Hoje preciso de luz, no meu rosto resvala na ata da minha pele , onde há respostas e marcas nas unhas que seguram o cálice do grito das injurias adensando a Brisa fria que baloiça suspensa no jardim da minha verdade?, há uma magia que perfuma o horizonte que eu ia despindo em tom de pétalas de uma flor a desabrochar no embaraço das verdades , A minha ternura vive na paisagem de um olhar inquieto onde repousam os sentidos fatigados ...Gosto de deixar o dia crescer até ao seu fim para que possa acariciar as estrelas na noite em que a solidão se torna na sombra de um murmúrio ausente no luar sem sorriso da presença sonhada! O sopro deste mar que banha esta vida agita as minhas cortinas que baloiçam no bailado do dia que nasceu na verdade, mas aqui não está ninguém ...apenas suspiro só!!! Foi apenas um sonho...De qualquer forma quando abraço a almofada sinto a sensualidade de um anjo nos lençóis, este fragmento da alma será apenas um puzzle que não terminei , se houvesse degraus para o céu, eu teria subido ao sol para ele se refletir em mim…Hoje vos digo, que é muito triste combater o destino, como é tão insensato amarrar o coração á crueldade de atirar fora a ternura, a minha folha de papel rejeita as letras , fico perplexo com o amar com amor, o que será isto para os demais? Amar é uma reza acender o sol no meio duma noite , é deixar o rumo seguir sem preocupações e não pensarem que sabem o que os outros sentem , tocam ou vêm porque se não somos fortes de dizer o que sentimos não devemos enfraquecer os outros obrigando-os a dizê-lo…Ontem vivia a magia que me foi oferecida, Hoje choro a cor que pinto deste mundo onde me colocaste Deus! Sei que as estrelas são o holofote de muita gente , hoje elas são apenas a minha estrada…
sábado, 14 de novembro de 2020
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Hoje assistimos a uma desordem total, ela invadiu o nosso século, as nossas vidas… Esta forma moderna da desordem é a inversão dos valores do convívio humano... Perde-se a família, os filhos, tornam-se surdos para o timbre da voz paterna. Os pais esses acabam estupefatos temendo os filhos. Temem principalmente perdê-los. Criam-se Muralhas , os “Entendidos “ dizem ser necessárias para o homem, para a família, para as Cidades, porque toda morada de hoje está ameaçada. Fico confuso…Na escola estudávamos os heróis que derrubaram as muralhas para assegurar a liberdade, como antecipando-nos a estes obscuros tempos dos quais vivemos, escutámos a voz do insensato que pretende destruir o palácio com o argumento da eficácia, se assim tivesse sido, hoje não teríamos de escutar a eloquência de tantos políticos, economistas, jornalistas! Chego à conclusão que é possível que por muito tempo vivamos da lembrança dessa sombra da nostalgia, depois, a própria sombra se apagará e deixaremos de compreender, o ser pleno não se esgota nesta perspetiva que se reduz à ordem natural de como vivíamos …Essa falsa liberdade, defende o homem para que possa alcançar a plenitude em seu sonho, isso é bom, porque é a base de sua vida , mas insuficiente…Não chega beber a água da lua, nem juntar os espelhos da memoria na valsa deslumbrante da historia, é preciso ortografar o olhar…Já não há como compassar o tempo , existe corações que sangram, mas não amam o real, agarram-se apenas a um ideal e vivem do irreal!
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
terça-feira, 3 de novembro de 2020
Hoje o dia nasceu e apenas um espelho envelheceu a minha alma, devorei a raiva desse olhar fosco, silenciando-me para melhor conseguir escutar os dias nas areias das minhas palavras…. Fecho mais uma vez os olhos para desnudar no meu caminho as palavras que a respiração ofegante eclode de mim, na loucura de alguns instantes que crio para escrever descalço de ausências!! Tateio a minha sombra caída, nesse castelo de raivas que a distancia infinita ladrilhou no deserto do meu reflexo, estendo a mão ás minhas ruínas, ergo o olhar aos céus no desprezo da minha imagem de outrora, onde jazem, os prodígios da memoria que pintaram a alma de mil cores, mentiras e singelas verdades. Hoje assisto ao meu reflexo no espelho da vida, desmoronado pelo nevoeiro inebriado das palavras, desta luta eterna sem espada, onde o odor dos sonhos, saltam por cima da vida …Troco de máscara mais uma vez, a pedido de Deus ou até do Diabo, já nem quero saber, de onde vem todas as culpas do Mundo caminhamos perdidos no meio deste oceano sem Velas nem Bussolas ! Tudo isto começou por todos nós a ser vivido de uma forma confusa e descoordenada, numa manha fatídica onde nem o silêncio consegue o êxodo desse dia triste … Uns Rezam, outros Tombam, outros ficam Mudos de Alma silenciada...
