sexta-feira, 27 de março de 2020

Hoje olho para o céu calmo, claro, infinito e fico a imaginar como seria o mundo sem os suspiros contidos entre pessoas em suas infinidades, gostos, tendências e sentimentos. Há pessoas, principalmente aqueles, que se aventuram a escrever,  que , vêm o mundo e as coisas muito além do que elas se apresentam e exteriorizam o seu sentir em palavras que nos surpreendem pela profundidade de alguns detalhes que, não raras vezes, nos passam despercebidos. Há contadores de historias que, formam outro grupo de pessoas interessantes por criar atmosferas de puro encantamento. E há os comentadores , que nesta fase do Covid-19 ,  pandemia que não escolhe ricos e pobres, brincam com as palavras porque elas fluem despreocupadamente sem necessidade de objectivarem algo, apenas adjectivando com o seu vigoroso exercício critico que o humano tem na sua relativa criatividade…O que está esta sociedade a fazer, pergunto eu quando os diálogos deveriam apenas estreitar laços de amizade e experiências vividas…  Nesta altura de incerteza as pessoas tem latente no seu âmago apenas as suas inclinações e o seu modo , ou tendências, é necessário estarmos todos atentos a todas as adversidades porque ao avançarmos com a idade , podemos ser mais sábios  mas também ficamos mais vulneráveis ja que os sulcos do nosso rosto deixaram a juventude para trás …Não estou a dizer que nos devemos aprisionar nem viver de lamentações, temos sim que nos preocupar com o que ainda seremos e sobre como poderíamos estar bem! Se neste momento tão único das nossas vidas não deixarmos de fofocas ,   ignorarmos a arrogância  de julgar os outros tão humana,  não poderemos dizer muito mais que a celebre frase “ Quanto mais soubermos sobre não existir , mais dispostos estaremos todos  apenas em Morrer”

segunda-feira, 23 de março de 2020

Hoje ouvi os deuses, choraram ao nascer do dia , senti uma voz entoar nas águas desse choro um canto um poema de pássaros imaginários de mágoas que deslizam e escorrem para o papel ...Hoje sou um trovador e nas sombras senti anjos a verter lágrimas de uma alma lavada , purificada em palavras coloridas de sangue embriagado que escrevo ao rasgar os céus!!! recebo este mar que me banha de angustias , que me rodeia de velas , mastros que a chuva e o vento agitam no silêncio!! Retoco os meus silêncios , desvendo mistérios ocultos da alma, fico nu, desnudo-me ao expor-me em palavras que fluem em linhas direitas, alheias, ao meu próprio ser que transpõe fronteiras, que desliza em sentimentos, na força de um encontro em silêncio!!!As palavras vibram, estremecem, ganham vida, formam-se verbos e metáforas num pálido papel que ganha vida , não o julgues não sei se é belo mas sinto a sensibilidade expressa nele... Não tentem decifrar-me apenas tentem sentir as palavras e deixem-nas envolver-vos como se de um abraço se tratasse!!

