terça-feira, 11 de agosto de 2020

Hoje numa mera infinidade, sem  tempo de espera, assisto ao encontro de rios, com os 7 mares . É nesse encontro que as pessoas vivem histórias, ajoelhando-se perante o infinito para o derramar de lágrimas, sem se  redimirem …Como se a água salgada dos mares distantes prostituísse e  inundasse os olhares ! Não vejo  futuro, os climas  enfrentam-se, disputam a fonte do calor e a certeza do frio constante nas palavras que escrevo. É neste assalto repentino, que vejo desenhada as memórias rápidas de projectos sonhados, desenho nas minhas memorias lentas  rios, mares que se cruzam, viagens impossíveis que se desfazem em átomos… Esqueço a poeira, escrevo romances, musicas que ninguém escuta!  Como poderei eu dançar este som que a minha vida gera? Olho o Sol e a grande audácia da sua luz, eis que as palavras fazem-me sentido,  muitas vezes estar na solidão, é um trabalho criativo, e por muito idílico e poético que pareça, desgasta , fere os sentidos dos quais somos compostos…Escrever para mim é como estar num palco, onde rasgamos a alma através do que escrevemos, muitas vezes escrutinados , por olhares , julgamentos, descontextualizados que nos fazem renunciar à escrita… Ou temos alma de Betão ou então metade dos dias ficamos na vala  ardente da escuridão. Mas!! eu tenho muita sorte , faço aquilo que quero e gosto,  embora saiba que existe sempre o lado negro, utópico de colocar-me sempre numa fasquia alta e a excelência aqui, é desvalorizada….

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Hoje conto-vos que como todos os humanos eu também , em muitas situações tento ser mais forte do que todos os medos...Mas !!Nem sempre é-me possível, há fantasmas que me toldam os pensamentos, aprisionando-me na minha própria solidão, que nem o desenho do meu melhor sorriso consegue fazer com que tudo seja natural…Se formos a ver tudo se resume somente à procura de um caminho que não se encontra e a todas as voltas da vida se fecha mais! Eu já tentei ser forte mas cheguei à conclusão que não o sou, tentei carregar sozinho o mundo nos meus ombros mas não consigo de todo fazê-lo. Muitas vezes sentimos-nos assim devido aos apegos seja por coisas,  pessoas, sentimentos, levo-me a perguntar-me e questionar-me sobre a importância de tudo isto na minha vida! Porque será que não posso ser inteiramente livre? Quantas coisas deixei de fazer na minha vida por cauda de coisas e de certas pessoas? Quanto tempo me falta, quanto tempo terei ainda de investir em limpar, arrumar, e esvaziar as gavetas do cérebro…Quero escutar-me , nem que seja no meu intenso silêncio, quero escutar o meu coração e aprender a ler as lágrimas…Peço um pouco de paz, mesmo a quem nada sente… Repetidamente faço os mesmos erros,  porque quando olho em volta, continuo a ser a mesma pessoa e a ter o mesmo instinto que se resume a ser apenas humano! A vida até pode arrastar-me, privar-me, rasgar-me o destino, mas eu deixarei apenas os meus sonhos morrerem quando o meu grito já não mais entoar e a única vontade latente seja somente desistir , jamais aceitarei morrer pela irracionalidade e pelo egoísmo de quem nunca pensou em mais do que é sim próprio, este é o meu legado…Estamos todos dentro de jaulas , como se deixasse-mos de ser dignos do nosso direito à liberdade, esta é a mensagem que o mundo nos está a tentar enviar, somos apenas convidados e não donos de nada no seu espaço...

