Hoje o meu corpo é apenas mais um, no meio de tantos outros que deambulam por esta camada física a que chamamos mundo. Mas !!! Não me permito a uma entrega leviana e oca de sentimento. Deitar-me com alguém pela mera necessidade física de me satisfazer é completamente diferente de permitir que alguém me dispa com o olhar e me transporte para um outro mundo, esse sim, talvez metafísico, de um nós, e não de um eu, em que a entrega é apenas a tradução física de um amor sentido e consentido... por dois!! se Amar é: “sentimento que induz à aproximação, afeição e Protecção da pessoa pela qual se sente afinidade.” Tal como diz no dicionário. Será assim tão simples? Se o é, porque sofremos e cometemos os atos mais vis e cruéis para com quem sentimos afeição? Porque nos afastamos? Porque infligimos dor e angústia em nome de uma qualquer razão ou um qualquer ideal? A complexidade que acompanha tão mui nobre sentimento é de tal ordem avassaladora que o ser humano não é capaz de uma total compreensão de si mesmo, e por isso age das mais variadíssimas formas nos momentos mais diversificados. Agimos sob a forma de anticorpo quando o dito sentimento se comporta como um vírus em nós. Se ao menos existisse uma forma única de como e quando amar, um guião que nos auxiliasse. Amar é a forma mais egoísta que o ser humano tende em ver realizadas as suas expectativas num alguém que não ele próprio. Projectamos no outro o que tanto precisamos e esquecemos-nos de certificar se o que se encontra projectado em nós exerce perfeita simetria para quem amamos. Ninguém está totalmente preparado para ceder, para perceber se dançamos ao mesmo ritmo; e por isso tropeçamos, pisamos, infligimos dor com a desculpa de que somos desajeitados e que dançar não se nos afigura uma virtude. Amar consome-nos a alma, amar é mais do que um verbo, amar é a perfeita antítese de tranquilidade e controle de nós mesmos, é querer sem poder, é ter sem direito, é saber e descurar, é ouvir e negar, é desejar sem limites, amar surge como desculpa para quebrar todas as regras moralmente feitas pelo homem. O Grande dilema é saber porque razão amar nos doi mais do que nos faz felizes...
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LIndo mas lindo mesmo...cada vez mais intensa a forma como escreves , beijinnhos
ResponderEliminar...se recíproco...não dói...!!..."Alimenta-nos" a alma...o coração...!...E se, por vezes, "cometemos os atos mais vis e cruéis para com quem sentimos afeição"...poderá ser por medo...insegurança...receio de "revivências" passadas, que tanto nos "consumiram"...Mas, no fundo, difícil é conseguirmos voltar a ter "afinidades" que nos permitam "ir"...com o medo mesmo!!...não arriscamos...!!...Cada um pode dançar ao seu ritmo..., se ambos dançarem bem..., o espectáculo não perde a sua "grandiosidade" se houver a "partilha" e "cumplicidade" no dueto...
ResponderEliminar'' amor é fogo que arde sem se ver... É dor que desatina... Apenas para te dizer embora não pareça existe dor descontentamento camuflado a doer sem fim!!!
ResponderEliminarE quando publicas amigo?
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