quarta-feira, 18 de março de 2020

Hoje as ruas estão desertas de amantes de esquina,  pobres pessoas que escorraçadas nem sabem bem pelo quê, vem ao longe o jardim imóvel como uma estátua ao abandono esperando o próximo Dia !! Hoje escrevo com a certeza que as palavras de repente fogem, ganham vida própria, correndo pelos seus caminhos …Começamos a escrever uma coisa, mas quando  damos conta as palavras deixam de obedecer ao nosso pensamento, não é que soltemos as suas rédeas por assim estar definido, as palavras é que ganham destino próprio e não conseguimos conte-las ! Sejam palavras escritas ou faladas elas levam perigosamente sentidos que mais cedo ou mais tarde se soltam…É possível através do silencio comedido domar a voz e as palavras, mas!! Palavras escritas tornam-se completamente impossíveis de serem domadas, seja por escritores ou não, duvido que alguém consiga levar a cabo as suas linhas sem que estas tenham dado ziguezagues e mais voltas, transformando-se em algo apenas parecido com o desejado! No nosso texto temos sempre uma idealização que muitas vezes não se consegue firmar sem que o desfecho não altere o sentido desejado. Moral da historia, a escrita de cada um  acaba sempre por criar vida própria que nos acaba por alienar, cada autor , ao seu texto.  É como se fosse um grito, que viaja pelas ondas do espaço, contando lugares longínquos e vai avançando, ruidosamente pelas fendas das ruas , praças , invadindo casas assustando as pessoas levando pensamentos a todos os lugares e a todos os seres… Tenho em mim o grito , essa palavras medrosa, desesperada, muitas vezes arrogante, outras vezes forçada, encurralada na euforia da salvação , que a rouquidão esconde, das guerras , dos gritos de todos os sonhos que o ser humano ainda leva em silêncio para um dia gritar… Fechem-se apenas no grito da voz aguda da exclamação sonora , do pedido de socorro que penetra em cada um dos voluntários espontâneos que todos somos, embriagados pelo medo, desespero, onde  nos fazermos tentar ouvir  no alto do cume da montanha , mas todos nós sabemos que a montanha não exprime sentimentos , é um corpo nu que se veste de luz e entra pelas nossas persianas da vida trazendo as folhagens que decora o meu quintal…

quinta-feira, 12 de março de 2020

Hoje dancei nos rumores dum corpo…Desenhei a febre nostálgica das palavras que esculpi no olhar.  Habitando um jardim sem estações descalcei as águas do tempo nos espelhos da contradição que germinam as sementes do meu olhar… Fiquei sem nada, levei as mãos aos bolsos e nada sobrou a não ser poemas e palavras sem entoação! Este é o retrato de um homem quando já não é Jovem,  existe memorias de barcos de infância que navegam sobre os ramos inquietos que se despregam das folhas amarrotadas de uma vida. Os anos vividos são degraus e esta vida uma escadaria , a porta de entrada enorme e não há forma de a fechar,  entram raios de sol, astros, anjos, sonhos , vendavais mas tudo entra na escadaria…Degrau a degrau a ascensão é lenta, e pintar os céus era o meu sonho, insana mente !! Que chega a ser mais forte que as cores que pinto, um ilhéu pequeno quando tudo o resto é grande, até o tédio, a vida, os das são enormes com as noites mais compridas…O mar esse é feroz , rude ou sereno, como um narcótico, como um desejo que tento prenunciar com esta voz enrouquecida , quase sobrenatural que a solidão eleva como se dum farol eu me tratasse ! É verdade…É que eu, sou do tempo em que haviam amoras nas bermas das estradas, sou do tempo em que os morangos cheiravam na boca,  os frutos amadureciam nos ramos das árvores, e os primeiros versos envergonhados de amor  eram escondidos nos cadernos da escola…Éramos puros, naquele tempo! E hoje ?

domingo, 8 de março de 2020

Hoje digo-vos , em tempos cheguei a ter à porta do meu quarto vazio as malas feitas! Dentro delas abriguei o coração por estar cheio e demasiado cansado mas, já me habituei a conviver com o seu peso, nem eu o noto já… Porém continuo a imaginar que tenho um sorriso nos lábios pois eu já tive as malas feitas mas não tinha nenhum destino. Parece ridículo imaginar-me ir embora outra vez…Chego a sentir essa vontade de virar costas ao passado… Mas hoje sei que as malas feitas sempre foram uma promessa…Nada Mais! Uma promessa de que a seguir virá algo…Talvez melhor ! Ainda que essa promessa seja apenas mais uma mentira que nem sequer vou querer ou conseguirei ouvir. Como somos estranhos, fazer as malas, faz-nos felizes !!! Imaginar-mos apanhar um novo trajecto, ir embora sabendo que não voltamos. Faz-nos felizes deixar para trás os lugares onde não somos felizes. Mas eu já tive as malas feitas à porta, o quarto vazio e a melancolia do que estava a deixar para trás. Sensação de que estava a fugir. Estava a fugir de mim. As minhas malas, a minha bagagem sempre foi de recordações e não de pessoas. Porque levo comigo apenas o que me tocou a alma e não aqueles que tentaram anular-ma. È verdade há anos que deixei as minhas malas feitas mas o meu quarto está cheio…Não é por querer ir-me embora! É porque fiquei acorrentado ao passado . Sabem porque fiquei acorrentado? Apenas posso dizer que sinto saudades do passado, sim do passado que aconteceu há anos e do passado que aconteceu há minutos atrás. Tenho saudades do passado porque o presente não dura e o futuro é incerto. Odeio o incerto além disso, tudo o que tenho, são apenas as malas feitas e lugares onde ainda não tentei ser feliz

