Hoje se me disserem, que o destino é o que é , eu direi que é tudo uma
ironia! Muitas vezes sonho com avanços e nem me apercebo da luz do dia que me
finta, no quanto do sonho, eu sou...Em fuga procuro inquieto o que desde sempre
me habita. Para não pronunciar o teu nome chamo-te de folha.
Distante...de onde brota os ramos que me gritam a sina que eu finjo não ouvir.
Ingénuo é o peixe que mergulhou na terra para matar a sede... Como o ar que
parece tão novo a respirar uma memória antiga. Não há chão ou distancia que
baste. Quando há uma falta é uma ferida que se abre sempre que os ventos
sopram. Hoje os deuses sopram-me sob as minhas pálpebras e antes que as feche
(ironicamente) sopram-me ao ouvido que de uma forma ou de outra o destino
sempre nos alcança. Diz-me também os ouves hoje? Saudades!
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
domingo, 1 de janeiro de 2017
Hoje é o
primeiro dia do Ano e eu atravesso o tempo, o espaço, a distancia virtual ,o
momento a oculta imensidão da memoria, de olhos fechados absorvo o cheiro
tacteio silenciosamente a poeira de canela no ar, imensos sentimentos esvoaçam
no tampo da mesa, à superfície da minha pele...Nada é transcendente no sabor
das palavras, nem o acordar na fragrância das manhãs apenas o odor do desejo me
abraça, no céu da minha boca ainda saboreio um pedaço de tarte de maçã!!!Nunca
pensei em afogar os teus olhos nos meus..Queria poli-los, até que o brilho da
lua se reflectisse neles. São pequenas estrelas cadentes que semeio e deixo na
noite, elas servem para que rasguem com elas, este céu, onde assistimos ao Sol,
em pedaços, repartidos pelo dia. Ergo os braços aos céus e em suaves brisas,
peço, que te envolvam com o perfume do jardim, onde te espero...Hoje Queria que
percebesses, que mandei parar o tempo...Que o mundo, não vai avançar um só
segundo, na espera, que toquemos juntos, a profundeza deste mar de sonhos! Mas
sabes, nem sempre escrevo para ti. Por vezes escrevo com os espinhos que trago
cravados na pele, ou com as flores que vi pelo caminho e que ali deixei,
agarradas à terra, rodeadas do bater das asas de borboletas. E nem
sei bem porque o faço! Talvez, para que nada se perca de mim. Sei que o mar nem
sempre traz sonhos coloridos, que o céu, nem sempre é azul, que a lua esconde o
seu brilho nas nuvens negras, das tormentas, que teimam em desabar em nós...E
que o vento, nem sempre é brisa ...Nunca pensei em afogar os teus
olhos...apenas queria sentir, como os meus se "afogam" nos teus...E
como tu, navegas em mim...
sábado, 31 de dezembro de 2016
Hoje
apenas penso no novo ano, nesse novo percurso quero cada uma das palavras que
nunca me disseram…Quero os sorrisos fugazes que delinearam para mim mas, sem os
partilharem! Quero o mel dos beijos apaixonados e o néctar dos lábios que os
partilhem...Quero um beijo prateado, cheio de estrelas e sonhos…Quero adormecer
na embriagues dum olhar terno e sincero. Quero navegar num corpo, e perder-me,
eternamente, nesse infinito oceânico de amor e encontrar a voz na escuridão do
meu silêncio. Neste novo ano quero abrir as portas dum coração, e explorar os
códigos secretos da sua alma. Desejo tanto partilhar o mesmo cálice, a mesma
vida... O mesmo desejo ensurdecedor…Quero gritar-lhe ao ouvido a palavra
“amo-te”, e tatuar no seu corpo a textura da minha alma…Quero viver num sonho
aberto e colorido. Coroar-me Rei, oferecer-te todas as pedras preciosas do
mundo que não possuo...Se nesse Novo Ano habitas, conduz-me até ao esplendor
dos sentimentos. Hoje que este ano finda chego à conclusão que gastei as
palavras, não sei como explicar o que sinto... É silêncio de que falo, é
silêncio que escrevo, fiquei preso no vácuo dos dias que vivi! As folhas dos
meus cadernos estão despidas...De ti...
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Hoje escrevo, agrafando os meus silêncios às palavras que encerram mais um ano... Lavo-as numa corrente de ondas salgadas na força deste caudal que engrossa levando para longe todos os sentidos! Olho o céu e vejo as estrelas gravidas , assolando as minhas margens, reinventadas...E neste rio de breves margens pernoito, vagueio no tempo sem cansaço, risco traços de luz nas águas cristalinas que me alucinam o sentido, gravando no papel cada gemido que não consigo sequer sussurrar...Muitas vezes pergunto-me se faz sentido estar aqui, à espera que o calendário mude e traga a primavera, para o inverno não me gelar …Confesso que não sei mais que estrada seguir, esta alegoria recriada para ver os meus olhos despontar de novo a alegria! Não é difícil estar longe, difícil é não saber que caminho tomar para que esta plácida tranquilidade de sonho seja vivida. Hoje sou um ser de pés colados ao chão... Amanha serei as reticencias de um voo inacabado!!
