombra que me convence; gosto de cores
vivas, mas são os neutros com que mais me identifico; gosto do Calor, mas é do frio que mais sinto
falta, quando este me faz falta…Gosto de muitas pessoas, mas é de mim que sinto
mais falta, quando me junto a elas… Acendo mais um cigarro, mas não consigo
pensar, está tanto ruído ! É esta nudez que nos desarma as conchas molhadas
pelo mar , das brisas mansas que nos desnudam as asas com uma pequena fresta de
Luz a cada palavra que gera uma síntese…
terça-feira, 3 de março de 2020
Esta nossa vida apenas é uma peça de teatro, uma peça de teatro sem guião escrito…Desde que se nasce até morrer. somos nós que escrevemos esse guião , minuto a minuto, hora a hora, dia a dia renasço da criança que fui para o ser quem sou e atua nesta peça sem compasso , finjo-me alegre e cheio de vida...Mas o pano sobe e desce ao sabor dos anos, antes adolescente que se transformava em sonhos e miragens, hoje.. vivo amores de desamor, alegrias e tristezas...O pano sobe e desce ao sabor dos dias, mas em adulto me tornei e meus sonhos tentei realizar!!! Alguns consegui, outros nem por isso , o guião vai somando paginas de vida, páginas de alegria, páginas de tristeza, são momentos de desalento, momentos de esperança, mas a cada página um ano de vida um suspiro de criança que me eleva e me transporta até ao que cheguei nos dias de hoje.... Poderia ter desempenhado melhor o meu papel? Esforcei-me o suficiente para merecer esse papel? Que guião me reserva ainda a vida? Quero saber será possível ou impossível saber?? Apenas sei que desejo escrever ainda mais algumas páginas, páginas onde não escreva os mesmos erros e onde não encontre tristezas, para um dia os meus filhos se deleitem com o que vivi ... Tudo isto não passa de desejos, pois o guião é escrito a cada minuto neste teatro de mascaras que a vida nos impõe
domingo, 1 de março de 2020
Quando
eu for um sonho de anjos transparentes no cais da minha madrugada, arrastem-me
na sombra das minhas águas, para um porto irrequieto no infinito das vossas
noites. Transformem-me no vitral que emoldura os tédios, na verticalidade das
nossas misteriosas cores, que transportam o seu estranho vulto, numa
consciência ausente onde os ventos de agitam na floresta dos silêncios.
Abram-me a porta por onde entram as brisas que falam de mim, perfumando o salão
da minha alma, entoando alegrias orvalhadas, num cortejo de violinos tecido
pelos teus dedos nesta escrita atrapalhada....Deixo aqui o vulto do meu olhar
imóvel de lábios frios que procuram a sedução no silencio das horas mortas da
intensidade dos entardeceres pois serei sempre , mas sempre uma metáfora
escrita no inconsciente da alma iluminada pelas estrelas de cortinas de
saudade, no claustro de uma noite que se junta ao nevoeiro incógnito.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
Sabem
quando o amor acaba? Ele acaba quando poesia desiste dos olhos, quando uma
janela se torna janela apenas, quando as estrelas são apenas pontos no céu;
quando o sonhar se faz tão-somente no intervalo entre os dias… O amor acaba
pela reincidente aridez dos olhares, pelos laços que endurecem, pelos espinhos
que se cativa, e pelas ferida que se cultivam… A distâncias que nascem entre
nós e a vida, entre nós e o outro são a resposta!!! E o que dizer do amor que
jamais morreu por não ter fim mas que hoje deixou de ser? Qual é a linha, a
palavra ou a essência que traça o limite entre o que éramos do que não mais
seremos? Talvez o amor só deixe de ser por nunca ter sido o que havia de se
tornar: amor…Sei que não faço poesia, o
que escrevo não tem o timbre de outros tempos e que quando a minha alma adoece,
este mundo padece de dor, e tudo em redor se desmantela como castelo de cartas
em dia de vendaval. Não faz mal, um dia a luz virá e do nada surgira de novo o
caminho que desconheço o destino! Perdi-me do tempo em que facilmente
encontrava o caminho hoje em mim reina apenas silêncio...Deus é mudo eu sou
apenas seu seguidor…
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
Hoje sei...É apenas aqui que olho o meu céu particular, onde me
permito voar através das palavras! Sei que sou só um humano desajeitadamente
intenso que escuta o silêncio… Sinto um esvoaçar de asas trémulas e cintilantes
no meu rosto. Talvez seja apenas o respirar, compassado com a batida no meu
peito. Mas!!! Ergo o rosto e uma brisa harmoniosa invade-me a pele... Talvez
sejam umas mãos que me estejam a tocar de novo, num toque macio e arrebatador,
