quinta-feira, 28 de abril de 2016

Hoje vou incinerar o desejo no mais profundo espaço que te guardo, neste declive que se agiganta, nesta ânsia nefasta de se e ter sido ... Imagino-te como um vício que me é premente… Dispo-me de palavras, deixo escorrer-me pelo corpo da literatura que tenho dificuldade em divulgar ...Mas é nela que me escondo, vai sendo ela que me faz esperar, vacilar, quebrar .Hoje queria ser intenso, mas a penumbra exalta as sombras, fá-las curvar-se perante a magnificência do tempo, como se fossem folhas, vergadas ao vento das monções. Criei em mim uma atmosfera, onde todo o oxigénio se concentra nas inspirações intensas e perdidas, na eloquência de quem diz o que sente sem se preocupar com a morfologia, simetria e outras regras que não só governam as palavras, mas também nos isolam … Tudo é ténue em nós !!! Temos sentidos inebriados, Temos amor derramado pelo chão, pela água das lágrima de prazer e pela dor no olhar que o corpo faz escorrer... Não sei, muito mais que dizer é como se o meu mar houvesse explodido numa vaga, contra um rochedo teu, e no ar se espalhasse todos os aromas que uma colisão assim poderia soltar num tom de grito, incontido, lancinante e perdido num lugar onde já nos tenhamos amado….

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...