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Hoje querido silêncio abre os braços, enlaça-me em teus segredos!! Mas não, não me exponhas nem ao vento que os meus suspiros são só meus ...Podem até falar com os teus, estes suspiros que o meu coração beijou no silêncio do teu abraço ...Abraçar esta imensidão de nada é um momento um ritual de união que me cingiu a este corpo vazio que transporto .. Posso, até pairar de asas entreabertas, num voo divino almejando o vácuo dos sentidos, mas não me tentem ler nesta infinidade de palavras que se cruzam nos caminhos do olhar que não provoco....Podem sim até tentar entender os mistérios que este olhar vazio brota, mas apenas em palavras que escondam o meu nome, o meu perfume a minha alma os meus segredos, a minha magia que me faz levitar em oásis de sonhos e ternura. estas palavras tem um som que se esvai , quase indefinido e imperceptível assim como as suaves pétalas do arco íris que exaltam poemas de sol e iluminam a escuridão da espera... Toca nas minhas mãos e no céu, desenha a eternidade que a melodia sussurra num coração como o teu!! Não te vejo mas sinto-te...
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Hoje é um daqueles dias que, apenas imagens desfocadas aparecem à cabeça, cheias sons e música, cheias de movimento, inexplicáveis, como se ficasse à beira de qualquer sítio surpreendentemente belo, e extasiado nem um murmúrio nascesse… E o silêncio Imperasse !!! Às vezes são palavras nítidas, transparentes, derramadas no papel como vinho numa toalha na toalha da vida!!! Às vezes é um silêncio do tamanho das noites grandes, onde cada som se amplifica até ao momento em que um raio de sol me resgate…E acorde!!! Às vezes sou só eu sentado diante de mim, explicando e voltando a explicar aquilo que deveria contar de outra forma para que me entendessem. Às vezes faltam-me as pontes e as estradas que me ligam a outros lugares, a outras mãos, a outros abraços, ou a um momento perdido que nunca foi mais que um desejo construído, que bem visto depois, não passa do momento da euforia, das prendas abertas, dos papéis pelo chão…Que o lixo recolhe!!! Às vezes para ser feliz, bastaria ser apenas um ponto olhado do espaço, uma toalha e um livro e um lugar onde me possa deixar estar, onde me vissem e percebessem há quanto tempo me deixaram ai assim!!! Tem dias que o conforto desconforta…Outros, já nada faz sentido, nem sei se as palavras se devem guardar, quando as digo ... Outros dou por mim pensando que às vezes, a vida tem tanto para não ser só às vezes. Tantas vezes como as vezes que não sei estar sozinho…
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
As palavras mais dolorosas de ouvir são aquelas que
ficam no vão de muitas outras, são aquelas proferidas entre o silêncio de uma
sílaba e o frio de um olhar, apenas, pelo simples fato de não produzirem
vibração alguma... ficam pairando no nosso pensamento como um ruído de mãos
inquietas, num
olhar berrante em direcção de uma porta e da vontade que se tem de sair por
ela... Quando tudo fica em silêncio, o sol resolve descansar do lado de
cá, o nosso coração grita. Os nossos olhos ficam solidários e um eco de dor
passa de dentro para fora deles. Nossos lábios tremem a dor que não quer
calar, sinto-me um forasteiro em meu corpo, coloco as mãos no peito e
apenas sinto silêncio a minha sede secou a foto está vazia. Sinto a
profusão intensa de fim de vida , sinto os fios de ardor tecidos na pele de um
corpo estranho...Trago no rosto um amor silenciado em forma de escrita,
amarrado ao fastio do desalento que repouso sossegado...trago nesta face um
olhar campal de lábios encerados e saudosos por um beijo teu!!!
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Hoje preciso de
olhar o mar… Preciso deixar que ele desenhe com precisão os traços da minha
vida...Preciso de escuta-lo, preciso encandear-me com a espuma de suas
maresias…Quando olho e escuto o mar , transporto-me ao céu nas asas dum
condor, perco-me na bruma, dos sons a escutar o profundo bater das ondas
nas rochas enegrecidas, enquanto os barcos de pesca assomando na linha do
horizonte, trazem os silenciosos lamentos das misérias de tantas vidas…
Hoje vou olhar o mar… Fechar os olhos e repisar a praia onde cresci, sentir o
empedrado da areia fina debaixo dos pés e rever as pegadas que outrora desenhei
nesta praia deserta que habitei… Já houve dias que esculpi o vento que sopra na direcção dos teus cabelos.
Sei que não sou sequer a inspiração que os move. Mas sei que quando passo por
um lugar , deixo lá a inconfundível presença do
meu espírito... Eu não preciso de ver para sentir, não preciso de
tocar para saber. Se olhar nos olhos todos os sentidos
do meu corpo são sensores que detectam as vozes silenciadas.
