segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Hoje penso que vem ai mais uma vez o dia de são Valentim e imaginei-te nas minhas horas vazias, mas nem uma palavra teço para conceder-me um tempo no paraíso dos sentidos…Quantas vezes ouvi no meu silencio que se faz, o som de uma voz calada em meus ouvidos, murmurando palavras sem nexo mas que em cada suspiro, me faz estremecer todo o meu ser num grito abafado de tanto querer… Quantas vezes, depois de a noite silenciar o dia, sinto na escuridão ocuparem todo o espaço a minha volta, deixando-me despido, com a alma aberta ! E tantas vezes fui guiado pelas emoções, escondidas dos caminhos da vida, me perdi nessas horas vazias, apenas inventando-te em cada segundo…em cada emoção, em cada desejo…Tracei linhas imaginadas pelo teu corpo ausente…escrevi rimas de loucuras no incêndio da pele que não tocavas…saciei a sede dos beijos nos lábios áridos sem a suave humidade dos teus… Quantas vezes pintei uma tela onde todos os sentidos se conjugavam num só…e tantas vezes fugi dele para não sentir a dor de ver o dia nascer e perder-te nos raios de sol que inevitavelmente viriam buscar-te desta minha ilusão sonhada tantas vezes em mais um dia de S. Valentim sozinho nesta sala que desenhou a noite perfeita…

1 comentário:

  1. Sem palavras mesmo, que profundo, que suspiro que causa em quem o lê sinto vontade de ao menos lhe dizer como Oscar Wilde, "Se você não se atrasar demais, posso te esperar por toda a minha vida" Adorei eu sei o que é empurrar palavras contra uma muralha . Um dia muito feliz

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...