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Hoje ando à volta deste amontoado de palavras que viram e reviram no  tacho que fervilha versos de arrepiar. E é de cumplicidade que os ingredientes se envolvem para os  temperos acrescentar o singular paladar que cruza  a fantasia nas mãos que os compõe. A vida pode ser um prato indescritível de prazer, viver é como cozinhar, é um dom de quem o sente e partilha, declamando,  sons que dedilham a melhor melodia na mesa dos afetos ! Acordei muito cedo, vi o sol a nascer com a elegância de uma árvore  em flor, senti a primeira brisa a eriçar-me a pele, fiquei com vontade de apagar o som dissonante que a vida teima em mostrar, como uma voz molhada que esconde coreografias intimas numa pintura  de ultima hora em tela estática. Essa voz é o tempo, é um eco que percorre o meu alpendre sem que esta natureza se renda  á normalidade que o ser humano faz com o estabelecimento de rotinas que leva a que se façam sempre as mesmas coisas da mesma maneira. Esta previsibilidade é o maior problema da humanidade , pois exige que todos ajam , sintam, da mesma maneira o que conduz a uma cegueira enorme …Ninguém está disposto a aprender, A palavra de Ordem hoje, é voltar á dita normalidade, ou á normalidade possível, ou á nova normalidade…Todos que entrem no terço, ou seja, trabalhar um terço e produzir o triplo mas isso não é possível …Quando esta pandemia entrar pelas empresas a dentro , as empresas vão querer continuar a produzir , as crianças a desaprender, os padres a rezar, e a tentar apenas tratar o espirito…Eu não quero que vocês creiam em mim! Crer é supostamente adivinhar e imaginar, quero que optem por respeitar o próximo, sejam críticos, porque a vida não é só degraus no caminho, nem tão pouco é um ensaio para um suposto paraíso , a vida que há é apenas aqui e agora, mão há prémios de consolação nem castigos, ninguém leva consigo uma placa de registo, onde se fará uma triagem entro o céu e inferno… Não vos posso dizer mais pois também nada sei, apenas sei que esta é a nossa única oportunidade de existir, amar e usufruir a oportunidade que nos foi concedida de viver o aqui e o hoje…Para todos os que acham que precisam de um milagre, então procurem-no dentro de vocês mesmos, obrigado por me lerem pois, vocês fazem o meu milagre acontecer …


sexta-feira, 10 de julho de 2020

Hoje caros leitores , curiosos, tomei a decisão de vos entregar as palavras, que entre os dedos vão crescendo e ao mesmo tempo alimentando esta casa ao cair da noite! há horas em que já não conseguimos, sem ajuda, recordar sentimentos que habitam na mais frágil memoria de nós próprios, tanta palavra ao longo dos anos foi jorrando do olhar invadindo o sonho,  tropeçando na esquina do silêncio sufocando e amordaçando o eco da voz que se foi calando…Há palavras que se acumulam como uma cisterna de águas paradas , ácidas que nem raízes deixam germinar! É que nem só as larvas e vermes se arrastam, qualquer corpo sem vida bóia no poço dos medos deixando se arrastar nessa superfície sem fim, cheia de paredes redondas que  por muito que se estenda as mãos, falta-nos sempre os dedos como os poetas. Poetas debitam sentimentos sem dedos nos gestos que se perdem no próprio ato de se doarem …É neste biombo de escrita que a sua verdade se dissolve, não se apertam as mãos , aperta-se a garganta , ergue-se um palácio sobre as águas que todos os dias desabam e ressurgem na praia húmida onde o sol rasteja agarrado ás redes , submerso no céu nublado deste corpo de degraus, todos inclinados em milhares de lembranças que não se repetem!


terça-feira, 7 de julho de 2020

Hoje assisto ás correntes de emoções no meu frágil coração…Olho aquela espuma bravia, que se espalha no areal como uma nuvem ameaçadora, como que a dizer, que em toda aquela imensidão se aglutinam os sonhos de muita gente viva! Engolido pelo horizonte, assisto ao barco sem rumo, tanta gente que embarcou nele,  fico ali a contemplar a sua forma de se agarrar à vida! Este mar é como algumas pessoas, poderoso, arrogante, que mesmo assim acaba por fazer o aconchego da alma ! Mais uma maré que enche esta praia,  espraiando a maresia dos sonhos, percorrendo o universo dos confusos, fico com vontade de me mascarar de pescador, agarrar na mochila e no balde e avançar cheio de fé, deixar a imaginação viajar pelas quebras da maré…Tanta gente, meu Deus, vou esbarrando com outros mascarados, não sei bem de quê, mas levam na ideia promessas de peixe graúdo no intervalo de um cigarro… Ouvi insultos entre dois mascarados, ainda hoje não percebi bem porquê! Ambos  acho, reclamavam a mesma maré, e questionavam-se mutuamente porque se tinham mascarado tive de intervir, relembrá-los que nos tínhamos de fazer acompanhar com as máscaras do tempo…Tantos desencantos ocultos,  sem ombros amigos, para depositar incertezas, vão-nos deixando atormentados, ancorados a este mar que até há pouco tempo se fazia companheiro e nos acolhia nas chegadas e partidas acalmando as nossas loucuras nas praias abandonadas expurgadas de pedaços de areia…Pergunto-me se este mar é apenas água e areal? Serão só as vagas fruto dos ventos? Volto a colocar a minha máscara, como se duma mordaça de tratasse para calar as questões que a nós, humanos, nos vão traindo o que mais de nobre temos para nos fazer seguir mesmo que mascarados,  num Carnaval sem fim...

