sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Hoje neste lugar distante, perdidas na noite, as minhas mãos vagueiam entre palavras, sombras e véus rasgados que acariciam rosto num vago murmúrio sussurrante. Não tenho vontade de falar, apenas escrever, quando as palavras, me soam como lâminas, dolorosas agulhas, ferem, elas cansam-me o corpo, esgotam-me as mãos que não sabem da luz dos afectos, da cor da cortesia, da aragem da carícia. Escrevo memórias, tristezas, inquietações desenho trajectos na escuridão, escombros da vivência , ruínas do passado, vazios transportados pelo tempo que se aproximam com cruel lentidão de mim!!! Hoje escrevo de mãos cegas, buscando que outras mãos surjam de entre as trevas para velar as minhas. Mas!!!! Não sei procurá-las, não ouso perceber quando alguém se aproxima… Contudo, não choro...Há muito que as lágrimas também se evadiram de mim!!! Agora, destes olhos vertem anjos cegos procurando estrelas que se afogam no silêncio

3 comentários:

  1. Talvez o guião que falavas no teu anterior texto seja este, escrever os teus silêncios, partilhar suspiros teus que se formos a ver, muitos de nós facilmente conseguiriam adopta-los como seus. Adorei sempre magnifico e se muitas vezes não o digo tem unicamente a ver com o facto de nem sempre alcançar-mos o que transmites. Fazes sorrir quem te lê , muitas vezes despes-nos com as palavras .

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