terça-feira, 5 de setembro de 2017

Hoje sei que os dias foram expulsos do seu tempo e não corrompem nas noites de lua envidraçada de escuro...O tempo perdeu o seu compasso, deixou-se prender à liberdade datada nos finitos sinais da luz no olhar! Deixo-me rodar sobre os risos amargos, reflectidos em espelhos quebrados ...Sinto esse vírus a intoxicar, deixando por terra os sorrisos abertos, neste barro que amasso e de que sou feito tapando-me os poros, deixando-me à deriva  sob os sentidos dormentes que o barro aderiu nos meus segredos!! Hoje se os dias em mim , não tivessem sido expulsos eu moldaria o verão da fantasia , o outono do desejo, o inverno do sossego e a primavera dos sabores nas nuvens de algodão mas!!! Para quê moldar um mundo novo se apenas tenho as minhas mãos para o fazer? Deixo-me ficar inerte de mãos vazias neste cais onde os dias foram expulsos e a lua envidraçou o escuro da noite…

3 comentários:

  1. Há uma sensação de um mistério oculto nestas tuas palavras...poder ajudar—te a moldar esse barro, é um desejo que me fica presente quando leio esta tua partilha...
    Lindo, adorei mesmo!

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  2. Sabes cada letra que escreves é absorvida com intensidade, cada uma tem a tradução por traz, muitos irão ler mas poucos irão perceber!! Brisa do Sado longe mas sempre perto!! Sei que percebes

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  3. Olá Paulo, que lindo que romântico a forma como te abres para nós, a expressão das tuas palavras é a cor no olhar de alguém! Magico ler-te

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Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...