Peço-vos apenas que me façam viver este sonho eternamente, quero
respirar um só corpo, um
só rosto, uma só voz que se cale em mim...Quero respirar essa parte ainda intacta, cheia e receios, medos, pintada, criada, inúmeras vezes despedaçada, rasgada, negada, apagada, escondida mas que vai pulsando em mim... Hoje amigos somos apenas as marionetas na mão do destino e no auge da nossa ignorância, pensamos controlar tudo e todos...Mas!!! é exactamente o contrario, é o destino que nos tem nas mãos!
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Hoje amanheci sentado no recanto mais recatado
do meu espírito. Cá do alto observei cada detalhe dos sentidos,
cada pormenor dos sonhos. Não existe outro sentido para a existência da
minha luz que não seja apreender
os caminhos, que me levam ao firmamento salpicado de pequenas estrelas.
Eu sou a Noite que as ilumina, sou aquela personagem imperfeita e
distraída que se perde em cada esquina... Todas as direcções do meu mundo
se dirigem para um lugar único, toda a sabedoria da minha alma é reflexo da luz
que me alumia, por isso, busquei na vida a conjunção química perfeita de
equilíbrio entre corpo e mente. Escuto o som das minhas letras, elas soam-me a
canção imperfeita que filtro e corrijo no sulco das emoções,
mais uma vez fico assim imaginando uma voz doce que cante a letra das minhas
canções. Acreditem na força com que olho, na forma suave com que observo
da distancia deste céu onde sou apenas a noite que compõe o céu estrelado...A beleza do céu estrelado está no nosso olhar para não cairmos no ridículo de apenas olharmos para nós próprios!
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Hoje chego á seguinte conclusão, que , quem sente
saudade, viveu um passado, segue com a vida ou teve que recomeçar outra
história. Saudades são segredos imaculados, são sentimentos de redenção,
são presentes para nos lembrarmos do passado e aprendermos a lição. Saudade
não mata, mas dá-nos sinais que precisamos mudar o itinerário do nosso coração.
Saudade não é viver, é recordar. Saudade não é aquilo que te faz infeliz, são
apenas lembranças de que foi maravilhoso. Saudade não é a solução para
viver bem, é alimento para a existência. E, se não fosse a saudade? O que
seria de nós, das nossas histórias? Seria tudo apagado, sem qualquer vestígio
de vida...Vocês já pararam para pensar na vossa melhor saudade, hoje? Eu sei
que viver de memórias não faz ninguém melhor ou cura qualquer dor, mas pode ser
a solução para quem se levante do seu sofá, e abra a janela e respire por um
amanhã sem o mesmo tropeço de ontem. Hoje sei que não há vida que não viva sem
a saudade, e a saudade não sai das nossas vidas. Tenho dias assim, em
que tudo é nada e nada é algo que nem sei descrever …Tenho dias assim em que a
saudade toma conta de mim!!
domingo, 18 de dezembro de 2016
Hoje este sol esmaga o brilho dos vitrais do pensamento, enquanto as curvas do meu corpo, incendeiam os olhares!! É em silêncio, que vivemos embalados por uma brisa, plácida, em recantos do oculto. Este embalo, de mudos e contidos desejos sobrevive repleto de gemidos, sentidos que geram os gritos perdidos no esplendor, que inflama, o sangue derramado no empedrado que piso ...Sentes o meu olhar?, no teu olhar se sim deixa-me criar raízes no teu caminho...deixa a areia escorrer na ampulheta do meu tempo, e que ele se esgote. Os fantasmas do receio são apenas os vermes do silêncio !!!
sábado, 17 de dezembro de 2016
Hoje sinto este cansaço que não se desilude ....Por pensar demasiado, por sonhar indiscriminadamente sem perceber, por não dominar ainda a cor da minha alma. escondo o meu rosto com as mãos e deixo o sabor da brisa pintar-me de lágrimas com o vento o cabelo que me começa a cair!!! estendo as feridas abertas pelo tempo e exponho-as a vírus da alma colorida que corroem a minha vontade. Porque hoje tenho uma vontade diferente. Apetece-me despir a pele e perseguir o mar. encostar-me a ele e auscultar o celeste paraíso das aves marinhas , e com elas quero mais do que tudo conhecer a cor da minha alma porque nada mais importa. Hoje nada importa que a alma... mesmo se a soubermos escutar mesmo na tortura sufocante das grades físicas da existência, sentimos a dor que ela prostitui... Se a abraçarmos como loucos perturbados, sem destino iremos tocar essa loucura árida e deserta que sem dar-mos por isso nos faz desenhar suaves sílabas numa folha de papel. Esta é a cor da nossa alma que mesmo sem a sabermos ler nos denuda com uma suave transparência de um magno silêncio ao invés de pretender ler-nos pelo pulsar de um coração ferido... A alma ao contrario do coração ignora qualquer rasgo de cor que possa adulterar os muros da fortaleza sobre os quais se ergue assim aqui fico de olhos fechados e tento ouvir o seu prudente murmúrio. E o que escuto em tons de silêncio incolor que legitima o cansaço que em mim hoje vive.
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