quinta-feira, 5 de março de 2020

Hoje  posso partilhar que até tenho tido sonhos, como quem salta para as nuvens, viaja pelo céus, mas eu  nunca desembarco fico sempre flutuando lá... Eu chego a procurar nos céus mesmo quando este entra em erupção,  inflama e arde a vegetação que fica em baixo e mim...eu tenho sonhado, com brisas frescas de verão, acabo sempre por escorregar , meu corpo vira gelo como um destruidor do paraíso...Sob implacável, céu rico, sinto os anjos a passar por mim, quando a inteligência em mim invoco, e como agora é difícil fazê-lo... Mas com o tempo tudo se resolve e ser humano é amar, e mesmo quando for demais eu não estarei pronto para desistir...Cada respiração se torna uma oração, há dias que o coração bate assim,  fumo mais um cigarro, é como se, a ansiedade tomasse conta de nós, ficamos confusos , deixamos de saber distinguir o que podemos e o que não podemos…Passam dias e mais uns cigarros… E dias são horas e muita horas são muitos minutos… mais um maço que se foi…Não sinto barulho! Gosto escutar o ruído, mas é o silêncio que mais me cativa! Gosto do sol mas é a sombra que me convence; gosto de cores vivas, mas são os neutros com que mais me identifico;  gosto do Calor, mas é do frio que mais sinto falta, quando este me faz falta…Gosto de muitas pessoas, mas é de mim que sinto mais falta, quando me junto a elas… Acendo mais um cigarro, mas não consigo pensar, está tanto ruído ! É esta nudez que nos desarma as conchas molhadas pelo mar , das brisas mansas que nos desnudam as asas com uma pequena fresta de Luz a cada palavra que gera uma síntese…

terça-feira, 3 de março de 2020

Esta nossa vida apenas é uma peça de teatro, uma peça de teatro sem guião escrito…Desde que se nasce até morrer. somos nós que escrevemos  esse guião , minuto a minuto, hora a hora, dia a dia  renasço da criança que fui para o ser quem sou e atua nesta peça sem compasso , finjo-me alegre e cheio de vida...Mas o pano sobe e desce ao sabor dos anos, antes  adolescente que se transformava em sonhos e miragens, hoje.. vivo amores de desamor, alegrias e tristezas...O pano sobe  e desce ao sabor dos dias, mas em  adulto me tornei  e meus sonhos tentei realizar!!! Alguns consegui, outros nem por isso , o guião vai somando paginas de vida, páginas de alegria, páginas de tristeza, são momentos de desalento, momentos de esperança,  mas a cada página um ano de vida um suspiro de criança que me eleva e me transporta até ao que  cheguei nos dias de hoje.... Poderia ter desempenhado melhor o meu papel? Esforcei-me o suficiente para merecer esse papel? Que guião me reserva ainda a vida? Quero saber será possível ou impossível saber?? Apenas sei que desejo escrever ainda mais algumas páginas, páginas onde não escreva os mesmos erros e onde não  encontre tristezas, para um dia os meus filhos se deleitem com o que vivi ... Tudo isto não passa de desejos, pois o guião é escrito a cada minuto neste teatro de mascaras que a vida nos impõe

