quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Hoje o rugido mudo das estátuas de pedra e ferro, na minha vida pulsam neste turbilhão de gente apressada, talvez seja o sol ou a sua Luz excessiva, talvez, não sei! De súbito, espalha-se no ar o desalento de sonhos mal nascidos, mas, os passos passam, traçam roteiros nos olhares que mal se cruzam, que mal se tocam nestes mapas de vida onde as linhas pateticamente paralelas se refugiam, solitárias, ao som de pequenas notas musicais. Aqui na rua debaixo dos candeeiros desabrigados, que acendem-se em falsos sossegos e o chão, converte-se num imenso tapete rolante...É ai que as minhas utopias, descem dos céus pela gravidade que me amplia e abrevia na distância que o meu nome carrega na secura dos labios do desassossego ... Tem dias que engulo a vida como um chuvisco onde a voz derrama-se no coração num ruido de tudo debaixo de uma claridade de ti minha filha...E inspiro, e expiro mais devagar, não vá a aragem querer desdizer, como tantas vezes desdiz, a consistência do instante. Nenhuma palavra ousa a subida aos lábios. Fico imovel, como vidro frágil de candura e silêncio, que pouco me define...As minhas mãos mendigas, as nossas, agarram-se à insuportável ternura dos dias, que tanto tem faltado paulatinamente, apenas pergunto porque!? Sinto-me longe, do lado aveso do coração , mesmo estando na sombra do equilibrio das mãos que razam as folhas caidas que o vento arrasta nas vozes que nos libertam de uma existencia minima...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Hoje vos digo que muitas vezes criamos um paradoxo em nossa rotina diaria, podemos até ter feito de tudo, virar os dias do avesso, quebrar ...