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
Hoje sinto-me como se estivesse sentado na mesma cadeira de sempre, onde sussurrei a mesma oração um milhão de vezes, eu sei, ela não funciona embora esteja entranhada nos seus discípulos, mas!!! Uma pagina da bíblia não vale uma vida, eu sei…Hoje há algo de errado no dia, tento acordar a mente, matando o silêncio, arrancando as cortinas para que o sol entre, será que é errado dançar estes versos que escrevo, é que quanto aos anjos esses vão e vêm fazendo-nos especiais a cada pensamento que passa pela mente…Posso ate rastejar perante o que me coloca em suspenso, gosto e preciso sempre de procurar mais e melhor , posso até me queimar pelo chão que piso escutando cada batida do meu coração que se deixa perder sem deixar vestígios… Pego em cada hora que passa, tento sentar-me no tempo perto do mar, onde os espelhos da contradição despertam as pétalas do olhar…levei anos de dor a chegar aqui, passei por gerações ao sabor do vento para me erguer num deserto! Não há jardins de regressos, apenas náufragos sem voz, protagonistas de histórias gerando alma em sementes do olhar. Estou aqui, sentado no tempo, tentando fazer alquimia com o poder da água deixando ortografado nela o meu simples olhar…
domingo, 25 de outubro de 2020
Hoje , para os distraídos escrevo, que o meu compromisso é com a verdade, não discuto com a realidade, a aceito assim como ela se me apresenta. As coisas são como são, agora hipocrisia, mal formação, leviandades, não contem comigo… Meus amigos, tenho tanto para dizer, que as palavras atropelam-se, eu sei que as ruas aonde passo, já foram ruas que passaram outros. De que forma , nem preciso de saber, mas não me vulgarizem , não me sujeitem à insanidade , já que sei muito bem, que pelas ruas onde passo, passaram outras gentes...vezes sem conta! Nestas ruas que me passeio há calçadas desgastadas, de milhares de pés que se fizeram milhões de pedaços de nada…Cada vez que ouso dar um passo perco a minha identidade, assim como muitos se passeiam e não a tem! Caminho , mas entro sempre no esquecimento ao contornar, gente cinzenta como as pedras do chão… A imortalidade não é de quem passa nessa rua, a mim , basta-me uma vida, para não ser apenas mais um a deixar-se ir, sem rosto, sem valores, sigo assim de passos firmes! Vejo rostos fictícios, de roupas caras, que acenam as mãos , mas desculpem façam de conta que a rua é deserta… A mim não…Tenho muitas perguntas, mas levo-as comigo, não quero ser mais do que sou, mas jamais tolerarei que me façam sentir o que não sou...Sou assim vivo-me inteiro, sem disfarces e se o sol não quiser guiar-me o caminho, eu aceitarei , continuarei assim, pela sombra…
domingo, 18 de outubro de 2020
Hoje o silêncio acaba por entrelaçar nas mãos a sensação de vazio. Como se fosse uma bagagem espalhada no chão com a armadura a arder deixando as mãos vazias! Somos feitos de desconstruções, sem cimentos cinzentos, mas de dias cinzentos…. Escrevo sobre a busca de identidade, uma constante procura de palavras mais especificas e pessoas que não nos façam sofrer. Há vocabulários para quem não ama , há ortografias de quem morre por amor, há suspiros paradoxos, há tardes tão vazias que deixam no corpo a certeza de uma solidão planeada. Na calada da noite fica a certeza de não existirem muitos amanhãs, há sempre o tempo que é tempo e uma vida que não é vida…Hoje está calor, transpiro as cores das estações, verto-me numa prosa fraca, na poesia de quem não é poeta e música de quem não dança….Não deixo os meus restos para ninguém, converto o abstrato de todos nós enquanto, arrumo os adjectivos fáceis …E omito!!! Faço nascer no estômago a revolta e no coração a flor que não brota! Desenho jardins sem corpos, corpos sem amor, uniões sem prazer, quando o único prazer é não existir união...Deixei cair a bagagem das pessoas que vivem para amar, afogo-me na fonte de água, onde só existe o cheiro do sonho e da chuva…. Esta desconstrução pinta-me o olhar da recordação de uma noite fria do amor em abundância na ingenuidade do calor que se faz sentir!