terça-feira, 30 de junho de 2020

Hoje eu sei que me perco nas palavras , mas , perder-me-ia de qualquer forma, porque na vida há muita perda , até calar e deixar de desabafar se torna uma perda irrecuperável  . Escrever torna-se uma dependência , como uma droga, porque é nas palavras que me acho,   conseguindo assim sobreviver ...Há venenos essenciais e este é um deles, composto por desalentos, emoções, sentimentos que retemos na imaginação saturada e nos escorrem pelos dedos se deixarmos…Não quero entrar em silêncio, não posso deixar o meu coração se calar, preciso que ele se pronuncie de forma clara e precisa, que revele as verdades, e nunca perca a clarividência das minhas palavras, que seja um rio desabrido que viaja para a foz com o seu dever cumprido… Este processo interior, olha carinhosamente para as cicatrizes que são a marca do nosso carácter, todo o conforto interior do ser humano é um processo difícil, é possível acrescentar -lhe leveza e  sentido para o sustentar mais. Estamos todos na corrida da vida e por muito grande que seja o nosso percurso feito, estamos sempre a tempo de recomeçar ou colocar um ponto final onde nem uma virgula cabe! Como todos os que me lêem eu também tenho momentos em que preciso de arrumar a vida e acho que a melhor maneira é começar sempre pelas gavetas de dentro. Hoje como podem ver, perco-me mesmo pelas palavras, estou muito grato a todos os que me tem lido, por saber que há quem valoriza mesmo as minhas palavras, eu tenho persistido em caminhar sempre de frente para a luz, pois só assim consigo aprender com os meus erros e escolher as batalhas que sim valem a pena eu lutar…Sabes Pai, faleceste à 14 anos e ainda sinto que te estou a perder...


quarta-feira, 24 de junho de 2020

Hoje quando todos por um, nos devíamos resguardar em casa , assistimos á perda da nossa generosidade, para com um mundo que está doente, perdido, desgovernado, revoltado… Devemos  fazer o que ao nosso alcance estiver pois só assim conseguimos a união entre a humanidade que só agora acorda ao tentar abrir  mãos da necessidade de afastamento que muito significa para a continuação dos nossos genes e cores pela eternidade fora! Apesar de tudo,  o mundo tem muitos encantos e em nós existe sempre latente a esperança, quando se olha os céus e o seu azul que rasga os raios de sol, o mundo parece estar parando, mas existe uma força dentro de cada coração que fará todos os dias o sol brilhar. Existe tanta vida para além do nosso olhar, existem tantas promessas, tantos beijos, tantos abraços que criam a ponte  da nossa esperança neste mundo cada vez mais vazio  de tudo… Mas nada é em vão, não há uma dimensão absoluta  de nada, até as pedras chegam a crescer , dos sulcos abertos no chão das lembranças inglórias do nosso esforço colectivo. Um dia vamos iniciar, eu sei,  um novo ciclo, num mundo completamente vazio, onde nada será igual, onde a persistência e perseverança será o dom dos residentes …Ainda vamos a tempo, haja “fé” pois tudo poderá ser diferente, apenas reflictam então! O mundo está a mudar, aliás , sempre teve mas não com a velocidade de agora...Este novo paradigma de desindustrialização que evolui para Fast food, faz-nos pensar nos países emergentes, e eu sinto-me cada vez mais submergente! Hoje estou assim, resta-me reflectir também então...