domingo, 1 de março de 2020

Quando eu for um sonho de anjos transparentes no cais da minha madrugada, arrastem-me na sombra das minhas águas, para um porto irrequieto no infinito das vossas noites. Transformem-me no vitral que emoldura os tédios, na verticalidade das nossas misteriosas cores, que transportam o seu estranho vulto, numa consciência ausente onde os ventos de agitam na floresta dos silêncios. Abram-me a porta por onde entram as brisas que falam de mim, perfumando o salão da minha alma, entoando alegrias orvalhadas, num cortejo de violinos tecido pelos teus dedos nesta escrita atrapalhada....Deixo aqui o vulto do meu olhar imóvel de lábios frios que procuram a sedução no silencio das horas mortas da intensidade dos entardeceres pois serei sempre , mas sempre uma metáfora escrita no inconsciente da alma iluminada pelas estrelas de cortinas de saudade, no claustro de uma noite que se junta ao nevoeiro incógnito.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Sabem quando o amor acaba? Ele acaba quando poesia desiste dos olhos, quando uma janela se torna janela apenas, quando as estrelas são apenas pontos no céu; quando o sonhar se faz tão-somente no intervalo entre os dias… O amor acaba pela reincidente aridez dos olhares, pelos laços que endurecem, pelos espinhos que se cativa, e pelas ferida que se cultivam… A distâncias que nascem entre nós e a vida, entre nós e o outro são a resposta!!! E o que dizer do amor que jamais morreu por não ter fim mas que hoje deixou de ser? Qual é a linha, a palavra ou a essência que traça o limite entre o que éramos do que não mais seremos? Talvez o amor só deixe de ser por nunca ter sido o que havia de se tornar: amor…Sei que não faço  poesia, o que escrevo não tem o timbre de outros tempos e que quando a minha alma adoece, este mundo padece de dor, e tudo em redor se desmantela como castelo de cartas em dia de vendaval. Não faz mal, um dia a luz virá e do nada surgira de novo o caminho que desconheço o destino! Perdi-me do tempo em que facilmente encontrava o caminho hoje em mim reina apenas silêncio...Deus é mudo eu sou apenas seu seguidor…

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Hoje sei...É apenas aqui que olho o meu céu particular, onde me permito voar através das palavras! Sei que sou só um humano desajeitadamente intenso que escuta o silêncio… Sinto um esvoaçar de asas trémulas e cintilantes no meu rosto. Talvez seja apenas o respirar, compassado com a batida no meu peito. Mas!!! Ergo o rosto e uma brisa harmoniosa invade-me a pele... Talvez sejam umas mãos que me estejam a tocar de novo, num toque macio e arrebatador, com ânsias de carinho e proteção. Levanto-me e sigo na direção do luar. A sua luz preenche-me e aquece-me a alma. Sim, talvez seja a ilusão quem me lê por inteiro, e me despe de rodeios e me namora às escondidas…Talvez seja apenas um sorriso , que esboça-se pela última vez na forma de uma estrela cadente a passar , para me embelezar a noite e colorir o rosto, que se tornou cinzento desde a vida vivida outrora… Hoje se eu voltar a sonhar serei a tinta, outro alguém a tela; hoje se eu for a chuva , outro alguém será a minha aguarela; hoje se eu sonhar serei apenas o sal, outro alguém a areia branca, onde eu me transformo em mar numa longa maré cheia... Hoje se escrevo a voz do coração, numa carta aberta ao mundo, então é porque sou o espelho da `emoção num olhar profundo, onde nascem as palavras que vivem dentro de nós, escondidas ,em florestas de silêncio, permanecendo assim, presas no meu corpo e na alma...Tenho palavras em mim mas não as sabem ler ... Palavras que não tem coragem de se auto pronunciar no tempo e no espaço próprio...Era ai que elas fariam a diferença abismal entre o som e o silêncio... Hoje tenho em mim palavras cansadas de não acontecerem, palavras agitando-se num grito inaudível... palavras que o tempo vai calar ...

