segunda-feira, 14 de maio de 2018

Hoje estou bem para lá da esquina do meu pensamento,  esqueço a minha casa na lua, onde guardo o meu fantasmas…Onde derramei lágrimas quedadas na primeira sombra das minhas  memórias! Eu já me decepcionei para duas vidas, mas as decepções não corromperam  a minha alma. Não como se a vida tivesse sido a pior das minhas inimigas…Não, nada disso, talvez tenha  nascido  com esse dom de converter  a minha tristeza que escorre pela tinta da caneta para imprimir silêncios em textos. Gosto de pensar que esses textos curam... Vocês até podem perguntar ,  como é que a tristeza de um texto pode curar ou amenizar o sentimento de alguém?  É que , a tristeza alheia cura mais do que qualquer outra coisa. Não ponho em duvida ninguém, nem os seus doces e altruístas corações. Não acho que a cura venha de uma felicidade pela dor dos outros, nada disso! Acho que a mágoa cura porque as pessoas entendem que não estão sós. E vocês acham que estão sós? O que é para vocês estar sós ? Como podemos estar sós se vivemos no meio de multidões... Sinto-me sozinho muitas vezes, sim. Mas isso significa que o seja? Não, não acho que seja sozinho. Acho que sou uma pessoa que anda por aí acompanhada pela solidão…Se eu tivesse que dar uma palavra ou duas para me definir talvez fosse sonho e amor, mas depois faltaria a saudade…Eu não me consigo definir eu sinto-me um universo de palavras…Numa trajectória de vida que nem todas as pessoas conseguem sentir, porque Hoje, já decifram silêncios. Já antevêem palavras minhas. Já conhecem alguns gostos meus. Já sabem um bocado como sou… Mas alguém me conhece? Alguém consegue tatuar-me no seu olhar ? Sou apenas alguém que escreve com a emoção no coração derramando,  nuvens de chuva no olhar ...

3 comentários:

  1. Tenho até vontade de te responder a uma pergunta tua com uma pergunta. Deixas-me tatuar o teu olhar? Estás sempre na esquina do meu pensamento, imagina se te conhecesse... Esta pergunta que faço certamente muita gente aqui o faz! Adoro-te e jamais estarás só .

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  2. Caro Paulo, já não somos os mesmos de outros tempos , nem seremos os mesmos duas vezes na mesma dança...Penso que entornamos os nossos destinos sempre que acreditamos na "bondade" dos outros...Tal vez por isso façamos arquipélagos dos nossos silêncios, um bem haja Paulo por este texto tão intimísta!

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