sexta-feira, 19 de junho de 2020

Hoje quando acordei já estavam no cais,  os barcos adormecidos das águas sem vagas… Só ai o olhar ampara o sopro do vento demorado, que arrasta os sussurros primitivos a cada degrau da escarpa navegada! Não há margens aqui onde habito, as calçadas são desertos, íntimos a preto e branco, os candeeiros repousam as mãos famintas na luz  que alumia o artesão a moldar as águas deste mar revolto a baloiçar nas paredes da encosta da minha casa! Não estou a profanar as metáforas, por uma dádiva dos céus, não… Nem tão pouco me agarro à vertigem das sombras que se instalam nas minhas margens, sou fruto de um despiste quase inocente, se for a ver, há tantos como eu,  procurando nas outras pessoas a  felicidade muitas vezes em mentiras e sorrisos falsos rodeados de verdades enganadas de vidas destroçadas em areias movediças que levam e trazem os navios parados nas praias, as barcas vazias de peixe, as redes espalhadas nas margens do areal  dos pescadores por coser…Há miséria e desgraça nas mentiras, vivesse inventando imagens, de sonhos que escutamos em eco nas palavras como se fosse um jogo que quem encontra primeiro vence, mas eu até agora apenas tenho ficado no pódio, encontro sempre em segundo lugar! Posso ate lavar os sonhos, banha-los no pensamento e na espuma perfumada da maresia, que graças à inercia das palavras me acomodo sem partir e sem voar.. Eu sei meus amigos, é preciso soprar na fogueira muitas vezes , mas se ela se apagar não podemos insistir  precisamos novamente de uma acendalha…


segunda-feira, 15 de junho de 2020

Hoje conto o tempo, mesmo que eu deixe de contar os minutos nada deverei ao tempo, sempre vivi na eternidade das situações , foi ai que meu pensar se debateu nas minhas palavras, soando aos meus gritos que eclodiram no caminhar dos meus passos… Jamais negar-lhe-ei o meu esquecimento, todos os seus segundos são sentidos pelos dedos nas contracurvas vertiginosas das minhas palavras , sinto-me deslizar nas lombas dos pensamentos, escuto-os no embate inevitável da minha loucura que jamais entenderei , mas ainda assim acho que merecia ao menos um entendimento diferente vindo de outros minutos! Na verdade são as palavras que deixam o silencio ditar nas nossas mãos vazias, a vaidade dos anos que passaram e passam pelas nossas noites desajeitadas, escuras carregadas de nuvens onde o tempo não sossega nem um minuto mesmo! Hoje estou assim, flutuando nos segundos onde as estrelas viajam cheias de cor adensando o luar , silenciando o vento no chão que reflete a brancura da luz da Lua . Chegamos a uma altura em que o tempo é apenas nós e a noite, num dialogo gelado onde se saúda a coragem de escutar o som do compasso  onde crescemos, desmaiados como uma maré que se insta-la na margem e na nudez das rochas …


sexta-feira, 12 de junho de 2020

Hoje vou falar-vos, dos  desejos calados, que , apenas os olhares trocados confessam, na causalidade dos dias que os compromissos engessam na nossa vontade. Quero falar sem protocolos, percebem! Falar da forma mais inesperada que há,  dos desejos das paixões que ainda não vivi, daquilo que nunca fui e da razão em mim que os sonhos não deixam medir! Amanha quem sabe se ousarei…Se ousarei,  falar em seios quentes e hirtos de desejo por mim, hoje apenas quero falar da viagem do olhar pelo corpo que se contrai em suspiros para esquecer o desejo que nos rasga a pele numa dança de sentidos que não penetra na intensidade dos sonhos…O olhar para mim é a porta da alma, onde não me deixo confundir pelo espaço ou pelo tempo! É um lugar onde o sexo não entra , deixou de fazer sentido, apenas os "sentidos" desdobram-se em palavras,  em telas, fazendo o olhar mover-se como o movimento dos cabelos ao vento! Como por magia, o instante torna-se  pleno,  os sonhos envolvem-se num serpentear sem malícia apenas com ternura de um ato de amor…Sonho com a simplicidade mais profunda da fantasia sem rosto,  os pensamentos são assim mesmo…parecem um muro feito de pedras encaixadas umas nas outras… Algumas, alisadas pelas memorias esquecidas num tempo tão antigo que quase já não lembramos… Outras, com tamanhos variados, cada qual com seu peso em nossa vida… Empilhadas no acaso das lembranças, com lágrimas e  sorrisos… Pedras que o tempo vai enfeitando de nostalgia ao longo dos anos…Hoje estou assim!