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Hoje, a luz do dia esconde-se como se descêssemos para os calabouços onde a luz é trémula e faz prever um sombreado de tristeza nas paredes… Como se fosse possível mascarar-nos, também de granito e darmos as mãos no escuro, onde as pedras se lamentam e onde todas as sombras não passam de sombras! Cada vez que descemos degraus na vida, o nosso coração soluça, pelos que vem atrás, e pelos que vamos encontrar no caminho… Eu já desci de um mundo para o outro, parecia-me uma marcha silenciosa uma procissão de condenados, onde apenas se escutavam os passos , abracei-me à minha imaginação, dei as mãos aos deuses que caminham pacientemente com a esperança , suplicando que a Natureza acorde os que adormeceram com luz... Sim!! Esses felizardos, vivem sob nós... Criam um burburinho na "Terra" que fica em ebulição, mas, nos faz sentir firmes, mesmo descendo a escadaria deste precipício sem fim! Há inconsciências , e por mais degraus que se desça nesta antecâmara, não restam palavras que testemunhem a descida … Afinal , o “homem” apenas é pequeno, diante de uma porta enorme! Enquanto não se parar esta escada rolante , não existir coragem de silenciar com rigor, os arquivos deixados na escuridão e as palavras que não podem ser declamadas… Emolduremos então os sentidos , eu também estou aqui , como vocês descendo a escadaria, esperando a minha vez, mas!! Vou propositadamente dando passagem a todos os que conseguir, para me atrasar … Não confundam isso com simpatia, nem timidez! Sinto-me inteiro, fechando os olhos, mesmo sabendo que a minha voz só é valorizada , quando silenciada …
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Hoje sinto que as palavras estão gastas, rasgadas no seu ultimo fôlego … Não existe palavras certas para definir o ser, , nem o perfeito nem o imperfeito quanto mais o esquisito! Foram-se perdendo com as tempestades, deixando para trás os navios desatracados , á deriva sem porto de abrigo sem sons apenas silêncios…As palavras deixaram de ser audíveis, quando uma vogal se aproxima , fogem as consoantes, grito por elas aos ventos, mas a voz vai perdendo a lucidez . É como se as mentiras chegassem em forma de boatos, algo contrafeito que disfarça sentimentos alternando apenas acontecimentos. É mesmo assim , hoje estou aqui, num descompasso de sensatez envolto em faltas que não preenchem as minhas, como se fossem sinónimos indivisíveis de uma força grotesca que nada une e tudo divide, onde cabe um mundo mas, nenhum ideal! As palavras parecem gastas, onde a brisa da noite se impõe, há véus sem esplendor que sobem e descem com o sussurro das estrelas, há noites escuras onde só brilham os segredos alargando os tempos entre espaço e o infinito…Há luz na escuridão, onde as palavras se gastam e se cansam nos murmúrios do luar! Hoje deixo a semente da inspiração na correnteza da água que não soa nas margens dos meus dedos aflitos, escolho nas palavras a paz que não tem preço, mas exige muitas escolhas e dedicação, devendo procurar-se e desenvolver de acordo com as condições que temos ao nosso alcance disponíveis…Hoje, a paz das palavras gastas, vem ter com quem prepara a sua tranquilidade emocional.