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Hoje sinto a minha casa ruir. Há quem diga que só com o tempo é que elas se desgastam mas quanto elas ruem o barulho da rua torna-se ensurdecedor! Sinto que a minha casa ruiu pelas palavras que não pude dizer e nas que não pude ouvir. Hoje sei que a minha casa ruiu pelos motivos dados e pelos motivos que não foram dados e esquecidos no silêncio. De mim apenas ruínas, foi isso que restou. Ruínas. Pedras soltas, empilhadas com meia dúzia de alicerces intactos segurando pouca coisa ... Apenas me pergunto de que vale toda a firmeza de mim demonstrada quando já ruiu parte da minha vida , pouco há para erguer , tudo parece que ruiu. Posso ter passado tempo demais a dizer o quanto amava , sem explicar que no meu mundo estava muita coisa assente, também, em pilares de afecto e amizade. Hoje valorizo mais uma palavra, um gesto, um retorno! Qualquer coisa, na verdade... Foi essa a minha espera em tanto tempo A minha casa já ruiu, pobres alicerces que caíram , há espera da força de um amor eterno. Fiquei eu e ela destruídos e sós, entre alguns alicerces que apenas se curvaram e outros que se mantiveram firmes, mas poucos!! Mas já pouco importa quando o pilar é central, nenhuma casa sobrevive . Na verdade tenho vontade de agradecer aos ventos, com ironia, dizer-lhes até podem matar-me a alma. que eu estou bem. Só que o vento ia rir-se de mim!!! Como sempre, ia esquecer-se das minhas palavras… E não ia devolver-me a minha casa… Porque os meus alicerces cederam e eu sou ruínas de mim. Hoje concluo que em alguns momentos na minha vida, colori a vida de terceiros, mas sinto que agora que tanto preciso não consigo colorir a minha! Precisava de não me sentir assim mas!! Completei tanto os outros, que agora nem me vêem …É no meio destas letras , historias , brisas e rabiscos que me torno eterno, que me reestruturo ! Posso até parecer que repouso entre a sombra da vegetação que idealizo na minha imaginação mas é na alma que tudo à minha volta se transforma, se renova ... Abro a porta, e saio desta casa em ruínas, deste ínfimo e restrito compartimento que a alma me concedeu…

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

 Hoje para todos vocês que querem falar de sentimentos, peço-vos que retirem as máscaras do “ eu”, para conseguirem relembrar momentos e desarmar por completo, um abraço mesmo que este seja  agora apenas de uma mão e  imaginário… Conhecendo-me como sou, e acreditem que de visionário nada tenho, sou capaz de passar por cima  de meus orgulhos, deixando coisas banais de lado, valorizando apenas as razões existencialistas de quem partilha os seus pensamentos e tem algum propósito nesta vida…Mas!! Alguns dos mais sépticos até podem perguntar, por quanto tempo podemos viver assim como eu, vagueando pelo deserto sem paisagens efectivas pessoais . Eu vos direi que não sei, mas nunca me acusem de não interagir com quem me Lê …Estão redondamente enganados! Se os tempos mudam as pessoas também por isso temos de aprender a mudar com eles. Não importa quanto estamos preparados para elas,  o quanto resistimos às mudanças, antecipamos momentos…Sabem do que tenho saudades? Saudades daquelas pessoas que não são inconvenientes, daquelas que sabem a hora certa, que não tem pressa e que possuem boas palavras. Daquelas outras que entendem expressões faciais, que sabem quando estão sendo ou não agradáveis… Sabem quando queremos muito estar com alguém, mas inventamos uma desculpa para ir embora , nos retraímos por impulso…! Então, são dessas pessoas que eu tenho saudades. Saudade das pessoas que entendem o que está acontecendo sem eu precisar dizer nada. Saudade de conversas banais, sobre qualquer situação alheia, mais ainda, saudades de quem sabe conversar sobre assuntos específicos, bagagem de conhecimento e informações. Saudades de pessoas que te ensinam e fazem-te mudar de ideia, mudar teu ritmo de vida, de quem te muda para melhor. Saudades de pessoas que te deixam à vontade, mas não tanto. Saudades de pessoas que te conquistam de verdade, na amizade, no carinho  no dia-a-dia. De quem te apoia em decisões difíceis, ou em fáceis escolhas. Saudades de tudo isso, em apenas uma só pessoa...

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...