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Hoje consigo ver sem sonhar, fecho os olhos e atravesso a neblina que caiu aqui , como um manto que me faz esquecer sem nunca ter esquecido! Já fiz Perguntas, reticências, já tentei dar sentido a esta falta de sentido, mas a desobediência da vontade esconde a luz, não  mostra o seu brilho e me ofusca o olhar… Eu remexo a razão quando a verdade me diz não , eu , olho as marcas sem vontade , eu visto-me de noite para esconder as tempestades, mas nunca me escondo de mim, não me envergonho, mesmo que as lágrimas deslizem em desalinho num compasso sem retorno marcado, as  páginas deste pergaminho escondem-se neste céu . Como posso ver sem sonhar, escrevendo silêncios ou trancando-os no ar ? Fechando estradas, abrindo fronteiras?  Hoje despi-me dos preconceitos na limpidez de um sonho,  procurando apenas a magia no espelho da realidade. sonho, mas!! Tristemente fiquei encurralado na limitação, da expressão, que me levou adormecer…Volto assim ao sonho profundo onde a magia acontece e rasga o horizonte , mostrando a montanha perfeita onde a nascente de água se vai deixando cair,  límpida e transparente no meu rosto cansado . Vagueando nas ruas da alma,  vejo portas mal fechadas , espaços vazios, fechaduras forçadas , olhos turvos, que no silêncio acutilante vertem lágrimas  por tanta pergunta amontoada, num canto sem respostas…Deixo-me cair por apenas ter a certeza que perdi as cores com as quais um dia me pintei…

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Hoje vejo o dia como um regresso do Outono e este é a estação  mais equilibrada da alma. Ele desenha e pinta meus sentidos. Adoro os seus aromas, cores  e essa sensação de despedida que deixa no ar… Outono é saudade e recomeço… Não há momento mais bonito para se virar uma pagina, para relegar para a memoria aquilo que um dia foi ou desejou-se que fosse…É como fechar um livro e reabrir outro, onde a nossa vida foi escrita e descrita nas palavras que se vestiram de sentidos e se fizeram emoção… Abrindo um novo livro será sempre uma incerteza e esta acarreta novas sensações e emoções de dias diferentes , não necessariamente  bonitos repletos de mil sorrisos, estes poderão ser feitos de lágrimas e de dor… Nunca sabemos o que vamos desfolhar no novo livro, há sentimentos que por muito que queiramos , muitas vezes não os entendemos! Se não podemos ler um novo livro então escrevamos, escrever  lava a alma, não temos de  sarar feridas, secar lágrimas  nem sorrir, amar ou sonhar. Temos sim de viver uma outra estação como este dia de Outono que nasce em meio de dias de verão…Eu acho que já aqui coloquei, todos os sentimentos que se podem partilhar. Todos verdadeiros e sentidos. Muitas vezes nem os vivi mas os salientei como se os tivesse vivido…Mas não é por não os ter vivido que os deixo de assinar,  não deixam de ser meus, mesmo que os tenha idealizado, sonhado e não os tenha vivido. Sempre fui plagiado, sim eu sei que tenho sido,   mas isso nunca me preocupou, afinal sou humano e os meus sentidos são iguais ao de toda a gente. Eu já pensei em deixar de escrever aqui, mas iria perder o rasto aos anos que aqui passei com algumas pessoas que me são queridas, por muita vontade que alguns , passo a expressão “alarves mal formados” tenham que eu deixe de escrever, Mas!!! Eu por eles,  apenas tenho vontade de manter este capitulo e jamais deixar guardado bem no fundo da alma os meus pensamentos , odeio analisar sozinho o que sinto e por isso não o farei e não o tenho de fazer !! Assim meus amigos despeço-me com a certeza que este dia de Outono que parece despedida, é e será mais uma renovação.


Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...