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
Hoje vejo por esta janela, medos que criamos, como obstáculos da mente que fazem levantar paredes de aço. Haverá um dia que perderemos a noção do tempo, ai ficaremos fora de compasso. Encontramo-nos num limbo entre o abismo e a felicidade, onde tudo o que nos falta é força, e vontade … Há dias que temos a certeza do mundo e outro que colocamos tudo em questão. Somos pedaços de corações assustados, na sombra da insegurança, iludidos em expetativas, em sonhos perdidos. Hoje em dia é mais fácil viver em negação do que arriscar com o coração. A despreocupação tornou-se hábito de desistentes, mas hoje em dia há quem não veja o mundo ser de forma diferente. As pessoas têm medo das partidas, porque temem a saudade. Não sabem lidar com distâncias ou com metades. Preferem viver no seu mundo interior, na sua bolha de solidão. É mais fácil ignorar a ausência que viver com ela em permanência. Já ninguém sabe dizer que não, andam com fitas coladas na boca e com medo de exprimir as emoções. Acham difícil dizer um amo-te, mas a facilidade com que dizem a palavra odeio-te é inigualável. Poucos sabem perder-se nas estrelas, por andar com a cabeça na lua. Corpos vagueiam perdidos em ruas despidas, as mentes tornaram-se espaços em branco e as almas vazias. Ninguém sabe o que é viver realmente a vida… De mil pedaços somos feitos, juntando as peças a todos os momentos. Todos temos feridas e marcas. Histórias que pesam e que vêm carregadas… de emoção. Ninguém sabe o que quer, ou o que tem. Ninguém sabe se vai ou se se mantém. mundo vive de medos, mas não o sabe dizer. Tem medo de acordar ou de adormecer. O mundo perdeu a sua essência no amor, caminhamos sobre o medo e fechamos nos na nossa dor… De que somos feitos então , para além de corpos cheios de matéria? Esta realidade nua, em que despimos a alma e contornamos a mente, a insanidade deixa-nos mergulhados em emoções. Vibrações sentidas em sussurros que fazem da vida um arrepio repentino. Vagueamos num labirinto em busca de certezas. Procuramos respostas às perguntas que não dizemos em voz alta. Deixamos de falar de agir... Somos corpos inertes, que não sabem por onde seguir. O mundo dá Voltas e volta a seguir o seu percurso. Quando damos conta, o coração aperta-se, nas lágrimas fazendo-as rolar pelo rosto abaixo , fazendo as saudades correrem o seu caminho. As coisas mais importantes, são as mais incertas. Procuramos as certezas, mas é na incerteza que se escondem as respostas...
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
Hoje, sem mascaras, mas de mascara, sem capas e sem mentiras, olhem para mim e vejam tudo, amanha estarei aqui e não serei esta pessoa, certamente... Amanhã tentarão entrar na minha alma e o meu corpo estará deserto. Amanhã podem procurar o meu sorriso , mas, apenas as lágrimas estarão tatuadas. Amanhã não vou reconhecer ninguém o meu olhar será vazio. Quem eu sou hoje, nunca se esqueçam! Se algo disserem de mim, não se sintam na obrigação de ripostar... Posso atravessar as noites como um fantasma triste, vagueando sem destino, não me sinto melhor nem pior do que um dia fui... estou simplesmente vazio, despido de vida, despido de amor, despido de todos os sonhos, mesmo dos que já realizei…Quando caminho ao tocar no chão, as minha pegadas fazem ressurgir o passado. Renascem vozes dos meus passos, ouço-as vibrando dentro de todo o meu vazio… Por muito que caminhe não projeto sombras , não há luz para que as tenha... há apenas a noite da noite que atravesso neste corredor que não me leva a lado algum… Sinto-me um mero fantasma deambulando pelos sonhos alheios, imóvel, sei o que procuro e o que certifico de que não vejo. Vazio, sempre este vazio...Não foi assim que imaginei os sonhos! Imaginei que, em algum momento algo iria chegar e eu já não ia ser apenas e somente um fantasma vagueando nas noites de tristeza; aquelas noites que não amanhecem e que ficam dentro da alma, acorrentando-a ao chão frio de não saber o que vem amanhã. Imaginei que ia sorrir mas fazê-lo com todo o sentido. Sorrir de verdade, com aqueles sorrisos que não esmorecem e que ninguém rouba… Mas hoje apenas vejo-me atravessar a noite fria, passando pelos mais íngremes penhascos como um fantasma, saltando sem medos para o precipício… Eis que acordo dos meus sonhos. Não sou nem nunca serei um fantasma! Posso até avistar o penhasco neste corredor de vida, que este velho amigo de todas as horas, continua comigo, jamais me deixará … Hoje acordei de um sonho que não era meu e apenas abdico daquilo que não acredito...
Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...

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Hoje reflito com o pensamento de como juntar, aproximar quem se afasta, sinceramente não sei. Apenas sei que é o amor aproxima, que as div...
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Hoje fechei a porta que em círculos e cercos, fechou as margens e estancou num pântano o silêncio, consumado na pálpebra cerrada que tranco...
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Hoje até podiam sentar-se na minha cama e contar-me mentiras... Que o amor tem a forma da minha mão ou que os meus beijos são perguntas qu...