com ânsias de carinho e proteção. Levanto-me e sigo na direção do luar. A sua
luz preenche-me e aquece-me a alma. Sim, talvez seja a ilusão quem me lê por
inteiro, e me despe de rodeios e me namora às escondidas…Talvez seja apenas um
sorriso , que esboça-se pela última vez na forma de uma estrela cadente a passar
, para me embelezar a noite e colorir o rosto, que se tornou cinzento desde a
vida vivida outrora… Hoje se eu voltar a sonhar serei a tinta, outro alguém a
tela; hoje se eu for a chuva , outro alguém será a minha aguarela; hoje se eu
sonhar serei apenas o sal, outro alguém a areia branca, onde eu me transformo
em mar numa longa maré cheia... Hoje se escrevo a voz do coração, numa carta
aberta ao mundo, então é porque sou o espelho da `emoção num olhar profundo,
onde nascem as palavras que vivem dentro de nós, escondidas ,em florestas de
silêncio, permanecendo assim, presas no meu corpo e na alma...Tenho palavras em
mim mas não as sabem ler ... Palavras que não tem coragem de se auto pronunciar
no tempo e no espaço próprio...Era ai que elas fariam a diferença abismal entre
o som e o silêncio... Hoje tenho em mim palavras cansadas de não acontecerem,
palavras agitando-se num grito inaudível... palavras que o tempo vai calar ...
sábado, 22 de fevereiro de 2020
Hoje sinto a minha casa ruir. Há quem diga que só com o tempo é que elas se desgastam mas quanto elas ruem o barulho da rua torna-se ensurdecedor! Sinto que a minha casa ruiu pelas palavras que não pude dizer e nas que não pude ouvir. Hoje sei que a minha casa ruiu pelos motivos dados e pelos motivos que não foram dados e esquecidos no silêncio. De mim apenas ruínas, foi isso que restou. Ruínas. Pedras soltas, empilhadas com meia dúzia de alicerces intactos segurando pouca coisa ... Apenas me pergunto de que vale toda a firmeza de mim demonstrada quando já ruiu parte da minha vida , pouco há para erguer , tudo parece que ruiu. Posso ter passado tempo demais a dizer o quanto amava , sem explicar que no meu mundo estava muita coisa assente, também, em pilares de afecto e amizade. Hoje valorizo mais uma palavra, um gesto, um retorno! Qualquer coisa, na verdade... Foi essa a minha espera em tanto tempo A minha casa já ruiu, pobres alicerces que caíram , há espera da força de um amor eterno. Fiquei eu e ela destruídos e sós, entre alguns alicerces que apenas se curvaram e outros que se mantiveram firmes, mas poucos!! Mas já pouco importa quando o pilar é central, nenhuma casa sobrevive . Na verdade tenho vontade de agradecer aos ventos, com ironia, dizer-lhes até podem matar-me a alma. que eu estou bem. Só que o vento ia rir-se de mim!!! Como sempre, ia esquecer-se das minhas palavras… E não ia devolver-me a minha casa… Porque os meus alicerces cederam e eu sou ruínas de mim. Hoje concluo que em alguns momentos na minha vida, colori a vida de terceiros, mas sinto que agora que tanto preciso não consigo colorir a minha! Precisava de não me sentir assim mas!! Completei tanto os outros, que agora nem me vêem …É no meio destas letras , historias , brisas e rabiscos que me torno eterno, que me reestruturo ! Posso até parecer que repouso entre a sombra da vegetação que idealizo na minha imaginação mas é na alma que tudo à minha volta se transforma, se renova ... Abro a porta, e saio desta casa em ruínas, deste ínfimo e restrito compartimento que a alma me concedeu…
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Hoje como todos vocês, sou completo, quando as minhas metades se unem para
juntar forças, metades que vivem em dois mundos diferentes ...Num sou doce e
guerreiro , noutro apenas sonhador...Fico refém da minha consciência onde
os segundos se fundem e minutos que se perdem nas horas que sucumbem em
momentos coloridos com palavras… Se a vida fosse um livro, haveria destinos
escritos, concretos, percursos delineados com causa e consequência
anunciada! Mas !! O que fazer, quando estes dois se juntam!!!?? Não
sei pintar…Apenas me sei definir com rabiscos desordenados, fragmentos
desconexos, que milhares de vezes assumo como
sentidos! É assim, que muitas vezes somos assaltados nas
nossas memorias, escolhas e lembranças ! Seguramos nossas emoções, sem
pensarmos que possam nos prejudicar em algum momento. Quando esse sentimento
chega, não adianta escondermos, ele logo irá transparecer em nossos gestos, e
maneira de agirmos. Cada pessoa terá um modo em expressá-los, seja em um olhar,
ou em uma palavra. O sentimento de amar é o mais sublime que possa existir.
