sexta-feira, 10 de novembro de 2017

 Hoje sinto-me a morrer mesmo diante da vista desarmada de um cego arrasto de sol onde escorro as lágrimas…Subo e desço a colina do olhar, percorro vales, onde as flores não tem nome! Vou inventando-lhes nomes, não me canso, fortifico-me, porque as pedras que carrego são pétalas da primavera que se avizinha…Mas!! Todos procuramos as cores mais lindas, mesmo estando atolados em pântanos como árvores moribundas, perdidas no escuro onde as suas raízes se sustem…Estou farto de alimentar a alma, apenas pela razão…Farto de implorar que o céu azul filtre a escuridão que teima em adornar os meus prados de vida, quero descer dos céus, caminhar e abarcar horizontes neste mapa de nascentes sombrias onde os frutos não germinam e os ramos suspensos na sombra tendem a ceder ao silêncio das pedras atiradas ao nosso lago adormecido! Fecho mais uma vez o relógio que conta o meu tempo incompleto, mas viverei sempre com esse tempo por cumprir, inacabado em mim

2 comentários:

  1. Tão bom ler-te Paulo, tão único, obrigado pela explosão de sentimentos que aqui deixas para todos nós, beijos

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  2. Os dias passam e nosso tempo diminui, é uma verdade, mas! Há sempre sonhos por realizar. Vive e escuta o teu coração, ele saberá guiar-te pelo caminho certo que nem sempre vai ao encontro da razão e sim das emoções que nos elevam para realizar nossos sonhos!
    Bjo

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