sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Hoje não consigo adivinhar a distância das ondas até aos meus pés. Há metros que não sabem a nada numa imensidão como esta que é o mar. Consigo fechar os olhos e projetar-me enquanto ave refém do olhar que sobrevoa o sal que se espuma neste corpo quando o deixam sem lamentos pela incapacidade de não ser sal de  ponderações sobre a possibilidade de ser um navio a navegar antes de voar...Esqueço que o sou, antes de solo, areia molhada e só o céu será uma casa. Transpiro sons,  músicas em forma de citações que o vento canta devagar a medo em distâncias incalculadas que com uma segurança fingida e uma premeditação antecipada nos faz quebrar e acertar pontos de vida. Mas depois fugimos com os olhos destas realidades tapadas com uma areia que nos ferve os pés  e nos rouba as penas das  asas da ave que sonhamos ser! Enquanto a luz que nos guia for ínfima, só os pensamentos serão sincronizados na dança das ondas, só a espuma da rebentação trará cheiros que os filhos enfeitiçam no amor mais intimo...Não há mais ferramentas absolutas para a escrita se fazer em eterna recordação...

2 comentários:

  1. Lindo texto, ainda que enigmático e críptico...
    Que a Luz que te guia seja intensa o suficiente para te mostrar o Caminho com tudo o que já podes ou poderás vir a alcançar para seres imensamente Feliz.
    UM Beijinho com muito carinho

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  2. Olá Paulo que lindo mais uma vez ver que escreve mais uma vez para nós! Nada de enigmático vejo, vejo sonhos vejo luz que debita nas suas palavras únicas que ao partilhar com todos os seus leitores os fará também de donos das mesmas ..adoro-te tanto ler-te beijos

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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...