Amar com respeito e dignidade, não deixar a vulgaridade adentrar e nos tornar
seres fáceis aos olhares a quem nos observa. Em algum momento da vida, todos
nós amamos e sentimos nossos corações chegarem ao limite dos batimentos
cardíacos. Cada vez que esse sentimento se apossa, todos os nossos movimentos
se tornam maleáveis e se soubermos com respeito, conduzi-lo em união mútua de
amor e sinceridade, seremos seres amados e respeitados. Uma das coisa que acho
mais fascinante e Interessante, no ser humano é o coração, mesmo
partido continua batendo e a pulsar...
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Hoje
sinto-me retido, como se estivesse preso
a uma plateia onde o espectáculo é a
noite, por mais que esse palco mude os atores são sempre os mesmos… E agora o
que faço? Espero que as luzes da
rua acendam ou mantenho o caminho por ruelas mal iluminadas… Como é bom nos
sentirmos felizes, é ai que o tempo parece não tem passado nem futuro, não
existe nem há limitações. Neste tempo sentimos o desejo de o fazer parar,
alcançar um apogeu que nos proteja do tempo futuro. De um modo que não
compreendemos, sabemos que o poder do tempo depende em certa medida de algo que
existe nas nossas mentes. Mas o que é que possa ser esse algo, é coisa que não
sabemos, sim como não sabemos o modo de o alcançar intencionalmente… Talvez o
amor seja um Dom ou uma graça dos Deuses, assim como o tempo também, demasiado
real, demasiado precioso, e as vezes nem imaginamos como temos muito pouco
tempo…Hoje sinto-me retido, mas não pensem que estou cansado ou confuso…Nada
Disso! sinto-me sim absorto a tudo, ao tempo, ás horas, aos compromissos dos
dias que nos fazem pessoas de verdade. A vida ensinou-me que há pessoas de
verdade e pessoas de mentira. Juro que
ela nos ensina isso mas também nos comprova que as pessoas de mentira quase
sempre vencem as pessoas de verdade. Não sei se estou triste por ser uma pessoa
de verdade, ou se por não conseguir ser uma pessoa de mentira… É ai mesmo que
me sinto retido entre a verdade e a mentira , esse degrau que ninguém assume e
tenta transpor sem lhe tocar , talvez por acharem que a realidade pode ser apresentada melhor se
fantasiada um pouco, e aí a mentira é quase inocente, assemelha-se a um
desejo ou a um sonho, não devemos subjugar o valor destas pessoas por isso.
Mas será que podemos dizer que a mentira é como uma pele seca, que uma vez
descoberta, deve apenas ser deitada fora? Não será isso ensinar o caminho do
céu enquanto percorremos cegamente, o caminho para o inferno? São perguntas que
não sei responder mesmo… Mas tento e isso faz-me ficar no degrau sem saber de
subo ou desço ….
sábado, 8 de fevereiro de 2020
Hoje sinto que
me escondo das palavras, esqueci-me do verbo que me despe as roupas e veste na
saudade a lua minguante …Esqueci-me dos socalcos da maresia que em mim
sussurram a falésia do olhar, cegueira
da lua branca, nua que ilumina esta
praia de silêncios…O que posso eu fazer com as palavras, no meio de tanta indiferença?
