segunda-feira, 17 de julho de 2017

Hoje não me recordo onde deixei as certezas . Derramadas no  chão !!?  Se sim não sei , não vejo marcas que contracenem nessa perda…Desfolhando o  alfabeto, como base para as palavras que precisam de construções  assisto a um pouco de nada, do que escrevo , para um céu longínquo onde as  novidades  assentam apenas num ponto de partida. Continuo com caixas por abrir, permanecem intactas  como os biliões de constelações, estrelas  que ditam caminhos. O meu interior é um átrio e o meu exterior revela-se na necessidade de pausas bonitas,  reconhecimentos de quem é anónimo a outros olhos alheios. Rescrevo conjugações errantes de verbos inevitavelmente mal empregues, mas vou reparando nas marcas que me pintam o chão…Adquiro uma capacidade fácil de saber não ficar; nem de ir mais longe... Tão longe, que o tempo nos faz aceitar  que não podemos modificar comportamentos; tão longe,  que temos de aceitar, que o passado é estático e não pode ser diferente , por muito que quiséssemos que o tivesse sido; tão longe, que aceitamos como somos e paramos de lutar contra nós mesmos; tão longe, que aceitamos que os outros são como são e paramos de lutar por eles; tão longe, que aceitamos que o mundo invariavelmente não quer saber dos nossos passos, nem abranda o ritmo para que consigamos acompanhá-lo; tão longe, que aceitamos que temos de abrandar , a fim de conseguirmos acompanhar o que na vida nos sucede; tão longe , para conseguirmos aceitar de que tudo esteve sempre ao nosso alcance só que nunca parámos para o aceitar…Pára!!!

1 comentário:

  1. Que lindo Paulo , que lindo mesmo...Há que parar mesmo muitas vezes está na nossas mãos ... Muitas vezes estamos perto outras estamos tão longe que temos de aceitar tudo e mais alguma coisa . Não te esqueças que como bem dizes muitas vezes temos de parar e ver o que está ao nosso alcance , lindo ...Adorei

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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...