quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Hoje sinto-me quieto, frio, apenas movo este  cadáver que transporto,  está vivo só porque respira ... A dormência  vem-lhe de dentro para fora, onde os suspiros não são com a boca, mas antes com o coração pulsando. Meus dedos frios mexem, os tímpanos  ouvem, o nariz percebe e a boca sente. Os olhos, em baratos movimentos, desviam de um pesadelo. Os braços começam a mexer. Mas!!! O frio prende as pernas que tremem. O ritmo cardíaco vibra e mexe-me. Existe a energia negativa do cérebro que toma conta da mente, deixando-a amarrada, nua... A luta continua e o tempo colapsa no vazio do céu estrelado. A consciência despertara de forma crua e nua, sem respeito pela pessoa que outrora fomos...Os sentidos do mundo verdadeiro despertam. O cérebro apaga a informação excedente, para mais tarde, no calor de uma conversa, permitir um falso desabafo.  Este sexto sentido constata-se mais nas mulheres que aos homens,  são sonhadoras por natureza, elas sabem mais dos outros do que os homens, por energias sentidas ou hormonais chego  lá por sensibilidade!!! Eu também tenho sensibilidade no sonho enquanto processo cognitivo e inato... Amanhã, vou acordar, não sei se me vou lembrar  do corpo cadavérico que outrora  fui, mas  esta noite de uma coisa saberei , os muros altos servem de sombra aos que se apresentam na despedida dos sonhos !!! E eu sinto-me frágil , odeio ser assim, mas sou assim e dói quando tentam me derrubar, ainda não sendo um muro recuso-me tombar, persisto e dou por mim a contar as estrelas nesta noite fria...

1 comentário:

  1. Se a chama que emana de nós se extinguir as pessoas que nos buscam acabam por sucumbir ao frio. Todos nós somos uma muralha o paulo é mais uma , um beijo.

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