O que posso fazer com os sorrisos se estes não cabem nas gavetas? O que faço
com as palavras que tentei escrever, pergunto-vos, alguma vez se sentiram
presos à liberdade de outra pessoa? Essa é uma liberdade que nos pode empurrar para
a luz quando o nosso corpo respira sombra. Hoje reflito sobre o medo, e ele pode
ser feroz. Invade as artérias da nossa casa como uma lâmina
afiada cortando a esperança pela raiz…É como a água a desbravar caminhos,
derruba defesas e passa. O medo senta-se à nossa mesa dorme na nossa cama
grita-nos ao ouvido até obrigar a alma a sair apropriando-se do corpo,
silenciado a voz. Hoje uma "desconhecida", enquanto reparava uma
linha ténue de vida, achou por bem agarrar-me nas mãos cheias de
ansiedade e com a sua voz uniu-as para que se ouvissem de
repente como se de mais não precisasse a esperança choveu-me
inteira nos olhos. Não sei quem ela é nem se algum dia as nossas
linhas se irão poder cruzar mas imaginei-a de corpo inteiro alma limpa e
ensinou-me que ainda somos Alma. Habitamos um corpo para que haja gestos!!!Eu
sei que mora em mim uma força desconhecida, que alimenta moinhos da
imaginação, faz mover as folhas das árvores como se fosse uma brisa silenciosa
que se propaga pelo infinito, não consigo explicar este mistério que brota nos
meus silêncios sob a forma de palavras, frases, pensamentos,
sensações...Mas!!! Tenho medo da incongruência do vazio, que me
invade quando nada tenho a dizer…Se colocar a minha armadura ai sim irei mostrar como sou forte, e como qualquer ser humano , posso me tornar incontrolável e quando assim estou tenho sempre algo a dizer!
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Hoje peço-me
desculpa por cada segundo em que meu
pensamento não se inventa de novo . Não sei como se faz para esquecer, desvalorizar e
esconder…Conheço algumas palavras mas não conheço palavras mágicas que transformam as saudades
em passado ou apenas o passado em saudades…Hoje sinto saudades dos meus ente
queridos, não consigo esquecer o sorriso deles, vejo , revejo em meus
pensamentos a luz que os seus rostos passaram para mim. Será possível sentir os
seus abraços em mim, como se fossem agora vivido? Será uma ilusão esta suave
recordação que se vestiu de azul e me coloriu os céus como quem pinta um
arco-íris? Quero os segundos de uma
vida, ainda que apenas sonhada nas minhas horas vazias. Quero os sentidos
provocados pelas emoções que permanecem mesmo depois do sol se esconder …. Não
é no sonho que somos perfeitos, não! Há que vivê-lo… A alma solta-se e procura
no sótão da nossa memória tudo aquilo que foi dito, feito e sentido, para que o
sonho seja perfeito. Ela vagueia pelas frases ditas em silencio, pelos gestos
trocados na solidão, pelo sentimento que nasce do nada mas que se faz luz na
escuridão da noite…Hoje peço-vos desculpa, mas , Inventem comigo a magia e
doçura do amor que se esgueirou das nossas mãos …Deixem-me dar-lhes vida, a
todos os céus que o reclamaram, e cortaram as batidas do coração! Ergam os braços e
juntem-se a mim, nesta praia de sentidos, deserta em que o mar é o sonho e a
vida a poesia que a aurora roubou …Peço-vos desculpa mas !! há horas que o
coração chora, há silêncios de ausências , há caminhos de desejos, sentidos despertos,
arrepios que se transformam em olhares, sorrisos sem milícias, memorias onde se
reinventa o amor que jamais o deixamos de sonhar…Eu sei e peço desculpa. Se me
perco nas entrelinhas que só eu sei ler… Nestas frases escondidas , que parecem
um fado que se canta ao ritmo de uma lágrima , nos sonhos que acabam nos meus pés. Peço desculpa Pai, mas ainda vives em mim, no silêncio que a minha voz
cala, para mais ninguém magoar, vives em
mim, nos segundos que os ponteiros do relógio se esqueceram de marcar as minhas
emoções, que sinto e nos desejos que sempre tive para revelar...
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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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Hoje reflito com o pensamento de como juntar, aproximar quem se afasta, sinceramente não sei. Apenas sei que é o amor aproxima, que as div...
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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...